Húmus: eco-linguagens na época do colapso

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Teresa Moure
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Ecolinguística
Texto Completo: https://periodicos.unb.br/index.php/erbel/article/view/47132
Resumo: Durante anos, trabalhar em Ecolinguística era uma excentricidade. Frequentemente, colegas instalados em campos mais tradicionais ironizavam: estávamos a sucumbir perante uma moda. A perspetiva talvez tenha mudado porque hoje a Ecologia suscita maior interesse. Dizem que foi uma rapariga chamada Greta Thunberg quem modificou a agenda. Em 2018, com quinze anos, provocava uma incipiente organização da juventude para chamar a atenção dos governos sobre os efeitos da mudança climática. Obviamente, o movimento verde estava presente dantes, mas discorria fora de foco, em paralelo, com um ar transgressor que o afastava da normalidade. Na nossa época o colapso começa a assomar as orelhas: quando a emergência climática parecia um dos problemas mais urgentes da humanidade e o peak oil anunciava o fim da carbonização da economia, uma epidemia veio bater no nosso modo de vida. Entretanto, os pensamentos ecológicos não só têm problemas para chegar ao público, mas também acusaram as suas diferenças. Neste ponto faz sentido propor uma análise ontológica comprometida com a alteridade e a diversidade. Tentaremos aproximar-nos das diferentes óticas do pensamento ecológico e dos seus discursos a enunciar o conceito de Húmus. A partir de uma análise comparativa entre diversas cosmovisões linguísticas no planeta, talvez seja possível rebaixarmos a nossa arrogância antropocêntrica, a que causou o desastre ecológico em que nos mergulhamos.
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