A família natural da Nova Era: afetos, culturas e naturezas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Sandro Martins de Almeida
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Anuário Antropológico (Online)
Texto Completo: https://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/article/view/6351
Resumo: Em diálogo com os estudos de parentesco na antropologia, este artigo discute uma noção contracultural de família a partir de relações afetivas desenvolvidas entre pessoas de diferentes nacionalidades radicadas no interior do Brasil. Eles e elas, antigos moradores de “comunidades alternativas” e também jovens buscadores de uma Nova Era, entendem que uma família natural é reunida pela continuidade das relações recíprocas de amizade e livre obrigação convertidas em relações horizontais de fraternidade. Estabelecem, assim, uma distância em relação às chamadas famílias biológicas, determinadas pelo nascimento, e ao modelo de sociedade patriarcal, estruturado verticalmente. Não há uma substituição de modelos; as famílias biológicas são incorporadas à família natural quando preenchem os requisitos de horizontalidade e continuidade das relações de reciprocidade. Desde uma visão holista sobre a natureza, são construídos “signos de proximidade” que enfatizam essa experiência contracultural de família. Trata-se de um questionamento a respeito da natureza das relações de parenteco e da predominância das explicações biogenéticas no “Ocidente”, revelando uma natureza alternativa que confere forma e conteúdo aos laços familiares. Os dados analisados são resultantes de trabalho de campo conduzido no município de Alto Paraíso de Goiás, entre 2010 e 2012, para elaboração da tese de doutorado do autor.
id UNB-23_0d96788be7134deabbf4d48ba572620a
oai_identifier_str oai:ojs.pkp.sfu.ca:article/6351
network_acronym_str UNB-23
network_name_str Anuário Antropológico (Online)
repository_id_str
spelling A família natural da Nova Era: afetos, culturas e naturezasfamíliaestudos de parentesconaturezaNova EracontraculturaAlto ParaísoEm diálogo com os estudos de parentesco na antropologia, este artigo discute uma noção contracultural de família a partir de relações afetivas desenvolvidas entre pessoas de diferentes nacionalidades radicadas no interior do Brasil. Eles e elas, antigos moradores de “comunidades alternativas” e também jovens buscadores de uma Nova Era, entendem que uma família natural é reunida pela continuidade das relações recíprocas de amizade e livre obrigação convertidas em relações horizontais de fraternidade. Estabelecem, assim, uma distância em relação às chamadas famílias biológicas, determinadas pelo nascimento, e ao modelo de sociedade patriarcal, estruturado verticalmente. Não há uma substituição de modelos; as famílias biológicas são incorporadas à família natural quando preenchem os requisitos de horizontalidade e continuidade das relações de reciprocidade. Desde uma visão holista sobre a natureza, são construídos “signos de proximidade” que enfatizam essa experiência contracultural de família. Trata-se de um questionamento a respeito da natureza das relações de parenteco e da predominância das explicações biogenéticas no “Ocidente”, revelando uma natureza alternativa que confere forma e conteúdo aos laços familiares. Os dados analisados são resultantes de trabalho de campo conduzido no município de Alto Paraíso de Goiás, entre 2010 e 2012, para elaboração da tese de doutorado do autor.Brasília DF: Universidade de Brasília Instituto de Ciências Sociais Departamento de Antropologia2018-01-25info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/article/view/635110.26512/anuarioantropologico.v41i2.2016/6351Anuário Antropológico; Vol. 41 No. 2 (2016): Anuário Antropológico; 9-31Anuário Antropológico; Vol. 41 Núm. 2 (2016): Anuário Antropológico; 9-31Anuário Antropológico; Vol. 41 No. 2 (2016): Anuário Antropológico; 9-31Anuário Antropológico; v. 41 n. 2 (2016): Anuário Antropológico; 9-312357-738X0102-430210.26512/anuarioantropologico.v41i2.2016reponame:Anuário Antropológico (Online)instname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNBporhttps://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/article/view/6351/6149Copyright (c) 2016 Anuário Antropológicohttps://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessSantos, Sandro Martins de Almeida2023-06-14T17:49:25Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/6351Revistahttps://journals.openedition.org/aa/PUBhttps://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/oairevista.anuario.antropologico@gmail.com || Revista.anuario.antropologico@gmail.com2357-738X0102-4302opendoar:2023-06-14T17:49:25Anuário Antropológico (Online) - Universidade de Brasília (UnB)false
dc.title.none.fl_str_mv A família natural da Nova Era: afetos, culturas e naturezas
title A família natural da Nova Era: afetos, culturas e naturezas
spellingShingle A família natural da Nova Era: afetos, culturas e naturezas
Santos, Sandro Martins de Almeida
família
estudos de parentesco
natureza
Nova Era
contracultura
Alto Paraíso
title_short A família natural da Nova Era: afetos, culturas e naturezas
title_full A família natural da Nova Era: afetos, culturas e naturezas
title_fullStr A família natural da Nova Era: afetos, culturas e naturezas
title_full_unstemmed A família natural da Nova Era: afetos, culturas e naturezas
title_sort A família natural da Nova Era: afetos, culturas e naturezas
author Santos, Sandro Martins de Almeida
author_facet Santos, Sandro Martins de Almeida
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Santos, Sandro Martins de Almeida
dc.subject.por.fl_str_mv família
estudos de parentesco
natureza
Nova Era
contracultura
Alto Paraíso
topic família
estudos de parentesco
natureza
Nova Era
contracultura
Alto Paraíso
description Em diálogo com os estudos de parentesco na antropologia, este artigo discute uma noção contracultural de família a partir de relações afetivas desenvolvidas entre pessoas de diferentes nacionalidades radicadas no interior do Brasil. Eles e elas, antigos moradores de “comunidades alternativas” e também jovens buscadores de uma Nova Era, entendem que uma família natural é reunida pela continuidade das relações recíprocas de amizade e livre obrigação convertidas em relações horizontais de fraternidade. Estabelecem, assim, uma distância em relação às chamadas famílias biológicas, determinadas pelo nascimento, e ao modelo de sociedade patriarcal, estruturado verticalmente. Não há uma substituição de modelos; as famílias biológicas são incorporadas à família natural quando preenchem os requisitos de horizontalidade e continuidade das relações de reciprocidade. Desde uma visão holista sobre a natureza, são construídos “signos de proximidade” que enfatizam essa experiência contracultural de família. Trata-se de um questionamento a respeito da natureza das relações de parenteco e da predominância das explicações biogenéticas no “Ocidente”, revelando uma natureza alternativa que confere forma e conteúdo aos laços familiares. Os dados analisados são resultantes de trabalho de campo conduzido no município de Alto Paraíso de Goiás, entre 2010 e 2012, para elaboração da tese de doutorado do autor.
publishDate 2018
dc.date.none.fl_str_mv 2018-01-25
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/article/view/6351
10.26512/anuarioantropologico.v41i2.2016/6351
url https://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/article/view/6351
identifier_str_mv 10.26512/anuarioantropologico.v41i2.2016/6351
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/article/view/6351/6149
dc.rights.driver.fl_str_mv Copyright (c) 2016 Anuário Antropológico
https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Copyright (c) 2016 Anuário Antropológico
https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Brasília DF: Universidade de Brasília Instituto de Ciências Sociais Departamento de Antropologia
publisher.none.fl_str_mv Brasília DF: Universidade de Brasília Instituto de Ciências Sociais Departamento de Antropologia
dc.source.none.fl_str_mv Anuário Antropológico; Vol. 41 No. 2 (2016): Anuário Antropológico; 9-31
Anuário Antropológico; Vol. 41 Núm. 2 (2016): Anuário Antropológico; 9-31
Anuário Antropológico; Vol. 41 No. 2 (2016): Anuário Antropológico; 9-31
Anuário Antropológico; v. 41 n. 2 (2016): Anuário Antropológico; 9-31
2357-738X
0102-4302
10.26512/anuarioantropologico.v41i2.2016
reponame:Anuário Antropológico (Online)
instname:Universidade de Brasília (UnB)
instacron:UNB
instname_str Universidade de Brasília (UnB)
instacron_str UNB
institution UNB
reponame_str Anuário Antropológico (Online)
collection Anuário Antropológico (Online)
repository.name.fl_str_mv Anuário Antropológico (Online) - Universidade de Brasília (UnB)
repository.mail.fl_str_mv revista.anuario.antropologico@gmail.com || Revista.anuario.antropologico@gmail.com
_version_ 1797225471987941376