Sobre a loucura: Falas e silêncios

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Machado, Lia Z.
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Anuário Antropológico (Online)
Texto Completo: https://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/article/view/6157
Resumo: “ ( . . . ) Foi preciso perder-me, sentir a experiência radical de ter rompido minha identidade. ( . . . ) Esta é a experiência crucial do trabalho antropológico: a possibilidade de descentramento, a descoberta de que a experiência é uma tênue fronteira que separa a diferença da identificação. “São estas as palavras finais do trabalho de Rosine Perelberg: As Fronteiras do Silêncio. * O outro em relação a quem a autora experimenta o descentramento e o rompimento com sua própria identidade está constituído pelos agentes/atores mais próximos do louco internado: médicos-psiquiatras, sejam eles psicanalistas ou não, médicos residentes e médicos alunos do curso de especialização, psicólogos no papel de auxiliares psiquiátricos, enfermeiros, assistentes sociais e familiares. São eles que constituem os atores da trama das relações sociais que analisa. Contudo, o seu significado só existe enquanto atualizam as relações mais próximas ao louco são eles que designam a loucura e o seu tratamento. O outro privilegiado de Rosine é, assim, o louco. Não o louco diretamente, mas tal como representado pelos encarregados da instituição hospitalar e pelos familiares.
id UNB-23_0d9f8cd99f0726ad99c62f4b86480bfe
oai_identifier_str oai:ojs.pkp.sfu.ca:article/6157
network_acronym_str UNB-23
network_name_str Anuário Antropológico (Online)
repository_id_str
spelling Sobre a loucura: Falas e silênciosAntropologia SimbólicaCrítica“ ( . . . ) Foi preciso perder-me, sentir a experiência radical de ter rompido minha identidade. ( . . . ) Esta é a experiência crucial do trabalho antropológico: a possibilidade de descentramento, a descoberta de que a experiência é uma tênue fronteira que separa a diferença da identificação. “São estas as palavras finais do trabalho de Rosine Perelberg: As Fronteiras do Silêncio. * O outro em relação a quem a autora experimenta o descentramento e o rompimento com sua própria identidade está constituído pelos agentes/atores mais próximos do louco internado: médicos-psiquiatras, sejam eles psicanalistas ou não, médicos residentes e médicos alunos do curso de especialização, psicólogos no papel de auxiliares psiquiátricos, enfermeiros, assistentes sociais e familiares. São eles que constituem os atores da trama das relações sociais que analisa. Contudo, o seu significado só existe enquanto atualizam as relações mais próximas ao louco são eles que designam a loucura e o seu tratamento. O outro privilegiado de Rosine é, assim, o louco. Não o louco diretamente, mas tal como representado pelos encarregados da instituição hospitalar e pelos familiares.Brasília DF: Universidade de Brasília Instituto de Ciências Sociais Departamento de Antropologia2018-01-16info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/article/view/6157Anuário Antropológico; Vol. 5 No. 1 (1981): Anuário Antropológico; 351-361Anuário Antropológico; Vol. 5 Núm. 1 (1981): Anuário Antropológico; 351-361Anuário Antropológico; Vol. 5 No. 1 (1981): Anuário Antropológico; 351-361Anuário Antropológico; v. 5 n. 1 (1981): Anuário Antropológico; 351-3612357-738X0102-4302reponame:Anuário Antropológico (Online)instname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNBporhttps://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/article/view/6157/7810Copyright (c) 1981 Anuário Antropológicohttps://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessMachado, Lia Z.2023-06-14T17:49:04Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/6157Revistahttps://journals.openedition.org/aa/PUBhttps://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/oairevista.anuario.antropologico@gmail.com || Revista.anuario.antropologico@gmail.com2357-738X0102-4302opendoar:2023-06-14T17:49:04Anuário Antropológico (Online) - Universidade de Brasília (UnB)false
dc.title.none.fl_str_mv Sobre a loucura: Falas e silêncios
title Sobre a loucura: Falas e silêncios
spellingShingle Sobre a loucura: Falas e silêncios
Machado, Lia Z.
Antropologia Simbólica
Crítica
title_short Sobre a loucura: Falas e silêncios
title_full Sobre a loucura: Falas e silêncios
title_fullStr Sobre a loucura: Falas e silêncios
title_full_unstemmed Sobre a loucura: Falas e silêncios
title_sort Sobre a loucura: Falas e silêncios
author Machado, Lia Z.
author_facet Machado, Lia Z.
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Machado, Lia Z.
dc.subject.por.fl_str_mv Antropologia Simbólica
Crítica
topic Antropologia Simbólica
Crítica
description “ ( . . . ) Foi preciso perder-me, sentir a experiência radical de ter rompido minha identidade. ( . . . ) Esta é a experiência crucial do trabalho antropológico: a possibilidade de descentramento, a descoberta de que a experiência é uma tênue fronteira que separa a diferença da identificação. “São estas as palavras finais do trabalho de Rosine Perelberg: As Fronteiras do Silêncio. * O outro em relação a quem a autora experimenta o descentramento e o rompimento com sua própria identidade está constituído pelos agentes/atores mais próximos do louco internado: médicos-psiquiatras, sejam eles psicanalistas ou não, médicos residentes e médicos alunos do curso de especialização, psicólogos no papel de auxiliares psiquiátricos, enfermeiros, assistentes sociais e familiares. São eles que constituem os atores da trama das relações sociais que analisa. Contudo, o seu significado só existe enquanto atualizam as relações mais próximas ao louco são eles que designam a loucura e o seu tratamento. O outro privilegiado de Rosine é, assim, o louco. Não o louco diretamente, mas tal como representado pelos encarregados da instituição hospitalar e pelos familiares.
publishDate 2018
dc.date.none.fl_str_mv 2018-01-16
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/article/view/6157
url https://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/article/view/6157
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/article/view/6157/7810
dc.rights.driver.fl_str_mv Copyright (c) 1981 Anuário Antropológico
https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Copyright (c) 1981 Anuário Antropológico
https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Brasília DF: Universidade de Brasília Instituto de Ciências Sociais Departamento de Antropologia
publisher.none.fl_str_mv Brasília DF: Universidade de Brasília Instituto de Ciências Sociais Departamento de Antropologia
dc.source.none.fl_str_mv Anuário Antropológico; Vol. 5 No. 1 (1981): Anuário Antropológico; 351-361
Anuário Antropológico; Vol. 5 Núm. 1 (1981): Anuário Antropológico; 351-361
Anuário Antropológico; Vol. 5 No. 1 (1981): Anuário Antropológico; 351-361
Anuário Antropológico; v. 5 n. 1 (1981): Anuário Antropológico; 351-361
2357-738X
0102-4302
reponame:Anuário Antropológico (Online)
instname:Universidade de Brasília (UnB)
instacron:UNB
instname_str Universidade de Brasília (UnB)
instacron_str UNB
institution UNB
reponame_str Anuário Antropológico (Online)
collection Anuário Antropológico (Online)
repository.name.fl_str_mv Anuário Antropológico (Online) - Universidade de Brasília (UnB)
repository.mail.fl_str_mv revista.anuario.antropologico@gmail.com || Revista.anuario.antropologico@gmail.com
_version_ 1797225471240306688