Amor romântico: uma análise antropológica
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Anuário Antropológico (Online) |
Texto Completo: | https://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/article/view/6718 |
Resumo: | Durante algum tempo, o amor romântico chegou a ser considerado uma invenção do mundo ocidental e, muito mais do que isso, uma invenção recente, utilizando-se o argumento de que, até o início deste século, mesmo nas sociedades ocidentais, eram os pais que escolhiam os noivos para os filhos. O fato constatado pelos etnólogos de que em muitas sociedades, principalmente, nas chamadas “primitivas” , a escolha matrimonial é uma decisão da família e não dos futuros cônjuges foi um fator determinante para o surgimento dessa crença. Josefina Pimenta Lobato, em Amor, Desejo e Escolha, demonstra que os antropólogos modernos estão certos quando admitem que o amor romântico é muito mais antigo do que se supunha e não é uma invenção apenas do mundo ocidental, além do fato de que a sua ocorrência não pode ser limitada apenas aos domínios das relações matrimoniais. A autora cita vários autores modernos que sustentam esta tese, dentre os quais destacamos Jankowiak e Fischer que basearam a sua argumentação na análise de 186 monografias. Esta posição moderna se contrapõe à dos antigos antropólogos que acreditavam inexistir nas sociedades primitivas esse sentimento que chamamos de amor. |
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Amor romântico: uma análise antropológicaAntropologiaDurante algum tempo, o amor romântico chegou a ser considerado uma invenção do mundo ocidental e, muito mais do que isso, uma invenção recente, utilizando-se o argumento de que, até o início deste século, mesmo nas sociedades ocidentais, eram os pais que escolhiam os noivos para os filhos. O fato constatado pelos etnólogos de que em muitas sociedades, principalmente, nas chamadas “primitivas” , a escolha matrimonial é uma decisão da família e não dos futuros cônjuges foi um fator determinante para o surgimento dessa crença. Josefina Pimenta Lobato, em Amor, Desejo e Escolha, demonstra que os antropólogos modernos estão certos quando admitem que o amor romântico é muito mais antigo do que se supunha e não é uma invenção apenas do mundo ocidental, além do fato de que a sua ocorrência não pode ser limitada apenas aos domínios das relações matrimoniais. A autora cita vários autores modernos que sustentam esta tese, dentre os quais destacamos Jankowiak e Fischer que basearam a sua argumentação na análise de 186 monografias. Esta posição moderna se contrapõe à dos antigos antropólogos que acreditavam inexistir nas sociedades primitivas esse sentimento que chamamos de amor.Brasília DF: Universidade de Brasília Instituto de Ciências Sociais Departamento de Antropologia2018-02-08info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/article/view/6718Anuário Antropológico; Vol. 22 No. 1 (1998): Anuário Antropológico; 293-297Anuário Antropológico; Vol. 22 Núm. 1 (1998): Anuário Antropológico; 293-297Anuário Antropológico; Vol. 22 No. 1 (1998): Anuário Antropológico; 293-297Anuário Antropológico; v. 22 n. 1 (1998): Anuário Antropológico; 293-2972357-738X0102-4302reponame:Anuário Antropológico (Online)instname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNBporhttps://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/article/view/6718/7443Copyright (c) 1998 Anuário Antropológicohttps://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessde Barros Laraia, Roque2023-06-14T17:50:02Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/6718Revistahttps://journals.openedition.org/aa/PUBhttps://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/oairevista.anuario.antropologico@gmail.com || Revista.anuario.antropologico@gmail.com2357-738X0102-4302opendoar:2023-06-14T17:50:02Anuário Antropológico (Online) - Universidade de Brasília (UnB)false |
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