Etnografia de um sistema lógico: a lavoura camponesa dos sitiantes de Sergipe
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Anuário Antropológico (Online) |
Texto Completo: | https://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/article/view/6727 |
Resumo: | Os estudos dedicados ao campesinato poucas vezes deram atenção mais abrangente à dimensão simbólica que rege a lógica interna do processo de trabalho familiar. As implicações conceituais do “ trabalho familiar” fazem parte de qualquer definição de camponês e têm lugar de destaque na formulação teórica de um sistema econômico próprio do campesinato, embora no campo da antropologia a concepção clássica introduzida por Kroeber e elaborada por Redfield tivesse enfatizado a dimensão rural de sociedades mais amplas levando em conta sistemas cognitivos. Quando os referentes são os dados econômicos, a lógica da racionalidade tem papel preponderante na construção de um modelo que, atualmente, fala da “ agricultura familiar” como forma de fugir das implicações político-sociais da categoria camponês. Sem perder de vista a concepção básica da família como integrante de uma unidade de produção ”” elemento chave da caracterização econômica do campesinato, o que supõe a simbiose de empresa agrícola com economia doméstica destacada, por exemplo, por Galeski (1972) ”” o livro de Ellen e Klaas Woortmann traz uma análise detalhada do processo de trabalho de sitiantes sergipanos, destacando modelos de saber e de conhecimento sobre a natureza, o significado do trabalho e seus usos sociais. |
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Etnografia de um sistema lógico: a lavoura camponesa dos sitiantes de SergipeAntropologiaOs estudos dedicados ao campesinato poucas vezes deram atenção mais abrangente à dimensão simbólica que rege a lógica interna do processo de trabalho familiar. As implicações conceituais do “ trabalho familiar” fazem parte de qualquer definição de camponês e têm lugar de destaque na formulação teórica de um sistema econômico próprio do campesinato, embora no campo da antropologia a concepção clássica introduzida por Kroeber e elaborada por Redfield tivesse enfatizado a dimensão rural de sociedades mais amplas levando em conta sistemas cognitivos. Quando os referentes são os dados econômicos, a lógica da racionalidade tem papel preponderante na construção de um modelo que, atualmente, fala da “ agricultura familiar” como forma de fugir das implicações político-sociais da categoria camponês. Sem perder de vista a concepção básica da família como integrante de uma unidade de produção ”” elemento chave da caracterização econômica do campesinato, o que supõe a simbiose de empresa agrícola com economia doméstica destacada, por exemplo, por Galeski (1972) ”” o livro de Ellen e Klaas Woortmann traz uma análise detalhada do processo de trabalho de sitiantes sergipanos, destacando modelos de saber e de conhecimento sobre a natureza, o significado do trabalho e seus usos sociais.Brasília DF: Universidade de Brasília Instituto de Ciências Sociais Departamento de Antropologia2018-02-08info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/article/view/6727Anuário Antropológico; Vol. 22 No. 1 (1998): Anuário Antropológico; 331-341Anuário Antropológico; Vol. 22 Núm. 1 (1998): Anuário Antropológico; 331-341Anuário Antropológico; Vol. 22 No. 1 (1998): Anuário Antropológico; 331-341Anuário Antropológico; v. 22 n. 1 (1998): Anuário Antropológico; 331-3412357-738X0102-4302reponame:Anuário Antropológico (Online)instname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNBporhttps://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/article/view/6727/7439Copyright (c) 1998 Anuário Antropológicohttps://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessSeyferth, Giralda2023-06-14T17:50:03Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/6727Revistahttps://journals.openedition.org/aa/PUBhttps://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/oairevista.anuario.antropologico@gmail.com || Revista.anuario.antropologico@gmail.com2357-738X0102-4302opendoar:2023-06-14T17:50:03Anuário Antropológico (Online) - Universidade de Brasília (UnB)false |
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