À volta da identidade (e do seu jogo fascinante)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Anuário Antropológico (Online) |
Texto Completo: | https://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/article/view/6370 |
Resumo: | É próprio do senso comum ter de se organizar sobre esquemas classificatórios que se apresentam ao senso crítico como empobrecedores e reificantes. De um certo modo, toda empresa intelectual ”” tal como se a concebe em nossa cultura ”” extrai seu sentido e prazer da denúncia e dissecação desses esquemas, de cujos escombros esquadrinhados parece emergir a luz sempre ansiada. Extrai-se esse prazer do efeito mas também do fato: a operação em si pode ser ela mesma luminosa, no que reitere a reprodução da esperança. O trabalho que desenvolve Manuela Carneiro da Cunha * a propósito dos negros no Brasil e retornados à África no século XIX é exemplar nos dois sentidos: no primeiro, de contribuir para o desmantelamento do esquema mitológico do “negro” no Brasil, com sua bem arrumada coroa de implicações (a “Africa” , a “ escravidão”, a “ religião” ) ; no segundo, de contribuir à estética da produção antropológica, numa articulação singular de coerência, complexidade e scholarship. |
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