Trabalho assalariado e trabalho familiar no nordeste
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Anuário Antropológico (Online) |
Texto Completo: | https://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/article/view/6123 |
Resumo: | A literatura recente sobre os chamados trabalhadores volantes no Brasil, freqüentemente, insiste sobre a condição proletária desses trabalhadores, seu desligamento da condição camponesa e seu interesse exclusivo por salário.2 Em conseqüência, as análises realizadas tendem apenas a examinar a relação de trabalho entre o trabalhador que vende sua força de trabalho e os proprietários de terra que a utilizam para a produção agrícola. Via de regra a preocupação dos autores volta-se, sobretudo, para a figura do empreiteiro, esse mediador que se interpõe entre o trabalhador e o proprietário, que não tem funções no processo produtivo e cujo papel parece consistir apenas na arregimentação da força de trabalho. Dentro dessa linha de trabalho, não se faz referência a outras atividades que o trabalhador porventura exerça, a fim de assegurar a sua reprodução enquanto força de trabalho, o que faria sentido na medida em que pode se supor que o caráter instável daquela relação de trabalho caracterizado pela ausência de vínculos empregatícios e a sua subordinação à sazonalidade dos produtos agrícolas recriam, continuamente, situações de desemprego. |
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