Colonos e “Muker”

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: S. Dickie, Maria Amélia
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Anuário Antropológico (Online)
Texto Completo: https://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/article/view/6066
Resumo: Apreciar, criticamente, um trabalho que se declara histórico é, para um antropólogo, uma tarefa difícil porque corre o risco ou de não poder julgá-lo pelo que ele contribuiu para sua área de conhecimento, ou seja, julgá-lo de dentro da Historia e por critérios a ela pertinentes, ou o risco de tender a uma avaliação por parámetros que lhe são alheios e dizem respeito à área em que está acostumado a operar. Ambos os procedimentos deixariam de fazer justiça ao trabalho de Janaína Amado.1 Sem pretender nem um nem outro, optei por pensar Conflito Social no Brasil como um exemplo da cooperação proveitosa entre áreas do conhecimento que, a despeito da rigidez de alguns princípios que as regem, tendem a se combinar quando a finalidade é a compreensão mais aprofundada dos fenômenos estudados. Estanquizar estas áreas seria perder um fértil terreno para a produção científica em geral, para a História, a Antropologia e a Sociologia em particular. Janaína Amado se dá conta disso ao recusar se limitar a uma História formal e ao recorrer a conceitos da Sociologia e Antropologia em seu trabalho. É isto que nos deixa à vontade para falar dele sem a preocupação de estar sendo fiel a esta ou aquela disciplina, mas respeitando os propósitos expressos pela autora. O difícil se torna, assim, agradável.
id UNB-23_7632b732c97b6222b0ad20f9dbef33d0
oai_identifier_str oai:ojs.pkp.sfu.ca:article/6066
network_acronym_str UNB-23
network_name_str Anuário Antropológico (Online)
repository_id_str
spelling Colonos e “Muker”AntropologiaCríticaAntropologia da Sociedade RuralApreciar, criticamente, um trabalho que se declara histórico é, para um antropólogo, uma tarefa difícil porque corre o risco ou de não poder julgá-lo pelo que ele contribuiu para sua área de conhecimento, ou seja, julgá-lo de dentro da Historia e por critérios a ela pertinentes, ou o risco de tender a uma avaliação por parámetros que lhe são alheios e dizem respeito à área em que está acostumado a operar. Ambos os procedimentos deixariam de fazer justiça ao trabalho de Janaína Amado.1 Sem pretender nem um nem outro, optei por pensar Conflito Social no Brasil como um exemplo da cooperação proveitosa entre áreas do conhecimento que, a despeito da rigidez de alguns princípios que as regem, tendem a se combinar quando a finalidade é a compreensão mais aprofundada dos fenômenos estudados. Estanquizar estas áreas seria perder um fértil terreno para a produção científica em geral, para a História, a Antropologia e a Sociologia em particular. Janaína Amado se dá conta disso ao recusar se limitar a uma História formal e ao recorrer a conceitos da Sociologia e Antropologia em seu trabalho. É isto que nos deixa à vontade para falar dele sem a preocupação de estar sendo fiel a esta ou aquela disciplina, mas respeitando os propósitos expressos pela autora. O difícil se torna, assim, agradável.Brasília DF: Universidade de Brasília Instituto de Ciências Sociais Departamento de Antropologia2018-01-15info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/article/view/6066Anuário Antropológico; Vol. 3 No. 1 (1979): Anuário Antropológico; 337-341Anuário Antropológico; Vol. 3 Núm. 1 (1979): Anuário Antropológico; 337-341Anuário Antropológico; Vol. 3 No. 1 (1979): Anuário Antropológico; 337-341Anuário Antropológico; v. 3 n. 1 (1979): Anuário Antropológico; 337-3412357-738X0102-4302reponame:Anuário Antropológico (Online)instname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNBporhttps://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/article/view/6066/7869Copyright (c) 1979 Anuário Antropológicohttps://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessS. Dickie, Maria Amélia2023-06-14T17:48:56Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/6066Revistahttps://journals.openedition.org/aa/PUBhttps://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/oairevista.anuario.antropologico@gmail.com || Revista.anuario.antropologico@gmail.com2357-738X0102-4302opendoar:2023-06-14T17:48:56Anuário Antropológico (Online) - Universidade de Brasília (UnB)false
dc.title.none.fl_str_mv Colonos e “Muker”
title Colonos e “Muker”
spellingShingle Colonos e “Muker”
S. Dickie, Maria Amélia
Antropologia
Crítica
Antropologia da Sociedade Rural
title_short Colonos e “Muker”
title_full Colonos e “Muker”
title_fullStr Colonos e “Muker”
title_full_unstemmed Colonos e “Muker”
title_sort Colonos e “Muker”
author S. Dickie, Maria Amélia
author_facet S. Dickie, Maria Amélia
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv S. Dickie, Maria Amélia
dc.subject.por.fl_str_mv Antropologia
Crítica
Antropologia da Sociedade Rural
topic Antropologia
Crítica
Antropologia da Sociedade Rural
description Apreciar, criticamente, um trabalho que se declara histórico é, para um antropólogo, uma tarefa difícil porque corre o risco ou de não poder julgá-lo pelo que ele contribuiu para sua área de conhecimento, ou seja, julgá-lo de dentro da Historia e por critérios a ela pertinentes, ou o risco de tender a uma avaliação por parámetros que lhe são alheios e dizem respeito à área em que está acostumado a operar. Ambos os procedimentos deixariam de fazer justiça ao trabalho de Janaína Amado.1 Sem pretender nem um nem outro, optei por pensar Conflito Social no Brasil como um exemplo da cooperação proveitosa entre áreas do conhecimento que, a despeito da rigidez de alguns princípios que as regem, tendem a se combinar quando a finalidade é a compreensão mais aprofundada dos fenômenos estudados. Estanquizar estas áreas seria perder um fértil terreno para a produção científica em geral, para a História, a Antropologia e a Sociologia em particular. Janaína Amado se dá conta disso ao recusar se limitar a uma História formal e ao recorrer a conceitos da Sociologia e Antropologia em seu trabalho. É isto que nos deixa à vontade para falar dele sem a preocupação de estar sendo fiel a esta ou aquela disciplina, mas respeitando os propósitos expressos pela autora. O difícil se torna, assim, agradável.
publishDate 2018
dc.date.none.fl_str_mv 2018-01-15
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/article/view/6066
url https://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/article/view/6066
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/article/view/6066/7869
dc.rights.driver.fl_str_mv Copyright (c) 1979 Anuário Antropológico
https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Copyright (c) 1979 Anuário Antropológico
https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Brasília DF: Universidade de Brasília Instituto de Ciências Sociais Departamento de Antropologia
publisher.none.fl_str_mv Brasília DF: Universidade de Brasília Instituto de Ciências Sociais Departamento de Antropologia
dc.source.none.fl_str_mv Anuário Antropológico; Vol. 3 No. 1 (1979): Anuário Antropológico; 337-341
Anuário Antropológico; Vol. 3 Núm. 1 (1979): Anuário Antropológico; 337-341
Anuário Antropológico; Vol. 3 No. 1 (1979): Anuário Antropológico; 337-341
Anuário Antropológico; v. 3 n. 1 (1979): Anuário Antropológico; 337-341
2357-738X
0102-4302
reponame:Anuário Antropológico (Online)
instname:Universidade de Brasília (UnB)
instacron:UNB
instname_str Universidade de Brasília (UnB)
instacron_str UNB
institution UNB
reponame_str Anuário Antropológico (Online)
collection Anuário Antropológico (Online)
repository.name.fl_str_mv Anuário Antropológico (Online) - Universidade de Brasília (UnB)
repository.mail.fl_str_mv revista.anuario.antropologico@gmail.com || Revista.anuario.antropologico@gmail.com
_version_ 1797225471176343552