KOWALSKI, Andreas. 2008. Tu és quem sabe: Aukê e o mito canela de ajuda aos índios. Brasília: Paralelo 15.
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Anuário Antropológico (Online) |
Texto Completo: | https://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/article/view/7014 |
Resumo: | O livro “Tu és quem sabe” é a publicação póstuma da tese de doutorado, defendida em 2004, do alemão Andreas Kowalski, falecido em setembro de 2006, no acidente do vôo 1907, da Gol. O trabalho é fruto de uma etnografia desenvolvida paralelamente ao engajamento do autor com os Canela, grupo Timbira (Jê) situado no estado do Maranhão, como coordenador do projeto de cooperação entre o Lateinamerika-Zentrum e. V. Bonn (LAZ) e tal grupo. Mais precisamente, o trabalho é uma etnografia da forma como os Canela compreendem o engajamento de não-indígenas na “ajuda aos índios”. Se o envolvimento de múltiplas instituições e pessoas, nacionais ou estrangeiras, nas causas indígenas é expressão e parte de um processo de valorização da diferença a nível global e de defesa dos direitos das minorias étnicas deflagrado ainda nos anos de 1970, qual o significado, para esse grupo indígena, da vinda de um branco de terras tão distantes quanto a Alemanha com o intuito de ajudá-los? Por essa via, Kowalski tenta desvendar quais as questões específicas aos modos de pensamento e ação canela responsáveis pelas múltiplas dificuldades e entraves presentes na execução de “projetos” junto ao grupo e insucessos resultantes. “Projeto” tornou-se, em anos recentes, um termo extremamente difundido entre os povos indígenas em território hoje brasileiro, mas nossas reflexões sobre o que precisamente os índios querem dizer com isso ainda carecem ir mais além, adensando a idéia professada por muitos de que se refere à captação de recursos não-indígenas. “Tu és quem sabe” é um interessante esforço nesse sentido. |
id |
UNB-23_7c59542d407d0d445d691c95240f8b74 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ojs.pkp.sfu.ca:article/7014 |
network_acronym_str |
UNB-23 |
network_name_str |
Anuário Antropológico (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
KOWALSKI, Andreas. 2008. Tu és quem sabe: Aukê e o mito canela de ajuda aos índios. Brasília: Paralelo 15.povos indígenasrecursos não-indígenasengajamentoO livro “Tu és quem sabe” é a publicação póstuma da tese de doutorado, defendida em 2004, do alemão Andreas Kowalski, falecido em setembro de 2006, no acidente do vôo 1907, da Gol. O trabalho é fruto de uma etnografia desenvolvida paralelamente ao engajamento do autor com os Canela, grupo Timbira (Jê) situado no estado do Maranhão, como coordenador do projeto de cooperação entre o Lateinamerika-Zentrum e. V. Bonn (LAZ) e tal grupo. Mais precisamente, o trabalho é uma etnografia da forma como os Canela compreendem o engajamento de não-indígenas na “ajuda aos índios”. Se o envolvimento de múltiplas instituições e pessoas, nacionais ou estrangeiras, nas causas indígenas é expressão e parte de um processo de valorização da diferença a nível global e de defesa dos direitos das minorias étnicas deflagrado ainda nos anos de 1970, qual o significado, para esse grupo indígena, da vinda de um branco de terras tão distantes quanto a Alemanha com o intuito de ajudá-los? Por essa via, Kowalski tenta desvendar quais as questões específicas aos modos de pensamento e ação canela responsáveis pelas múltiplas dificuldades e entraves presentes na execução de “projetos” junto ao grupo e insucessos resultantes. “Projeto” tornou-se, em anos recentes, um termo extremamente difundido entre os povos indígenas em território hoje brasileiro, mas nossas reflexões sobre o que precisamente os índios querem dizer com isso ainda carecem ir mais além, adensando a idéia professada por muitos de que se refere à captação de recursos não-indígenas. “Tu és quem sabe” é um interessante esforço nesse sentido.Brasília DF: Universidade de Brasília Instituto de Ciências Sociais Departamento de Antropologia2018-02-22info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/article/view/7014Anuário Antropológico; Vol. 36 No. 1 (2011): Anuário Antropológico; 261-265Anuário Antropológico; Vol. 36 Núm. 1 (2011): Anuário Antropológico; 261-265Anuário Antropológico; Vol. 36 No. 1 (2011): Anuário Antropológico; 261-265Anuário Antropológico; v. 36 n. 1 (2011): Anuário Antropológico; 261-2652357-738X0102-4302reponame:Anuário Antropológico (Online)instname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNBporhttps://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/article/view/7014/7212Copyright (c) 2011 Anuário Antropológicohttps://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessNunes, Eduardo S.2023-06-14T17:50:53Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/7014Revistahttps://journals.openedition.org/aa/PUBhttps://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/oairevista.anuario.antropologico@gmail.com || Revista.anuario.antropologico@gmail.com2357-738X0102-4302opendoar:2023-06-14T17:50:53Anuário Antropológico (Online) - Universidade de Brasília (UnB)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
KOWALSKI, Andreas. 2008. Tu és quem sabe: Aukê e o mito canela de ajuda aos índios. Brasília: Paralelo 15. |
title |
KOWALSKI, Andreas. 2008. Tu és quem sabe: Aukê e o mito canela de ajuda aos índios. Brasília: Paralelo 15. |
spellingShingle |
KOWALSKI, Andreas. 2008. Tu és quem sabe: Aukê e o mito canela de ajuda aos índios. Brasília: Paralelo 15. Nunes, Eduardo S. povos indígenas recursos não-indígenas engajamento |
title_short |
KOWALSKI, Andreas. 2008. Tu és quem sabe: Aukê e o mito canela de ajuda aos índios. Brasília: Paralelo 15. |
title_full |
KOWALSKI, Andreas. 2008. Tu és quem sabe: Aukê e o mito canela de ajuda aos índios. Brasília: Paralelo 15. |
title_fullStr |
KOWALSKI, Andreas. 2008. Tu és quem sabe: Aukê e o mito canela de ajuda aos índios. Brasília: Paralelo 15. |
title_full_unstemmed |
KOWALSKI, Andreas. 2008. Tu és quem sabe: Aukê e o mito canela de ajuda aos índios. Brasília: Paralelo 15. |
title_sort |
KOWALSKI, Andreas. 2008. Tu és quem sabe: Aukê e o mito canela de ajuda aos índios. Brasília: Paralelo 15. |
author |
Nunes, Eduardo S. |
author_facet |
Nunes, Eduardo S. |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Nunes, Eduardo S. |
dc.subject.por.fl_str_mv |
povos indígenas recursos não-indígenas engajamento |
topic |
povos indígenas recursos não-indígenas engajamento |
description |
O livro “Tu és quem sabe” é a publicação póstuma da tese de doutorado, defendida em 2004, do alemão Andreas Kowalski, falecido em setembro de 2006, no acidente do vôo 1907, da Gol. O trabalho é fruto de uma etnografia desenvolvida paralelamente ao engajamento do autor com os Canela, grupo Timbira (Jê) situado no estado do Maranhão, como coordenador do projeto de cooperação entre o Lateinamerika-Zentrum e. V. Bonn (LAZ) e tal grupo. Mais precisamente, o trabalho é uma etnografia da forma como os Canela compreendem o engajamento de não-indígenas na “ajuda aos índios”. Se o envolvimento de múltiplas instituições e pessoas, nacionais ou estrangeiras, nas causas indígenas é expressão e parte de um processo de valorização da diferença a nível global e de defesa dos direitos das minorias étnicas deflagrado ainda nos anos de 1970, qual o significado, para esse grupo indígena, da vinda de um branco de terras tão distantes quanto a Alemanha com o intuito de ajudá-los? Por essa via, Kowalski tenta desvendar quais as questões específicas aos modos de pensamento e ação canela responsáveis pelas múltiplas dificuldades e entraves presentes na execução de “projetos” junto ao grupo e insucessos resultantes. “Projeto” tornou-se, em anos recentes, um termo extremamente difundido entre os povos indígenas em território hoje brasileiro, mas nossas reflexões sobre o que precisamente os índios querem dizer com isso ainda carecem ir mais além, adensando a idéia professada por muitos de que se refere à captação de recursos não-indígenas. “Tu és quem sabe” é um interessante esforço nesse sentido. |
publishDate |
2018 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2018-02-22 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/article/view/7014 |
url |
https://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/article/view/7014 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/article/view/7014/7212 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Copyright (c) 2011 Anuário Antropológico https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Copyright (c) 2011 Anuário Antropológico https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Brasília DF: Universidade de Brasília Instituto de Ciências Sociais Departamento de Antropologia |
publisher.none.fl_str_mv |
Brasília DF: Universidade de Brasília Instituto de Ciências Sociais Departamento de Antropologia |
dc.source.none.fl_str_mv |
Anuário Antropológico; Vol. 36 No. 1 (2011): Anuário Antropológico; 261-265 Anuário Antropológico; Vol. 36 Núm. 1 (2011): Anuário Antropológico; 261-265 Anuário Antropológico; Vol. 36 No. 1 (2011): Anuário Antropológico; 261-265 Anuário Antropológico; v. 36 n. 1 (2011): Anuário Antropológico; 261-265 2357-738X 0102-4302 reponame:Anuário Antropológico (Online) instname:Universidade de Brasília (UnB) instacron:UNB |
instname_str |
Universidade de Brasília (UnB) |
instacron_str |
UNB |
institution |
UNB |
reponame_str |
Anuário Antropológico (Online) |
collection |
Anuário Antropológico (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Anuário Antropológico (Online) - Universidade de Brasília (UnB) |
repository.mail.fl_str_mv |
revista.anuario.antropologico@gmail.com || Revista.anuario.antropologico@gmail.com |
_version_ |
1797225473930952704 |