Parentesco e identidade social
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Anuário Antropológico (Online) |
Texto Completo: | https://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/article/view/6138 |
Resumo: | A literatura sobre família no Brasil tem se caracterizado por uma perspectiva substanciálista que não se preocupa com uma investigação da família enquanto instituição contida num sistema de relações, num sistema de parentesco. Desde Gilberto Freire (1977, 1977a) a família patriarcal tornou- se referência obrigatória seja enquanto realidade, seja enquanto modelo a criticar-se. Conjuntamente com o modelo da família patriarcal firmou-se uma tendência de estudos sobre a família brasileira ou sobre os diferentes tipos de famílias brasileiras que não coloca como questão relevante a definição de um sistema de parentesco. Deste modo, a família, ou as famílias, é definida substantivamente, isto é, por qualidades como a propriedade territorial, a propriedade industrial, a pequena propriedade. Em outro plano: pela característica patriarcal, isto é, pelo poder de páter-famílias percebido como substância definidora da família ou pela ausência da característica patriarcal. Outras características como o tamanho da família, o número médio dos filhos, o tamanho da unidade residencial etc. .. são tomadas como dados relevantes para a caracterização da família. Esta tendência é marcante tanto nos autores defensores da validade do modelo da família patriarcal como nos críticos deste modelo. (Cf. Ramos, 1978;Cándido, 1951, Willems, 1954; Freire, 1977a, 1977b). |
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