Indagação sobre os Kamayurá, o alto Xingu e outros nomes e coisas: uma etnologia da sociedade xinguara
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Anuário Antropológico (Online) |
Texto Completo: | https://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/article/view/6592 |
Resumo: | Segundo aproximei em 1984-85, o nome Kamayurá é de origem Aruak: kãmá, "morto" + yúla, "jirau". Ele muito possivelmente aponta para o sentido de "mortos no jirau" (sendo moqueados). Tal é efetivamente a exegese dos Aruak Yawalapití para o etnônimo, uma acusação ”” sob a etiqueta xinguana ”” da prática hedionda do canibalismo: "antigamente, os Kamayurá eram muito perigosos...", é o que diz uma narrativa de Natáku', chefe Yawalapití que para mim consolidou a terrível etimologia (Menezes Bastos 1992). Terrível de um lado apenas: para os Kamayurá xinguanizados, que a não podendo negar simplesmente a renegam, a remetem para o passado ou a tratam sob evasivas. Mas apenas de um lado, disse eu, pois há pelo menos um outro ”” e mesmo muitos mais ”” desta história ou indagação. â– |
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Indagação sobre os Kamayurá, o alto Xingu e outros nomes e coisas: uma etnologia da sociedade xinguaraAntropologiaSegundo aproximei em 1984-85, o nome Kamayurá é de origem Aruak: kãmá, "morto" + yúla, "jirau". Ele muito possivelmente aponta para o sentido de "mortos no jirau" (sendo moqueados). Tal é efetivamente a exegese dos Aruak Yawalapití para o etnônimo, uma acusação ”” sob a etiqueta xinguana ”” da prática hedionda do canibalismo: "antigamente, os Kamayurá eram muito perigosos...", é o que diz uma narrativa de Natáku', chefe Yawalapití que para mim consolidou a terrível etimologia (Menezes Bastos 1992). Terrível de um lado apenas: para os Kamayurá xinguanizados, que a não podendo negar simplesmente a renegam, a remetem para o passado ou a tratam sob evasivas. Mas apenas de um lado, disse eu, pois há pelo menos um outro ”” e mesmo muitos mais ”” desta história ou indagação. â– Brasília DF: Universidade de Brasília Instituto de Ciências Sociais Departamento de Antropologia2018-02-02info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/article/view/6592Anuário Antropológico; Vol. 19 No. 1 (1995): Anuário Antropológico; 227-269Anuário Antropológico; Vol. 19 Núm. 1 (1995): Anuário Antropológico; 227-269Anuário Antropológico; Vol. 19 No. 1 (1995): Anuário Antropológico; 227-269Anuário Antropológico; v. 19 n. 1 (1995): Anuário Antropológico; 227-2692357-738X0102-4302reponame:Anuário Antropológico (Online)instname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNBporhttps://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/article/view/6592/7548Copyright (c) 1995 Anuário Antropológicohttps://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessBastos, Rafael José de Menezes2023-06-14T17:49:52Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/6592Revistahttps://journals.openedition.org/aa/PUBhttps://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/oairevista.anuario.antropologico@gmail.com || Revista.anuario.antropologico@gmail.com2357-738X0102-4302opendoar:2023-06-14T17:49:52Anuário Antropológico (Online) - Universidade de Brasília (UnB)false |
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