Antropologia: Saber acadêmico e experiência iniciática

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: de Carvalho, José Jorge
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Anuário Antropológico (Online)
Texto Completo: https://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/article/view/6443
Resumo: Pretendo tomar três conceitos utilizados por Luís Roberto Cardoso de Oliveira no seu texto de base para, a partir deles, desenvolver meu argumento. Minha intenção é retomar/uma das promessas iniciais da Antropologia e que me parece um tanto esquecida no momento presente da disciplina. Em primeiro lugar, ao discutir essa questão da vocação crítica da Antropologia, noto que o autor do texto de base deixou em aberto o que ele entende por vocação crítica. Seguindo porém de perto o raciocínio que desenvolve ao comentar o texto de Dalton sobre a moeda primitiva, fica mais ou menos estabelecido que crítica é aquela postura que está aberta à revisão das próprias categorias usadas pelo antropólogo. Lembro aqui a distinção estabelecida por Max Horkheimer entre teoria tradicional e teoria crítica: a teoria tradicional é aquela que fala sobre o objeto de uma forma cega, neutra e não reflexiva, enquanto crítica é aquela teoria que se pensa enquanto teoria. A Antropologia que todos queremos fazer é claramente crítica nesse sentido: dispõe-se a rever as categorias nativas do antropólogo.
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