O feiticeiro desencantado: gênero, justiça e a invenção da Violência doméstica em Timor-Leste
Main Author: | |
---|---|
Publication Date: | 2018 |
Format: | Article |
Language: | por |
Source: | Anuário Antropológico (Online) |
Download full: | https://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/article/view/6933 |
Summary: | O processo de construção recente do Estado-nação em Timor-Leste tem propiciado múltiplos discursos acerca da modernização, dos quais um dos mais elaborados diz respeito a narrativas fundadas na igualdade de gênero. Organizado por uma parcela da elite local, em parceria com instituições do mundo globalizado, este discurso vem criando uma nova moralidade para dar significado aos atos de agressão física intrafamiliar. Gestos de outra maneira percebidos como naturais, passam a ser lidos como “violência doméstica”. A invenção dessa categoria no cotidiano timorense cria uma nova situação de conflito, para a qual é preciso instituir uma arena própria de negociação: um sistema de justiça de Estado que aparentemente se opõe à s arenas locais de resolução de disputas. Este artigo apresenta o modo como este processo se dá, explorando os usos múltiplos do gênero e da justiça e evidenciando como diferentes princípios e valores são evocados pela população para uma resolução equânime de seus conflitos. |
id |
UNB-23_b695c48e6e7ba34cc8291edf51077769 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ojs.pkp.sfu.ca:article/6933 |
network_acronym_str |
UNB-23 |
network_name_str |
Anuário Antropológico (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
O feiticeiro desencantado: gênero, justiça e a invenção da Violência doméstica em Timor-LesteAntropologiaO processo de construção recente do Estado-nação em Timor-Leste tem propiciado múltiplos discursos acerca da modernização, dos quais um dos mais elaborados diz respeito a narrativas fundadas na igualdade de gênero. Organizado por uma parcela da elite local, em parceria com instituições do mundo globalizado, este discurso vem criando uma nova moralidade para dar significado aos atos de agressão física intrafamiliar. Gestos de outra maneira percebidos como naturais, passam a ser lidos como “violência doméstica”. A invenção dessa categoria no cotidiano timorense cria uma nova situação de conflito, para a qual é preciso instituir uma arena própria de negociação: um sistema de justiça de Estado que aparentemente se opõe à s arenas locais de resolução de disputas. Este artigo apresenta o modo como este processo se dá, explorando os usos múltiplos do gênero e da justiça e evidenciando como diferentes princípios e valores são evocados pela população para uma resolução equânime de seus conflitos.Brasília DF: Universidade de Brasília Instituto de Ciências Sociais Departamento de Antropologia2018-02-20info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/article/view/6933Anuário Antropológico; Vol. 31 No. 1 (2006): Anuário Antropológico; 127-154Anuário Antropológico; Vol. 31 Núm. 1 (2006): Anuário Antropológico; 127-154Anuário Antropológico; Vol. 31 No. 1 (2006): Anuário Antropológico; 127-154Anuário Antropológico; v. 31 n. 1 (2006): Anuário Antropológico; 127-1542357-738X0102-4302reponame:Anuário Antropológico (Online)instname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNBporhttps://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/article/view/6933/7302Copyright (c) 2006 Anuário Antropológicohttps://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessSimião, Daniel Schroeter2023-06-14T17:50:41Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/6933Revistahttps://journals.openedition.org/aa/PUBhttps://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/oairevista.anuario.antropologico@gmail.com || Revista.anuario.antropologico@gmail.com2357-738X0102-4302opendoar:2023-06-14T17:50:41Anuário Antropológico (Online) - Universidade de Brasília (UnB)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
O feiticeiro desencantado: gênero, justiça e a invenção da Violência doméstica em Timor-Leste |
title |
O feiticeiro desencantado: gênero, justiça e a invenção da Violência doméstica em Timor-Leste |
spellingShingle |
O feiticeiro desencantado: gênero, justiça e a invenção da Violência doméstica em Timor-Leste Simião, Daniel Schroeter Antropologia |
title_short |
O feiticeiro desencantado: gênero, justiça e a invenção da Violência doméstica em Timor-Leste |
title_full |
O feiticeiro desencantado: gênero, justiça e a invenção da Violência doméstica em Timor-Leste |
title_fullStr |
O feiticeiro desencantado: gênero, justiça e a invenção da Violência doméstica em Timor-Leste |
title_full_unstemmed |
O feiticeiro desencantado: gênero, justiça e a invenção da Violência doméstica em Timor-Leste |
title_sort |
O feiticeiro desencantado: gênero, justiça e a invenção da Violência doméstica em Timor-Leste |
author |
Simião, Daniel Schroeter |
author_facet |
Simião, Daniel Schroeter |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Simião, Daniel Schroeter |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Antropologia |
topic |
Antropologia |
description |
O processo de construção recente do Estado-nação em Timor-Leste tem propiciado múltiplos discursos acerca da modernização, dos quais um dos mais elaborados diz respeito a narrativas fundadas na igualdade de gênero. Organizado por uma parcela da elite local, em parceria com instituições do mundo globalizado, este discurso vem criando uma nova moralidade para dar significado aos atos de agressão física intrafamiliar. Gestos de outra maneira percebidos como naturais, passam a ser lidos como “violência doméstica”. A invenção dessa categoria no cotidiano timorense cria uma nova situação de conflito, para a qual é preciso instituir uma arena própria de negociação: um sistema de justiça de Estado que aparentemente se opõe à s arenas locais de resolução de disputas. Este artigo apresenta o modo como este processo se dá, explorando os usos múltiplos do gênero e da justiça e evidenciando como diferentes princípios e valores são evocados pela população para uma resolução equânime de seus conflitos. |
publishDate |
2018 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2018-02-20 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/article/view/6933 |
url |
https://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/article/view/6933 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/article/view/6933/7302 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Copyright (c) 2006 Anuário Antropológico https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Copyright (c) 2006 Anuário Antropológico https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Brasília DF: Universidade de Brasília Instituto de Ciências Sociais Departamento de Antropologia |
publisher.none.fl_str_mv |
Brasília DF: Universidade de Brasília Instituto de Ciências Sociais Departamento de Antropologia |
dc.source.none.fl_str_mv |
Anuário Antropológico; Vol. 31 No. 1 (2006): Anuário Antropológico; 127-154 Anuário Antropológico; Vol. 31 Núm. 1 (2006): Anuário Antropológico; 127-154 Anuário Antropológico; Vol. 31 No. 1 (2006): Anuário Antropológico; 127-154 Anuário Antropológico; v. 31 n. 1 (2006): Anuário Antropológico; 127-154 2357-738X 0102-4302 reponame:Anuário Antropológico (Online) instname:Universidade de Brasília (UnB) instacron:UNB |
instname_str |
Universidade de Brasília (UnB) |
instacron_str |
UNB |
institution |
UNB |
reponame_str |
Anuário Antropológico (Online) |
collection |
Anuário Antropológico (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Anuário Antropológico (Online) - Universidade de Brasília (UnB) |
repository.mail.fl_str_mv |
revista.anuario.antropologico@gmail.com || Revista.anuario.antropologico@gmail.com |
_version_ |
1797225473827143680 |