Etnografia e rituais: relato de um percurso

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Peirano, Mariza
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Anuário Antropológico (Online)
Texto Completo: https://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/article/view/6538
Resumo: Etnografia não é método. Não é uma prática que, definida antes da pesquisa, vai guiar o que acontecerá no momento que se convencionou chamar de trabalho de campo. A etnografia antropológica é essencialmente uma posição teórica. Esta proposta não é nova, mas recuperada e reciclada, como costuma acontecer nas humanidades ”” muitas ideias de hoje, se olharmos o passado, podem ser encontradas submersas nos trabalhos de antecessores. Lévi-Strauss (1977:26) falava sobre a “dúvida antropológica” que guia o pesquisador; T. N. Madan (1994:159), do “sentido de surpresa” necessário à investigação. A surpresa nos remete aos acasos, aos acontecimentos inesperados, ao imprevisível e, fechando um círculo, de volta aos imponderáveis de Malinowski (1984) e à defesa de EvansPritchard (1950) de que as condições fundantes para o bom resultado da pesquisa de campo devem ser encontradas não apenas na formação do pesquisador, mas também em sua personalidade e nas condições de campo. 
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