O Auto de carnaval em São Tomé e Príncipe: Fato e texto

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Trajano Filho, Wilson
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Anuário Antropológico (Online)
Texto Completo: https://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/article/view/6470
Resumo: O carnaval de São Tomé e Príncipe não tem a exuberância, grandiosidade e visibilidade que têm os carnavais do Rio de Janeiro, Recife, New Orleans e Veneza. Diferentemente do carnaval brasileiro, no qual o mundo social simbolicamente se inverte e as atividades cotidianas são temporariamente suspensas com a devida chancela do Estado durante quatro dias, o carnaval santomense tem lugar apenas na terça-feira gorda e não cria uma suspensão e inversão social quase total. Não tem também a grandiloqüência e a riqueza das parades de New Orleans nem dos desfiles de máscaras do carnaval veneziano. A participação popular no carnaval santomense é realizada segundo um outro modelo. Seu evento central é uma espécie de auto no qual se dramatiza uma série de episódios retirados do cotidiano das roças e freguesias. Formalmente, esta dramatização tem uma clara continuidade com o auto medieval português ”” uma das formas mais populares do antigo teatro em Portugal, forma que alcançou seu resplendor na época de formação do compromisso social que gerou a sociedade crioula de São Tomé e Príncipe, e que ali foi crioulizada, ganhando uma especificidade própria.
id UNB-23_dd8258d71bd0bbd83180bd9b7028ba57
oai_identifier_str oai:ojs.pkp.sfu.ca:article/6470
network_acronym_str UNB-23
network_name_str Anuário Antropológico (Online)
repository_id_str
spelling O Auto de carnaval em São Tomé e Príncipe: Fato e textoAntropologiaCarnavalO carnaval de São Tomé e Príncipe não tem a exuberância, grandiosidade e visibilidade que têm os carnavais do Rio de Janeiro, Recife, New Orleans e Veneza. Diferentemente do carnaval brasileiro, no qual o mundo social simbolicamente se inverte e as atividades cotidianas são temporariamente suspensas com a devida chancela do Estado durante quatro dias, o carnaval santomense tem lugar apenas na terça-feira gorda e não cria uma suspensão e inversão social quase total. Não tem também a grandiloqüência e a riqueza das parades de New Orleans nem dos desfiles de máscaras do carnaval veneziano. A participação popular no carnaval santomense é realizada segundo um outro modelo. Seu evento central é uma espécie de auto no qual se dramatiza uma série de episódios retirados do cotidiano das roças e freguesias. Formalmente, esta dramatização tem uma clara continuidade com o auto medieval português ”” uma das formas mais populares do antigo teatro em Portugal, forma que alcançou seu resplendor na época de formação do compromisso social que gerou a sociedade crioula de São Tomé e Príncipe, e que ali foi crioulizada, ganhando uma especificidade própria.Brasília DF: Universidade de Brasília Instituto de Ciências Sociais Departamento de Antropologia2018-01-30info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/article/view/6470Anuário Antropológico; Vol. 16 No. 1 (1992): Anuário Antropológico; 189-220Anuário Antropológico; Vol. 16 Núm. 1 (1992): Anuário Antropológico; 189-220Anuário Antropológico; Vol. 16 No. 1 (1992): Anuário Antropológico; 189-220Anuário Antropológico; v. 16 n. 1 (1992): Anuário Antropológico; 189-2202357-738X0102-4302reponame:Anuário Antropológico (Online)instname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNBporhttps://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/article/view/6470/7585Copyright (c) 1992 Anuário Antropológicohttps://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessTrajano Filho, Wilson2023-06-14T17:49:40Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/6470Revistahttps://journals.openedition.org/aa/PUBhttps://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/oairevista.anuario.antropologico@gmail.com || Revista.anuario.antropologico@gmail.com2357-738X0102-4302opendoar:2023-06-14T17:49:40Anuário Antropológico (Online) - Universidade de Brasília (UnB)false
dc.title.none.fl_str_mv O Auto de carnaval em São Tomé e Príncipe: Fato e texto
title O Auto de carnaval em São Tomé e Príncipe: Fato e texto
spellingShingle O Auto de carnaval em São Tomé e Príncipe: Fato e texto
Trajano Filho, Wilson
Antropologia
Carnaval
title_short O Auto de carnaval em São Tomé e Príncipe: Fato e texto
title_full O Auto de carnaval em São Tomé e Príncipe: Fato e texto
title_fullStr O Auto de carnaval em São Tomé e Príncipe: Fato e texto
title_full_unstemmed O Auto de carnaval em São Tomé e Príncipe: Fato e texto
title_sort O Auto de carnaval em São Tomé e Príncipe: Fato e texto
author Trajano Filho, Wilson
author_facet Trajano Filho, Wilson
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Trajano Filho, Wilson
dc.subject.por.fl_str_mv Antropologia
Carnaval
topic Antropologia
Carnaval
description O carnaval de São Tomé e Príncipe não tem a exuberância, grandiosidade e visibilidade que têm os carnavais do Rio de Janeiro, Recife, New Orleans e Veneza. Diferentemente do carnaval brasileiro, no qual o mundo social simbolicamente se inverte e as atividades cotidianas são temporariamente suspensas com a devida chancela do Estado durante quatro dias, o carnaval santomense tem lugar apenas na terça-feira gorda e não cria uma suspensão e inversão social quase total. Não tem também a grandiloqüência e a riqueza das parades de New Orleans nem dos desfiles de máscaras do carnaval veneziano. A participação popular no carnaval santomense é realizada segundo um outro modelo. Seu evento central é uma espécie de auto no qual se dramatiza uma série de episódios retirados do cotidiano das roças e freguesias. Formalmente, esta dramatização tem uma clara continuidade com o auto medieval português ”” uma das formas mais populares do antigo teatro em Portugal, forma que alcançou seu resplendor na época de formação do compromisso social que gerou a sociedade crioula de São Tomé e Príncipe, e que ali foi crioulizada, ganhando uma especificidade própria.
publishDate 2018
dc.date.none.fl_str_mv 2018-01-30
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/article/view/6470
url https://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/article/view/6470
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/article/view/6470/7585
dc.rights.driver.fl_str_mv Copyright (c) 1992 Anuário Antropológico
https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Copyright (c) 1992 Anuário Antropológico
https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Brasília DF: Universidade de Brasília Instituto de Ciências Sociais Departamento de Antropologia
publisher.none.fl_str_mv Brasília DF: Universidade de Brasília Instituto de Ciências Sociais Departamento de Antropologia
dc.source.none.fl_str_mv Anuário Antropológico; Vol. 16 No. 1 (1992): Anuário Antropológico; 189-220
Anuário Antropológico; Vol. 16 Núm. 1 (1992): Anuário Antropológico; 189-220
Anuário Antropológico; Vol. 16 No. 1 (1992): Anuário Antropológico; 189-220
Anuário Antropológico; v. 16 n. 1 (1992): Anuário Antropológico; 189-220
2357-738X
0102-4302
reponame:Anuário Antropológico (Online)
instname:Universidade de Brasília (UnB)
instacron:UNB
instname_str Universidade de Brasília (UnB)
instacron_str UNB
institution UNB
reponame_str Anuário Antropológico (Online)
collection Anuário Antropológico (Online)
repository.name.fl_str_mv Anuário Antropológico (Online) - Universidade de Brasília (UnB)
repository.mail.fl_str_mv revista.anuario.antropologico@gmail.com || Revista.anuario.antropologico@gmail.com
_version_ 1797225472139984896