Indigenismo: um orientalismo americano
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Anuário Antropológico (Online) |
Texto Completo: | https://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/article/view/6906 |
Resumo: | Em primeiro lugar, quero agradecer o generoso convite dos colegas organizadores para participar deste evento tão especial e de maneira tão vistosa. Com meus 156 centímetros que me qualificam como Chapa Rita, segundo meu amigo Miguel Bartolomé, não estou à altura, em todos os sentidos, desta tarefa, mas farei o possível para superar a modesta estatura perante meus pares. Em segundo lugar, não posso deixar de prestar minha homenagem a dois dos nossos grandes antecessores de quem tivemos o privilégio de ser também contemporâneos e que tanto fizeram para o avanço dos estudos de relações interétnicas: os saudosos Guillermo Bonfil Batalla e Roberto Cardoso de Oliveira. E em terceiro lugar, sinto-me honrada por vir falar de indigenismo na sua pátria de origem, uma vez que foi o México que pôs no mapa da nossa disciplina esse campo tão fértil da antropologia profunda. Desde os anos 1940, marco importante na sua história, o indigenismo tem desvendado todo um mundo empírico e teórico sobre as relações extremamente desiguais entre os povos indígenas e os Estados-nações, especialmente, na América Latina. Inicialmente dedicado ao papel do Estado como disciplinador dessas relações, o indigenismo tem passado por transformações conceituais ao sabor das mudanças vividas por seus protagonistas. É hora, portanto, de redefinir o que é indigenismo. |
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