O movimento folclórico brasileiro: uma rítmica de conquistas e fracassos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Tamaso, Izabela
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Anuário Antropológico (Online)
Texto Completo: https://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/article/view/6724
Resumo: Muito embora existentes desde fins do século passado, os estudos de folclore iniciam um período deveras produtivo a partir da década de 40. A eficácia, não apenas institucional como também simbólica, alcançada pelos estudiosos do folclore, principalmente após 1947, foi interpretada por Luiz Rodolfo Vilhena em Projeto e Missão: o movimento folclórico brasileiro 1947-1964, a partir de um “ campo de possibilidades específico” . O Estado Novo havia possibilitado a inserção de vários intelectuais na burocracia estatal. Auto-atribuindo-se um “ papel messiânico na vida nacional” , os intelectuais objetivavam salvaguardar a cultura nacional. Tal preocupação presente no movimento folclórico descrito por Vilhena já estava expressa no grupo modernista quando do surgimento da idéia de patrimônio histórico. Instituído em 1937, o SPHAN (Serviço de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) tinha como membros intelectuais que se auto atribuíam um sentido missionário (Fonseca 1994, Gonçalves 1997, Rubino 1991, Santos 1992). A busca pela autenticidade das manifestações culturais e da identidade nacional influenciava os intelectuais da primeira metade do século, preocupados que estavam com a preservação da cultura nacional.
id UNB-23_f1112f55ed7f75434dd997b7836fbb2e
oai_identifier_str oai:ojs.pkp.sfu.ca:article/6724
network_acronym_str UNB-23
network_name_str Anuário Antropológico (Online)
repository_id_str
spelling O movimento folclórico brasileiro: uma rítmica de conquistas e fracassosAntropologiaMuito embora existentes desde fins do século passado, os estudos de folclore iniciam um período deveras produtivo a partir da década de 40. A eficácia, não apenas institucional como também simbólica, alcançada pelos estudiosos do folclore, principalmente após 1947, foi interpretada por Luiz Rodolfo Vilhena em Projeto e Missão: o movimento folclórico brasileiro 1947-1964, a partir de um “ campo de possibilidades específico” . O Estado Novo havia possibilitado a inserção de vários intelectuais na burocracia estatal. Auto-atribuindo-se um “ papel messiânico na vida nacional” , os intelectuais objetivavam salvaguardar a cultura nacional. Tal preocupação presente no movimento folclórico descrito por Vilhena já estava expressa no grupo modernista quando do surgimento da idéia de patrimônio histórico. Instituído em 1937, o SPHAN (Serviço de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) tinha como membros intelectuais que se auto atribuíam um sentido missionário (Fonseca 1994, Gonçalves 1997, Rubino 1991, Santos 1992). A busca pela autenticidade das manifestações culturais e da identidade nacional influenciava os intelectuais da primeira metade do século, preocupados que estavam com a preservação da cultura nacional.Brasília DF: Universidade de Brasília Instituto de Ciências Sociais Departamento de Antropologia2018-02-08info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/article/view/6724Anuário Antropológico; Vol. 22 No. 1 (1998): Anuário Antropológico; 305-313Anuário Antropológico; Vol. 22 Núm. 1 (1998): Anuário Antropológico; 305-313Anuário Antropológico; Vol. 22 No. 1 (1998): Anuário Antropológico; 305-313Anuário Antropológico; v. 22 n. 1 (1998): Anuário Antropológico; 305-3132357-738X0102-4302reponame:Anuário Antropológico (Online)instname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNBporhttps://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/article/view/6724/7441Copyright (c) 1998 Anuário Antropológicohttps://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessTamaso, Izabela2023-06-14T17:50:02Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/6724Revistahttps://journals.openedition.org/aa/PUBhttps://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/oairevista.anuario.antropologico@gmail.com || Revista.anuario.antropologico@gmail.com2357-738X0102-4302opendoar:2023-06-14T17:50:02Anuário Antropológico (Online) - Universidade de Brasília (UnB)false
dc.title.none.fl_str_mv O movimento folclórico brasileiro: uma rítmica de conquistas e fracassos
title O movimento folclórico brasileiro: uma rítmica de conquistas e fracassos
spellingShingle O movimento folclórico brasileiro: uma rítmica de conquistas e fracassos
Tamaso, Izabela
Antropologia
title_short O movimento folclórico brasileiro: uma rítmica de conquistas e fracassos
title_full O movimento folclórico brasileiro: uma rítmica de conquistas e fracassos
title_fullStr O movimento folclórico brasileiro: uma rítmica de conquistas e fracassos
title_full_unstemmed O movimento folclórico brasileiro: uma rítmica de conquistas e fracassos
title_sort O movimento folclórico brasileiro: uma rítmica de conquistas e fracassos
author Tamaso, Izabela
author_facet Tamaso, Izabela
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Tamaso, Izabela
dc.subject.por.fl_str_mv Antropologia
topic Antropologia
description Muito embora existentes desde fins do século passado, os estudos de folclore iniciam um período deveras produtivo a partir da década de 40. A eficácia, não apenas institucional como também simbólica, alcançada pelos estudiosos do folclore, principalmente após 1947, foi interpretada por Luiz Rodolfo Vilhena em Projeto e Missão: o movimento folclórico brasileiro 1947-1964, a partir de um “ campo de possibilidades específico” . O Estado Novo havia possibilitado a inserção de vários intelectuais na burocracia estatal. Auto-atribuindo-se um “ papel messiânico na vida nacional” , os intelectuais objetivavam salvaguardar a cultura nacional. Tal preocupação presente no movimento folclórico descrito por Vilhena já estava expressa no grupo modernista quando do surgimento da idéia de patrimônio histórico. Instituído em 1937, o SPHAN (Serviço de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) tinha como membros intelectuais que se auto atribuíam um sentido missionário (Fonseca 1994, Gonçalves 1997, Rubino 1991, Santos 1992). A busca pela autenticidade das manifestações culturais e da identidade nacional influenciava os intelectuais da primeira metade do século, preocupados que estavam com a preservação da cultura nacional.
publishDate 2018
dc.date.none.fl_str_mv 2018-02-08
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/article/view/6724
url https://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/article/view/6724
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/article/view/6724/7441
dc.rights.driver.fl_str_mv Copyright (c) 1998 Anuário Antropológico
https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Copyright (c) 1998 Anuário Antropológico
https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Brasília DF: Universidade de Brasília Instituto de Ciências Sociais Departamento de Antropologia
publisher.none.fl_str_mv Brasília DF: Universidade de Brasília Instituto de Ciências Sociais Departamento de Antropologia
dc.source.none.fl_str_mv Anuário Antropológico; Vol. 22 No. 1 (1998): Anuário Antropológico; 305-313
Anuário Antropológico; Vol. 22 Núm. 1 (1998): Anuário Antropológico; 305-313
Anuário Antropológico; Vol. 22 No. 1 (1998): Anuário Antropológico; 305-313
Anuário Antropológico; v. 22 n. 1 (1998): Anuário Antropológico; 305-313
2357-738X
0102-4302
reponame:Anuário Antropológico (Online)
instname:Universidade de Brasília (UnB)
instacron:UNB
instname_str Universidade de Brasília (UnB)
instacron_str UNB
institution UNB
reponame_str Anuário Antropológico (Online)
collection Anuário Antropológico (Online)
repository.name.fl_str_mv Anuário Antropológico (Online) - Universidade de Brasília (UnB)
repository.mail.fl_str_mv revista.anuario.antropologico@gmail.com || Revista.anuario.antropologico@gmail.com
_version_ 1797225472888668160