Transtorno de défict de atenção/hiperatividade e metilfenidato:: uso necessário ou induzido?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Leite, Eneida Gagliardi
Data de Publicação: 2017
Outros Autores: Baldini, Nayara Leal Ferreira
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Gestão & Saúde (Brasília)
Texto Completo: https://periodicos.unb.br/index.php/rgs/article/view/71
Resumo: Frente às crescentes taxas de produção, venda e consumo de metilfenidato no Brasil, o presente artigo busca discutir a medicalização do tratamento do transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, um transtorno neuropsiquiátrico que acomete crianças caracterizadas sintomatologicamente como desatentas, hiperativas e impulsivas. O transtorno de déficit de atenção e hiperatividade associa-se com significativo comprometimento funcional em diversas áreas e, à medida que o indivíduo cresce, ocorrem também taxas crescentes de co-morbidade psiquiátrica, portanto deve ser alvo de intervenção. O tratamento envolve o uso do metilfenidato na maioria dos casos. Há de se considerar, no entanto, que esta substância pode provocar efeitos adversos potenciais em crianças e que as co-morbidades associadas ao transtorno ou os sintomas resultantes de problemas na vida de relação das crianças dificultam o diagnóstico. Além disso, a propaganda velada do medicamento pode induzir educadores e responsáveis pela criança pressionar médicos a prescreverem o metilfenidato, o que pode ter como conseqüência o sobre-diagnóstico do transtorno de déficit de atenção e hiperatividade. Considerando que a propaganda, a comercialização e dispensação do metilfenidato são controladas sanitariamente, apontamos para a necessidade de se avaliar a efetividade de tais medidas de controle e sugerimos novas medidas.
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