As práticas de beleza femininas e a construção da subordinação
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Monografias da UnB |
Texto Completo: | http://bdm.unb.br/handle/10483/10290 |
Resumo: | Monografia (graduação)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciência Política, 2014. |
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Quintela, Débora FrançolinTokarski, Flávia Millena BiroliQUINTELA, Débora Françolin. As práticas de beleza femininas e a construção da subordinação. 2014. 79 f. Monografia (Bacharelado em Ciência Política)—Universidade de Brasília, Brasília, 2014.http://bdm.unb.br/handle/10483/10290Monografia (graduação)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciência Política, 2014.As práticas de beleza feminina se consolidaram, nas sociedades Ocidentais modernas, como um aspecto da diferenciação entre os gêneros feminino e masculino. Sendo assim, elas são um reflexo da desigualdade de recursos, materiais e simbólicos, entre os gêneros e um problema de natureza política. Através da revisão bibliográfica pretendeu-se analisar de maneira crítica as implicações dessas práticas para a construção social do gênero feminino. Entende-se que em uma sociedade hierarquizada em termos de gênero, certas práticas sociais não são reflexo da agência moral autônoma, mas, ao contrário, da internalização de padrões opressivos. Ao engajar-se nos cuidados com a beleza as mulheres não estariam exercendo seu direito de autodeterminação, mas o oposto, se conformando a sua subordinação. As práticas de beleza seriam uma forma de as mulheres afirmarem seu valor não para si, mas para os homens. Com o objetivo de testar empiricamente as interpretações teóricas sobre o tema, foram realizadas entrevistas de profundidade com dez mulheres, com posições sociais variadas em termo de escolaridade, faixa etária, raça e classe social. A partir das entrevistas, pretendeu-se verificar como as mulheres compreendem o impacto dos dispositivos da beleza em suas vidas, como eles atravessam suas vivências, organizam práticas e as constituem como sujeitos. A análise dos discursos resultou na constatação de que as práticas de beleza são, sobretudo, um benefício à condição política masculina, pois são a afirmação de sua dominação. Por esse motivo, acredita-se que os cuidados com a aparência perderão seu caráter ofensivo à igualdade de gênero apenas quando eles cessarem de definir socialmente o valor das mulheres. _________________________________________________________________________ ABSTRACTThe female beauty practices have been consolidated, in modern Western societies, as an aspect of differentiation between genders male and female. Thus, they are a reflection of the inequality of resources, material and symbolic, between genders and a problem of political nature. Through literature review was intended to analyze critically the implications of these practices for the social construction of female gender. It is understood that in a gender hierarchical society, certain social practices are not reflective of autonomous moral agency, but rather, the internalization of oppressive patterns. By engaging in beauty care women would not be exercising their right of self-determination, but conforming to their subordination, instead. The beauty practices would be a way of women to assert their experiences not for themselves, but for men. Aiming to empirically test the theoretical interpretations of the theme, there have been conducted in-depth interviews with ten women with varying social positions in terms of education, age, race and social class. From the interviews, was intended to determine how women understand the impact of the devices of beauty in their lives, as they go through their life experiences, organize practices and constitute them as subjects. The discourses analysis resulted in the realization that beauty practices are mainly a benefit to male political condition, as they are an affirmation of their domination. For this reason, it’s believed that appearance care will lose their offensiveness to gender equality, only when they cease to define socially the value of women.Submitted by Cristiane Maria Mendes (mcristianem@gmail.com) on 2015-04-27T18:08:43Z No. of bitstreams: 1 2014_DeboraFrancolinQuintela.pdf: 587712 bytes, checksum: 6e17acade9bd40c214f6584d91390762 (MD5)Approved for entry into archive by Ruthlea Nascimento(ruthlea.nascimento@gmail.com) on 2015-04-27T19:41:21Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2014_DeboraFrancolinQuintela.pdf: 587712 bytes, checksum: 6e17acade9bd40c214f6584d91390762 (MD5)Made available in DSpace on 2015-04-27T19:41:21Z (GMT). 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