Metáfora animal:: a representação do outro na literatura
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea |
Texto Completo: | https://periodicos.unb.br/index.php/estudos/article/view/9082 |
Resumo: | Em seu livro The open: man and animal, Giorgio Agamben argumenta que, embora a idéia do “humano” na sociedade ocidental tenha sido pensada, desde sempre, como uma misteriosa conjunção de um corpo natural e de um elemento sobrenatural, social ou divino, é preciso aprender a pensar o “humano” como o resultado de uma prática e de uma política intencional e deliberada de separação entre “humanidade” e “animalidade”. Baseando-nos nos conceitos deste crítico, e de outros como John Berger, W. J. T. Mitchell e Cary Wolfe, percorremos alguns textos de autores brasileiros, como Graciliano Ramos, Guimarães Rosa, Clarice Lispector e Osman Lins, analisando como a metáfora animal é utilizada para representar o ser humano abjeto, em condições de sujeição, marginalização e degradação, o que não só revela o modo como o “humano” pode vir a se relacionar com os seus semelhantes em situações adversas, mas também o modo como esse relacionamento reproduz o preconceito atávico de sua superioridade sobre a natureza e os animais. |
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Metáfora animal:: a representação do outro na literaturaEm seu livro The open: man and animal, Giorgio Agamben argumenta que, embora a idéia do “humano” na sociedade ocidental tenha sido pensada, desde sempre, como uma misteriosa conjunção de um corpo natural e de um elemento sobrenatural, social ou divino, é preciso aprender a pensar o “humano” como o resultado de uma prática e de uma política intencional e deliberada de separação entre “humanidade” e “animalidade”. Baseando-nos nos conceitos deste crítico, e de outros como John Berger, W. J. T. Mitchell e Cary Wolfe, percorremos alguns textos de autores brasileiros, como Graciliano Ramos, Guimarães Rosa, Clarice Lispector e Osman Lins, analisando como a metáfora animal é utilizada para representar o ser humano abjeto, em condições de sujeição, marginalização e degradação, o que não só revela o modo como o “humano” pode vir a se relacionar com os seus semelhantes em situações adversas, mas também o modo como esse relacionamento reproduz o preconceito atávico de sua superioridade sobre a natureza e os animais.Grupo de Estudos em Literatura Brasileira Contemporânea, da Pós-Graduação em Literatura da Universidade de Brasília2011-01-14info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionPeer reviewedEvaluado por los paresAvaliado pelos paresapplication/pdfhttps://periodicos.unb.br/index.php/estudos/article/view/9082Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea; No. 26 (2005): A personagem do romance; 119-135Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea; n. 26 (2005): A personagem do romance; 119-1352316-40181518-0158reponame:Estudos de Literatura Brasileira Contemporâneainstname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNBporhttps://periodicos.unb.br/index.php/estudos/article/view/9082/8090Ferreira, Ermelindainfo:eu-repo/semantics/openAccess2018-09-30T16:41:34Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/9082Revistahttps://periodicos.unb.br/index.php/estudosPUBhttps://periodicos.unb.br/index.php/estudos/oaiportaldeperiodicos@bce.unb.br||revistaestudos@gmail.com2316-40181518-0158opendoar:2018-09-30T16:41:34Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea - Universidade de Brasília (UnB)false |
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