(Des)memória e catástrofe:: considerações sobre a literatura pós-golpe de 1964
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea |
Texto Completo: | https://periodicos.unb.br/index.php/estudos/article/view/9952 |
Resumo: | O texto pretende repensar, na esteira de uma tradição crítica consolidada, o papel da literatura na representação e na denúncia dos atos de repressão realizados pelo regime militar brasileiro a partir de 1964 e, com maior contundência e força, a partir de 1968, depois da promulgação do AI-5. Nesse âmbito, a função das histórias ”“ contadas por diversos autores e por alguns dos sobreviventes da repressão ”“ parece ser, sobretudo, aquela de desenvolver um papel de suplência da História, no sentido de mostrar, de modo eficaz e através da ficção, o nefando que caracterizou em particular a tortura e o assassinato dos opositores. O estatuto da literatura ”“ a sua capacidade de dizer aquilo que é interdito à historiografia, a possibilidade de recriar o real através da imaginação ”“ permitiu, de fato, a muitos escritores testemunhar o horror e a violência que marcaram o regime instaurado no Brasil cinquenta anos atrás, chegando a nos dar a representação “física” da dor e do sangue derramado por um Poder agindo em estado de exceção. |
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(Des)memória e catástrofe:: considerações sobre a literatura pós-golpe de 1964O texto pretende repensar, na esteira de uma tradição crítica consolidada, o papel da literatura na representação e na denúncia dos atos de repressão realizados pelo regime militar brasileiro a partir de 1964 e, com maior contundência e força, a partir de 1968, depois da promulgação do AI-5. Nesse âmbito, a função das histórias ”“ contadas por diversos autores e por alguns dos sobreviventes da repressão ”“ parece ser, sobretudo, aquela de desenvolver um papel de suplência da História, no sentido de mostrar, de modo eficaz e através da ficção, o nefando que caracterizou em particular a tortura e o assassinato dos opositores. O estatuto da literatura ”“ a sua capacidade de dizer aquilo que é interdito à historiografia, a possibilidade de recriar o real através da imaginação ”“ permitiu, de fato, a muitos escritores testemunhar o horror e a violência que marcaram o regime instaurado no Brasil cinquenta anos atrás, chegando a nos dar a representação “física” da dor e do sangue derramado por um Poder agindo em estado de exceção.Grupo de Estudos em Literatura Brasileira Contemporânea, da Pós-Graduação em Literatura da Universidade de Brasília2014-05-14info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionPeer ReviewedEvaluado por los paresAvaliado pelos paresapplication/pdfhttps://periodicos.unb.br/index.php/estudos/article/view/995210.1590/S2316-40182014000100010Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea; No. 43 (2014): Literatura e ditadura - Roberto Vecchi e Regina Dalcastagnè (Org.); 179-190Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea; n. 43 (2014): Literatura e ditadura - Roberto Vecchi e Regina Dalcastagnè (Org.); 179-1902316-40181518-0158reponame:Estudos de Literatura Brasileira Contemporâneainstname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNBporhttps://periodicos.unb.br/index.php/estudos/article/view/9952/8790Finazzi-Agrò, Ettoreinfo:eu-repo/semantics/openAccess2018-09-30T16:28:53Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/9952Revistahttps://periodicos.unb.br/index.php/estudosPUBhttps://periodicos.unb.br/index.php/estudos/oaiportaldeperiodicos@bce.unb.br||revistaestudos@gmail.com2316-40181518-0158opendoar:2018-09-30T16:28:53Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea - Universidade de Brasília (UnB)false |
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