O paraíso é bem bacana:: a última “teogonia à s avessas” de André Sant’Anna
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea |
Texto Completo: | https://periodicos.unb.br/index.php/estudos/article/view/9591 |
Resumo: | O mundo vazio de deuses de André Sant’Anna, no seu último enredo sobre um atentado terrorista, é constituído como encenação da mesma violência à linguagem. A tresloucada e caudalosa história de Mané, talvez o personagem mais derrotado da literatura brasileira, certamente pode ser interpretada a partir da noção de literatura menor, concebida por Deleuze e Guattari para considerar, segundo a experiência de Kafka, "o nômade e o imigrado e o cigano de sua própria língua". A pobreza, a banalidade e o caráter chulo do estilo, somados à platitude intelectual dos personagens, configuram uma enunciação coletiva e genérica, um jargão iletrado ou semiletrado, do qual nem o narrador escapa. A abjeção social da cidade pequena e sem perspectivas e da vulgaridade das paixões plana desterritorializada em todos os espaços e caracteriza todos os comportamentos. |
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O paraíso é bem bacana:: a última “teogonia à s avessas” de André Sant’AnnaO mundo vazio de deuses de André Sant’Anna, no seu último enredo sobre um atentado terrorista, é constituído como encenação da mesma violência à linguagem. A tresloucada e caudalosa história de Mané, talvez o personagem mais derrotado da literatura brasileira, certamente pode ser interpretada a partir da noção de literatura menor, concebida por Deleuze e Guattari para considerar, segundo a experiência de Kafka, "o nômade e o imigrado e o cigano de sua própria língua". A pobreza, a banalidade e o caráter chulo do estilo, somados à platitude intelectual dos personagens, configuram uma enunciação coletiva e genérica, um jargão iletrado ou semiletrado, do qual nem o narrador escapa. A abjeção social da cidade pequena e sem perspectivas e da vulgaridade das paixões plana desterritorializada em todos os espaços e caracteriza todos os comportamentos.Grupo de Estudos em Literatura Brasileira Contemporânea, da Pós-Graduação em Literatura da Universidade de Brasília2011-01-03info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionPeer reviewedEvaluado por los paresAvaliado pelos paresapplication/pdfhttps://periodicos.unb.br/index.php/estudos/article/view/9591Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea; No. 33 (2009): Literatura e corpo; 157-170Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea; n. 33 (2009): Literatura e corpo; 157-1702316-40181518-0158reponame:Estudos de Literatura Brasileira Contemporâneainstname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNBporhttps://periodicos.unb.br/index.php/estudos/article/view/9591/8472Dias, Ângela Mariainfo:eu-repo/semantics/openAccess2018-09-30T16:37:03Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/9591Revistahttps://periodicos.unb.br/index.php/estudosPUBhttps://periodicos.unb.br/index.php/estudos/oaiportaldeperiodicos@bce.unb.br||revistaestudos@gmail.com2316-40181518-0158opendoar:2018-09-30T16:37:03Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea - Universidade de Brasília (UnB)false |
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