Elizandra Souza:: escrita periférica em diálogo transatlântico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Castro, Sílvia Regina Lorenso
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea
Texto Completo: https://periodicos.unb.br/index.php/estudos/article/view/10151
Resumo: Neste artigo, discuto as conexões entre vida e obra de Elizandra Souza, escritora associada à produção literária da periferia de São Paulo, no âmbito das discussões teóricas sobre diáspora africana, pensamento negro feminista e pensamento descolonial latino-americano. Argumento que Elizandra parte de uma formação identitária espiralar/sampleada que atravessa e expande as páginas do livro na sua materialidade impressa para construir uma ponte entre música (hip-hop), literatura (Punga e Águas da cabaça) e tecnologia (Rádio Comunitária Heliópolis). Ao fazê-lo, Elizandra instaura uma presença política que rasura e contesta o imaginário sobre o morador da periferia como o sujeito modalizado pela falta. Defendo ainda que não é possível entender a obra de Elizandra, nem a atual periferia brasileira se não for levada em consideração uma multiplicidade de elementos, tais como: os mecanismos alternativos de comunicação comunitária, a cultura hip-hop e os saraus. Meu argumento final é de que seu livro Águas da cabaça desafia uma centralidade masculina que tem se tornado predominante nas narrativas da e sobre a periferia, ao mesmo tempo que aponta uma aliança transatlântica com outras escritoras da diáspora africana.
id UNB-5_e11bca417e6da4693af2d7ef28a361f5
oai_identifier_str oai:ojs.pkp.sfu.ca:article/10151
network_acronym_str UNB-5
network_name_str Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea
repository_id_str
spelling Elizandra Souza:: escrita periférica em diálogo transatlânticoNeste artigo, discuto as conexões entre vida e obra de Elizandra Souza, escritora associada à produção literária da periferia de São Paulo, no âmbito das discussões teóricas sobre diáspora africana, pensamento negro feminista e pensamento descolonial latino-americano. Argumento que Elizandra parte de uma formação identitária espiralar/sampleada que atravessa e expande as páginas do livro na sua materialidade impressa para construir uma ponte entre música (hip-hop), literatura (Punga e Águas da cabaça) e tecnologia (Rádio Comunitária Heliópolis). Ao fazê-lo, Elizandra instaura uma presença política que rasura e contesta o imaginário sobre o morador da periferia como o sujeito modalizado pela falta. Defendo ainda que não é possível entender a obra de Elizandra, nem a atual periferia brasileira se não for levada em consideração uma multiplicidade de elementos, tais como: os mecanismos alternativos de comunicação comunitária, a cultura hip-hop e os saraus. Meu argumento final é de que seu livro Águas da cabaça desafia uma centralidade masculina que tem se tornado predominante nas narrativas da e sobre a periferia, ao mesmo tempo que aponta uma aliança transatlântica com outras escritoras da diáspora africana.Grupo de Estudos em Literatura Brasileira Contemporânea, da Pós-Graduação em Literatura da Universidade de Brasí­lia2016-10-31info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionPeer ReviewedEvaluado por los paresAvaliado pelos paresapplication/pdfhttps://periodicos.unb.br/index.php/estudos/article/view/1015110.1590/2316-4018494Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea; No. 49 (2016): Literatura e periferia - Érica Peçanha e Lucía Tennina (Org.); 51-77Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea; n. 49 (2016): Literatura e periferia - Érica Peçanha e Lucía Tennina (Org.); 51-772316-40181518-0158reponame:Estudos de Literatura Brasileira Contemporâneainstname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNBporhttps://periodicos.unb.br/index.php/estudos/article/view/10151/8992Castro, Sílvia Regina Lorensoinfo:eu-repo/semantics/openAccess2018-09-28T18:04:55Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/10151Revistahttps://periodicos.unb.br/index.php/estudosPUBhttps://periodicos.unb.br/index.php/estudos/oaiportaldeperiodicos@bce.unb.br||revistaestudos@gmail.com2316-40181518-0158opendoar:2018-09-28T18:04:55Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea - Universidade de Brasília (UnB)false
dc.title.none.fl_str_mv Elizandra Souza:: escrita periférica em diálogo transatlântico
title Elizandra Souza:: escrita periférica em diálogo transatlântico
spellingShingle Elizandra Souza:: escrita periférica em diálogo transatlântico
Castro, Sílvia Regina Lorenso
title_short Elizandra Souza:: escrita periférica em diálogo transatlântico
title_full Elizandra Souza:: escrita periférica em diálogo transatlântico
title_fullStr Elizandra Souza:: escrita periférica em diálogo transatlântico
title_full_unstemmed Elizandra Souza:: escrita periférica em diálogo transatlântico
title_sort Elizandra Souza:: escrita periférica em diálogo transatlântico
author Castro, Sílvia Regina Lorenso
author_facet Castro, Sílvia Regina Lorenso
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Castro, Sílvia Regina Lorenso
description Neste artigo, discuto as conexões entre vida e obra de Elizandra Souza, escritora associada à produção literária da periferia de São Paulo, no âmbito das discussões teóricas sobre diáspora africana, pensamento negro feminista e pensamento descolonial latino-americano. Argumento que Elizandra parte de uma formação identitária espiralar/sampleada que atravessa e expande as páginas do livro na sua materialidade impressa para construir uma ponte entre música (hip-hop), literatura (Punga e Águas da cabaça) e tecnologia (Rádio Comunitária Heliópolis). Ao fazê-lo, Elizandra instaura uma presença política que rasura e contesta o imaginário sobre o morador da periferia como o sujeito modalizado pela falta. Defendo ainda que não é possível entender a obra de Elizandra, nem a atual periferia brasileira se não for levada em consideração uma multiplicidade de elementos, tais como: os mecanismos alternativos de comunicação comunitária, a cultura hip-hop e os saraus. Meu argumento final é de que seu livro Águas da cabaça desafia uma centralidade masculina que tem se tornado predominante nas narrativas da e sobre a periferia, ao mesmo tempo que aponta uma aliança transatlântica com outras escritoras da diáspora africana.
publishDate 2016
dc.date.none.fl_str_mv 2016-10-31
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
Peer Reviewed
Evaluado por los pares
Avaliado pelos pares
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://periodicos.unb.br/index.php/estudos/article/view/10151
10.1590/2316-4018494
url https://periodicos.unb.br/index.php/estudos/article/view/10151
identifier_str_mv 10.1590/2316-4018494
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://periodicos.unb.br/index.php/estudos/article/view/10151/8992
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Grupo de Estudos em Literatura Brasileira Contemporânea, da Pós-Graduação em Literatura da Universidade de Brasí­lia
publisher.none.fl_str_mv Grupo de Estudos em Literatura Brasileira Contemporânea, da Pós-Graduação em Literatura da Universidade de Brasí­lia
dc.source.none.fl_str_mv Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea; No. 49 (2016): Literatura e periferia - Érica Peçanha e Lucía Tennina (Org.); 51-77
Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea; n. 49 (2016): Literatura e periferia - Érica Peçanha e Lucía Tennina (Org.); 51-77
2316-4018
1518-0158
reponame:Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea
instname:Universidade de Brasília (UnB)
instacron:UNB
instname_str Universidade de Brasília (UnB)
instacron_str UNB
institution UNB
reponame_str Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea
collection Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea
repository.name.fl_str_mv Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea - Universidade de Brasília (UnB)
repository.mail.fl_str_mv portaldeperiodicos@bce.unb.br||revistaestudos@gmail.com
_version_ 1788355296033243136