O feminismo marxista e a demanda pela socialização do trabalho doméstico e do cuidado com as crianças
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Brasileira de Ciência Política (Online) |
Texto Completo: | https://periodicos.unb.br/index.php/rbcp/article/view/2345 |
Resumo: | Resumo No cerne do movimento socialista, o debate acerca do trabalho doméstico e do cuidado com as crianças assumiu diferentes contornos. Embora muitas críticas tenham sido direcionadas a Marx e Engels por supostamente menosprezarem a importância do trabalho doméstico para a produção social e de idealizarem a família proletária como instância livre da opressão gerada pela propriedade privada, as discussões levantadas pelos defensores dos direitos das mulheres nas fileiras marxistas lograram desnaturalizar o papel ocupado por elas na divisão social de trabalho, questionando sua exclusão da esfera pública e seu confinamento no lar. Desse modo, atrelaram a possibilidade de emancipação feminina à socialização do trabalho doméstico e do cuidado com as crianças, no âmbito de uma sociedade sem classes. Palavras-chave: socialismo, gênero, crianças, trabalho doméstico, Estado, feminismo. Abstract At the core of the socialist movement, the debate on housework and child care took different shapes. Although much criticism had been directed at Marx and Engels for allegedly downplaying the importance of domestic work for social production and idealizing the proletarian family as a domain free of the oppression generated by private property, discussions raised by women’s rights advocates within Marxist ranks managed to challenge naturalization of women’s role in the social division of labor, questioning their exclusion from public sphere and their confinement to the household. Thus, they tied the possibility of women’s emancipation to socialization of housework and child care within a classless society. Keywords: Socialism; Gender; Children; Domestic Labor; State; Feminism. |
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