Cientistas como cidadãos e especialistas na detecção do desmatamento na Amazônia
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Data de Publicação: | 2021 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Sociedade e Estado |
Texto Completo: | https://periodicos.unb.br/index.php/sociedade/article/view/36445 |
Resumo: | Este artigo examina como cientistas lidam com as tensões que emergem de seu lugar enquanto provedores de conhecimento objetivo e como cidadãos preocupados com a forma como suas pesquisas influenciam a política e a tomada de decisão no Brasil. O artigo discute isso através de um relato etnográfico de práticas de cientistas que utilizam tecnologia de sensoriamento remoto, suas atividades de produção de conhecimento e as controvérsias sociopolíticas mais amplas que permeiam a detecção do desmatamento na floresta amazônica. Estratégias para mitigar a incerteza são aspectos centrais das práticas analisadas, trazendo controvérsias ‘externas’ para o ‘interior’ do laboratório, tornando essas fronteiras conceitualmente problemáticos. Em particular, a antecipação de interpretações alternativas da cobertura da floresta tropical é uma forma crucial pela qual os cientistas trazem o mundo para o laboratório, ajudando a esclarecer como os cientistas, geralmente vistos e analisados como ‘isolados’, estão, na prática, frequentemente em constante diálogo com as controvérsias políticas mais amplas relacionadas ao seu trabalho. Esses insights ajudam a questionar a ideia de que o monitoramento do desmatamento por meio de sensoriamento remoto é uma forma de pesquisa isolada, desenhando um quadro mais complexo do duplo papel dos cientistas como produtores de conhecimento e cidadãos preocupados. |
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