Documentação e descrição da língua yawalapíti (aruák) : uma língua que não deve morrer
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UnB |
Texto Completo: | https://repositorio.unb.br/handle/10482/43273 |
Resumo: | Dissertação (mestrado) — Universidade de Brasília, Instituto de Letras, Departamento de Linguística, Português e Línguas Clássicas, Programa de Pós-Graduação em Linguística, 2020. |
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Documentação e descrição da língua yawalapíti (aruák) : uma língua que não deve morrerLíngua yawalapítiFonologiaIndígenas - línguas - morfossintaxeDocumentação linguísticaRevitalização linguísticaIndígenas - línguasDissertação (mestrado) — Universidade de Brasília, Instituto de Letras, Departamento de Linguística, Português e Línguas Clássicas, Programa de Pós-Graduação em Linguística, 2020.A presente dissertação traz uma primeira descrição mais aprofundada da língua Yawalapíti (ISO 639-3: yaw, Glottolog: yawa1261), quecontempla sua fonologia, as classes de palavras e aspectos fundamentais de sua morfossintaxe e sintaxe. A pesquisa que fundamentou esta dissertação foi realizada na Aldeia Yawalapíti e em Brasília. Parte dos dados foram gravados por meio de celular, quando me encontrava em Brasília e consultava meu pai e meus tios queestavam na aldeia. Outros dados foram gravados em gravador digital Zoom H4N e microfone AUDIX. A presente dissertação foi desenvolvida à luz de abordagens das línguas em perspectivas funcionais e antropológicas, procurando entender as estruturas, padrões e seus respectivos significados que espelham os modos de ver e agir sobre o mundo do povo Yawalapíti. Estudar a língua, dessa forma, nos permite ver, através dela, a história e a identidade do povo. A análise linguística considerou a visão Yawalapíti dos dados, buscando, em seguida, como abordagens tipológicas e funcionais das línguas se adequavam melhor à visão nativa. Servimo-nos, assim, dos valiosos estudos linguísticos tipológico-funcionais de Comrie (1976, 1989) sobre tempo e aspecto, de Dixon (1994, 2009, 2010a, 2010b) sobre alinhamento e sobre descrição básica, de Benveniste (1966, 1974) sobre problemas de linguística geral analisados a partir da teoria da enunciação. Dos trabalhos contidos em Shopen (1985),destacamos o estudo de Schachter (1985) sobre classes de palavras. Nos servimos de estudos de Grinevald e Seifart (2004) e de Aikhenvald (2011, 2013, 2020) sobre os diferentesmodos como as línguas classificam referentes dos nomes, de Miestamo (2005) e Payne (1985) sobre negação. Seguimos Pike (1947) no estudo da fonética e fonêmica do Yawalapíti, e nos estudos de Rodrigues, escritos em linguagem clara e concisa, como que tivesse sido escrito para todos, inclusive indígenas, aprendemos sobre as famílias linguísticas do Brasil e sobre a língua Yawalapíti. Finalmente, nos servimos dos estudos sobre línguas Aruák, dentre os quais, a tese de Couto (2016), a dissertação de Awetí (2014), e osestudos de Aikhenvald sobre a língua Tariána (1999, 2003, 2006). Esta dissertação é o primeiro trabalho linguístico construído para servir aos Yawalapíti na revitalização de sua língua. Será, pois, socializada com todos os jovens Yawalapíti que devem contribuir para que a língua dos seus ancestrais seja falada plenamente como língua de cultura, de comunicação. A língua Yawalapíti vive!Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).The present dissertation brings a first more in-depth description of the Yawalapíti language (ISO 639-3: yaw, Glottolog: yawa1261), presenting a description of important aspects of its phonology, word classes and fundamental aspects of its morphosyntax and syntax. The research that supported this dissertation was carried out at the Yawalapíti village (Xingu Reservation) and in Brasília. Part of the data was recorded by cell phone, when I was in Brasilia and consulted my father and my uncles who were in the village. The other data was recorded on a Zoom H4N digital recorder and AUDIX microphone. This dissertation was developed in the light of language approaches in functional and anthropological perspectives, seeking to understand the structures, patterns and their respective meanings that reflect the ways of seeing and acting on the world of the Yawalapíti people. Studying the language, in this way, allowed us to see, through it, the history and identity of the people. The linguistic analysis considered the Yawalapíti view of the data, then looking for how typological and functional approaches of languages would better correspond to the native view. Thus, we make use of the valuable typological-functional linguistic studies by Comrie (1976, 1989) on time and aspect, by Dixon (1994) on alignment and basic description, by Benveniste (1966, 1974) on linguistic problems general analyzed from the theory of enunciation, From the works contained in Shopen (1985), we highlight the study by Schachter (1985) on word classes. We have consulted studies by Grinevald and Seifart (2004) and Aikhenald (2011, 2013, 2020) on the different ways in which languages classify referents of names, and by Miestamo (2005, 2007) and Payne (1985) on negation. We followed Pike (1947) in the study of the phonetics and phonemics of the Yawalapíti, and considered Rodrigues works, written in a clear and concise language, as if it had been written for everyone, including indigenous people. From him, we learned about the linguistic families of Brazil and the Yawalapíti language. Couto's thesis (2016) on Manxineru, Mehinako’s dissertation (2014) on Awetí, and Aikhenvald’s studies on the Tariána e (1999, 2003, 2006) were very important references for many issues discussed in the present dissertation, which is the first linguistic work built to serve the Yawalapíti in revitalizing their native language. It will therefore be socialized with all Yawalapíti young people who must contribute so that the language of their ancestors is fully spoken as a language of culture, of communication. The Yawalapíti language lives on!Instituto de Letras (IL)Departamento de Linguística, Português e Línguas Clássicas (IL LIP)Programa de Pós-Graduação em LinguísticaCabral, Ana Suelly Arruda Câmarakamaguihe.yk@gmail.comYawalapíti, Tapi2022-04-01T20:39:14Z2022-04-01T20:39:14Z2022-04-012020-12-02info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfYAWALAPÍTI, Tapi. Documentação e descrição da língua yawalapíti (aruák): uma língua que não deve morrer. 2020. 211 f., il. Dissertação (Mestrado em Linguística) — Universidade de Brasília, Brasília, 2020.https://repositorio.unb.br/handle/10482/43273A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data.info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UnBinstname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNB2024-01-25T16:47:22Zoai:repositorio.unb.br:10482/43273Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.unb.br/oai/requestrepositorio@unb.bropendoar:2024-01-25T16:47:22Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB)false |
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