Tratamento medicamentoso dos tumores hipofisários. Parte II : adenomas secretores de ACTH, TSH e adenomas clinicamente não-funcionantes

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Vilar, Lucio
Data de Publicação: 2000
Outros Autores: Naves, Luciana Ansaneli, Freitas, Maria da Conceição, Oliveira Jr, Sebastião, Leite, Verônica, Canadas, Viviane
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UnB
Texto Completo: http://repositorio.unb.br/handle/10482/25566
https://dx.doi.org/10.1590/S0004-27302000000600004
Resumo: Este artigo revisa o potencial papel do tratamento medicamentoso para os adenomas hipofisários secretores de ACTH, TSH e aqueles clinicamente não-funcionantes (ACNF), Metirapona, mitotano e cetoconazol (preferível por causar menos efeitos colaterais) são as drogas mais eficazes no controle do hipercortisolismo, mas nenhuma delas supera a eficácia da cirurgia transesfenoidal (TSA). O tratamento medicamentoso da doença de Cushing está, portanto, melhor indicado para pacientes aguardando o efeito pleno da radioterapia ou, como alternativa para esta última, em casos de hipercortisolismo persistente após TSA, e para pacientes com rejeição ou limitações clínicas para a cirurgia. Outra indicação potencial seria em idosos com microadenomas ou pequenos macroadenomas, ou em casos associados a sela vazia. No que se refere aos adenomas secretores de TSH, os análogos somatostatínicos (SRIFa) proporcionam normalização dos hormônios tiroideanos em até 95% dos casos. Assim, eles podem se mostrar úteis em casos de insucesso da cirurgia ou como terapia primária de casos selecionados. Ocasionalmente, agonistas dopaminérgicos (DA), sobretudo a cabergolina, também podem ser eficazes. Em contraste, DA e SRIFa raramente induzem uma significante redução das dimensões dos ACNFs. Por isso, em pacientes com tais tumores, essas drogas devem ser principalmente consideradas diante de contra-indicações ou limitações clínicas para a cirurgia ou quando a cirurgia e a radioterapia tenham sido mal-sucedidas.
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