Maternidade e ativismo político : a luta de mães por democracia e justiça

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Quintela, Débora Françolin
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UnB
Texto Completo: http://repositorio.unb.br/handle/10482/31635
Resumo: Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciência Política, Programa de Pós-Graduação em Ciência Política, 2017.
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A hipótese é que essa abordagem não abarca a diversidade de experiências de mulheres, as quais estão localizadas em diferentes posições sociais, de modo que a afirmação da associação entre mulher e ética do cuidado, em detrimento da ética da justiça, é uma forma restritiva de pensar um contexto complexo. Com o objetivo de investigar uma amplitude maior de experiências de mulheres como mães e ativistas políticas, realizou-se uma revisão bibliográfica da produção de intelectuais negras sobre temas correlatos e uma pesquisa empírica com um grupo específico de mulheres militantes: o de mães periféricas cujos filhos foram assassinados pela polícia. Assumiu-se uma perspectiva interseccional, observando como se intercruzam as opressões de gênero, classe e raça na conformação das experiências desses sujeitos. Por meio de entrevistas de profundidade e análise documental, buscou-se compreender qual a orientação e linguagem das militantes em suas reivindicações e as concepções de justiça e cuidado que emergem da luta. Constatou-se que, embora motivadas a engajarem-se politicamente pelo amor e responsabilidade para com os filhos, essas mulheres o fazem orientadas por um robusto senso de justiça, a partir do qual julgam a ilegalidade dos crimes cometidos contra os filhos e também a desigualdade estruturante da sociedade brasileira, a qual, argumentam, distancia o país da consolidação democrática.Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).This thesis proposal is to analyze the relation between women, motherhood and political activism, considering gender, race and class inequalities. It starts with a critical examination of the theory of maternal thinking, a theoretical approach from within the feminist theory which affirms an association between women's prior responsibility for childcare and the development of an ethic of care, which would guide their political positioning, in contrast with the current ethic in politics, that of justice. The hypothesis of this study is that this approach does not cover the diversity of women's experiences (taking into account that they are located in different social positions), so that the statement of an association between woman and an ethic of care, to the detriment of an ethic of justice, is a restrictive way of analyzing a complex context. In order to investigate a greater range of women's experiences as mothers and as political activists, a review and an empirical research were carried out. It was a bibliographical review of the production of black intellectuals on related themes and an empirical research with a specific group of women activists, that of peripheral mothers whose children were murdered by the police. An intersectional perspective was adopted, which means that it was observed how the oppressions of gender, class and race intersect on the constitution of the experiences of these subjects. Through in-depth interviews and documentary analysis, an understanding of the orientation and language of the activists in their political claims was pursued, as well as the conceptions of justice and care that emerge from their struggle. It was found that, although motivated to engage politically by the love and responsibility towards their children, these women are guided by a robust sense of justice, from which they judge the illegality of the crimes committed against their children, as well as the structuring inequality of Brazilian society, which, they argue, keeps the country away from democratic consolidation.Instituto de Ciência Política (IPOL)Programa de Pós-Graduação em Ciência PolíticaTokarski, Flávia Millena BiroliQuintela, Débora Françolin2018-04-11T17:40:27Z2018-04-11T17:40:27Z2018-04-112017-12-05info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfQUINTELA, Débora Françolin. Maternidade e ativismo político: a luta de mães por democracia e justiça. 2017. 197 f. Dissertação (Mestrado em Ciência Política)—Universidade de Brasília, Brasília, 2017.http://repositorio.unb.br/handle/10482/31635A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data.info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UnBinstname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNB2024-02-01T15:46:12Zoai:repositorio.unb.br:10482/31635Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.unb.br/oai/requestrepositorio@unb.bropendoar:2024-02-01T15:46:12Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB)false
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