Avaliação do perfil psicopatológico e da qualidade de vida em pacientes acromegálicos
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UnB |
Texto Completo: | http://repositorio.unb.br/handle/10482/15248 |
Resumo: | Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, 2013. |
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Avaliação do perfil psicopatológico e da qualidade de vida em pacientes acromegálicosQualidade de vidaAcromegaliaDepressão mentalAnsiedadeDissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, 2013.A acromegalia é uma doença crônica resultante do excesso de secreção de GH, causada, principalmente, pela presença de tumor hipofisário. O atraso no diagnóstico, devido a manifestação insidiosa dos sintomas, agravam o quadro da doença pois algumas comorbidades ósseas, articulares, cardiovasculares e metabólicas começam a se manifestar. Essas comorbidades e a cronicidade da doença podem resultar no aumento da incidência de transtornos psiquiátricos (TP) e na redução da qualidade de vida (QV) desses pacientes. O objetivo deste trabalho é traçar o perfil psicopatológico dos pacientes acromegálicos e sua relação com a qualidade de vida, com os dados clínicos e com o nível de controle da doença. Foi realizada uma pesquisa transversal de estudo de casos, em que participaram 45 indivíduos de ambos os sexos, com acompanhamento regular no Serviço de Endocrinologia do Hospital Universitário de Brasília. A entrevista clínica estruturada segundo o DSM IV (SCID) foi utilizada para diagnóstico dos TP e os Inventários de Depressão e de Ansiedade de Beck (BDI e BAI), para rastreamento de sintomas depressivos e ansiosos. Foram aplicados questionários visando avaliação da qualidade de vida (SF-36 e AcroQol). O teste T-Student e o teste Mann Whitney foram aplicados para as variáveis quatitativas. Os testes ANOVA e Kruskal-Wallis para as qualitativas. O valor de significância adotado foi p≤0.05 e utilizou-se o programa estatístico SPSS 17.0. A amostra de indivíduos do estudo foi composta por 15 mulheres e 30 homens, com idade média de 48,44±13,08 anos. Em relação ao nível de atividade da doença, 46% estavam controlados por medicamento, 13% curados e 40% com doença ativa. A radioterapia foi mais eficiente na redução tumoral e se relacionou à presença de hipopituitarismo (p=0,0099). Algum TP, ao longo da vida, se manifestou em 27,5% da amostra. A incidência de sintomas depressivos de moderados a graves foi de 22,2%, e os sintomas ansiosos de intensidade moderada a severa acometeu 33,3% da amostra. A QV desta amostra foi menor que a de pacientes com doenças crônicas, principalmente nos domínios da capacidade funcional, estado geral de saúde e vitalidade. A eficácia do tratamento se relacionou positivamente com a saúde global (p=0,02) e as relações pessoais (p=0,00). Foram encontradas correlações significativas e inversas para o domínio aspectos sociais em relação ao tempo de tratamento (r=-0,34 e p=0,04) e ao número de cirurgias (r=-0,34 e p=0,02), bem como o maior tempo para diagnóstico impactou negativamente na vitaliadade (r=-0,35 e p=0,02) e nos aspectos emocionais (r=-0,31 e p=0,04). O presente estudo sugere que as múltiplas intervenções, em decorrência da dificuldade de controlar a doença, pioram a QV dos pacientes e desenvolvem o hipopituitarismo. A presença de sintomas depressivos e ansiosos influenciaram negativamente (correlação inversa) a saúde global (p<0,001 e p=0,001), física (p=0,001 e p<0,001), os aspectos sociais (p=0,03 e p=0,01) e emocionais (p=0,04 e p=0,21) dos pacientes desta amostra. Nesta pesquisa as médias para o domínio dor foram menores quando os sintomas depressivos e ansiosos eram mais intensos, ou seja, a dor interfere mais nas atividades da vida diária na incidência desses sintomas. Com isso, os profissionais devem estar atentos para as queixas de dor desses pacientes, a fim de discriminar a dor relacionada à acromegalia e ao seu tratamento daquela característica da sintomatologia da depressão e da somatização, na ansiedade. ________________________________________________________________________________ ABSTRACTAcromegaly is a chronic disease resulting from excessive secretion of growth hormone (GH), caused mainly by the presence of pituitary tumor (adenoma). The delay in diagnosis, the insidious onset of the disease and the presence of comorbidities contribute to reduced quality of life (QOL) and may result in increased incidence of psychiatric disorders (PD). The aim of the study was to describe the psychological profile of patients and evaluate its relation to quality of life and to disease control in acromegalic patients. A cross-sectional case study involving 45 individuals of both genders with confirmed diagnosis of Acromegaly and regular monitoring in the Neuroendocrinology Unit of the University Hospital of Brasilia was performed. Mental Health was accessed by the Structured Clinical Interview for DSM IV and the tracking for symptoms of anxiety and depression was evaluated by Beck Depression Inventory (BDI) and Beck Anxiety Inventory (BAI) questionnaires. Quality of life was evaluated by The Medical Outcome Study Questionnaire Short Form (SF 36), and AcroQol. Student's t-test and Mann-Whitney were used for quantitative data and ANOVA and Kruskal-Wallis test for qualitative variables; p <0.05 was considered statistically significative, statistical program SPSS 17.0. The study cohort was composed of 15 women and 30 men aged 48,44 ± 13,08 years. The patients previously treated by combined surgery, radiotherapy and medical treatment (87,55%) presented a significant tumor shrinkage though higher frequency of hypopituitarism (p=0,009), compared to patients submitted to single treatments. From total cohort, 46% of patients achieved disease control by actual use of medical treatment, 13% were considered cured and 40% presented uncontrolled levels of GH and IGF-1, despite multiple previous treatments. The presence of psychiatric disorders was observed in 27.5% of the sample. Frequency of depressive symptoms from moderate to severe was 22.2%, and anxious symptoms from moderate to severe occurred in 33.3% of the sample. QOL in this sample was lower than that reported in other studies in patients with chronic diseases, especially those related to physical functioning, general health and vitality. Treatment efficacy was positively related to global health (p = 0.02) and personal relationships (p = 0,00). Significant and inverse correlations were found for social aspects in relation to treatment time (r = -0.34, p = 0.04) and number of surgeries (r = -0.34, p = 0.02), and delayed diagnosis negatively impacted vitality (r = -0.35, p = 0.02) and emotional aspects (r = -0.31, p = 0.04). The present study suggests that multiple interventions, due to the difficulty of controlling the disease worsen the QOL of patients and induce hypopituitarism. The presence of depressive and anxious symptoms negatively influenced (inverse correlation) global (p <0.001 and p = 0.001) and physical health (p = 0.001 and p <0.001), social (p = 0.03 and p = 0.01) and emotional aspects (p = 0.04 and p = 0.21) of patients in this sample. The average scores for the variable pain were lower when depression and anxiety symptoms were more intense, which suggests pain interfering with activities of daily living. Thus, practitioners should be alert to complaints of pain in these patients, in order to discriminate pain associated with acromegaly and its treatment from characteristic symptoms of depression and somatization due to anxiety.Faculdade de Ciências da Saúde (FS)Programa de Pós-Graduação em Ciências da SaúdeNaves, Luciana AnsaneliOliveira, Maria das Graças dePassos, Karine Elias2014-02-25T15:46:47Z2014-02-25T15:46:47Z2014-02-252013-12-05info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfPASSOS, Karine Elias. Avaliação do perfil psicopatológico e da qualidade de vida em pacientes acromegálicos. 2013. 161 f., il. Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde)—Universidade de Brasília, Brasília, 2013.http://repositorio.unb.br/handle/10482/15248A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data.info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UnBinstname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNB2024-02-06T20:50:52Zoai:repositorio.unb.br:10482/15248Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.unb.br/oai/requestrepositorio@unb.bropendoar:2024-02-06T20:50:52Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB)false |
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