Alienação mental e trabalho alienado : a moral capitalista na reabilitação psicossocial
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UnB |
Texto Completo: | https://repositorio.unb.br/handle/10482/37427 |
Resumo: | Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Humanas, Departamento de Serviço Social, Programa de Pós-Graduação em Política Social, 2019. |
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Alienação mental e trabalho alienado : a moral capitalista na reabilitação psicossocialSaúde mentalTrabalho - aspectos psicológicosCapitalismoReabilitação psicossocialTese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Humanas, Departamento de Serviço Social, Programa de Pós-Graduação em Política Social, 2019.Esta tese propôs-se a identificar influências da moral capitalista na compreensão e na execução da política de saúde mental, enfatizando a centralidade histórica do trabalho assalariado nas perspectivas de reabilitação psicossocial. Seu objetivo foi compreender a genealogia, o caráter e o significado da relação de mútua implicação entre a categoria trabalho assalariado e as políticas de saúde mental brasileiras. A hipótese de trabalho que norteou heuristicamente a pesquisa e foi ratificada pelos seus achados afirmava que, assim como as demais políticas sociais, a política de saúde mental sofre injunções da ética capitalista do trabalho; e isso tem impactado na vida das pessoas com transtorno mental em contato com os serviços psicossociais ou demandantes de benefícios previdenciários e socioassistenciais. Outro pressuposto norteador foi o de que a interpretação de cidadania e autonomia adotada pelas práticas de reabilitação psicossocial resulta do fato de que só é possível uma vida minimamente digna no modo de produção capitalista se o sujeito for aceito pelo mercado de trabalho assalariado. O não fornecimento de dados referentes à negação da concessão do Benefício de Prestação Continuada pelo INSS prejudicou o intento desta investigação de verificar as diferenças de abordagem dos usuários conforme os diagnósticos. Mas isso não impediu a constatação de que o trabalho assalariado – formal, informal ou cooperado – é visto como uma panaceia, por meio da qual as pessoas atingiriam os objetivos de suas vidas, sem que haja, por parte dos gestores, da academia e das equipes de saúde, questionamento da participação na sociedade pela via do emprego ou do adoecimento provocado pelo trabalho alienado.This thesis aimed at identifying influences of the capitalist moral on the understanding and implementation of the mental health policy, emphasizing the paid employment historic centrality on the perspectives of psychosocial rehabilitation. Its objective was to understand the genealogy, the nature and the significance of the relationship of mutual involvement between the paid employment category and the Brazilian mental health policies. The working hypothesis that heuristically guided the research and was ratified by its findings asserted that, as well as the other social policies, the mental health policy suffers injunctions from the capitalist work ethic; and this has impacted the life of people with mental disorders who are in contact with psychosocial services or require social security and welfare benefits. Another guiding assumption was that the interpretation of citizenship and autonomy adopted by the psychosocial rehabilitation practices comes from the fact that to lead a worthy life at all is only possible in the capitalist method of production if the person is accepted by the paid employment market. The National Social Security Service (INSS) failed to provide information about the denial of granting the Continuous Cash Benefit (Benefício de Prestação Continuada-BPC) and harmed the purpose of this investigation of checking the customers differences of approach according to the diagnoses. However, this fact did not prevent the observation that paid employment – formal, informal or cooperative – is seen as a panacea through which people would achieve their life goals, without there being – by the managers, the academia and the health teams – questioning about the form of participation in society by means of employment and when getting sick is provoked by the alienated labor.El objetivo de esta tesis es identificar las influencias de la moral capitalista en la comprensión y ejecución de la política de salud mental, enfatizando la centralidad histórica del trabajo asalariado en las perspectivas de rehabilitación psicosocial. Su propósito es comprender la genealogía, el carácter y el significado de la relación de implicación mutua entre la categoría trabajo asalariado y las políticas de salud mental brasileñas. La hipótesis de trabajo que ha guiado la investigación heurísticamente y que ha sido ratificada por sus hallazgos afirma que, al igual que otras políticas sociales, la política de salud mental se atiene a los preceptos de la ética capitalista del trabajo y que esto ha impactado en la vida de las personas con trastornos mentales en contacto con servicios psicosociales o demandantes de subsidios de seguridad social. Otra suposición que ha guiado el estudio es que tanto la interpretación de la ciudadanía como de la autonomía adoptadas en las prácticas de rehabilitación psicosocial parten de la premisa de que una vida mínimamente digna dentro del modo de producción capitalista solo es posible si el sujeto es aceptado por el mercado laboral asalariado. El hecho de que el INSS no proporcionara datos sobre la denegación de la concesión del “Benefício de Prestação Continuada” socavó la intención de esta investigación de verificar las diferencias en el trato dado a los usuarios según los diagnósticos. Sin embargo, esto no ha impedido constatar que el trabajo asalariado (formal, informal o cooperativo) se ve como una panacea, a través de la cual las personas alcanzan los objetivos de sus vidas; sin que los gestores, las instituciones académicas y los equipos de salud cuestionen la forma de participación en la sociedad mediante el empleo, ni las enfermedades causadas por el trabajo alienado.Le but de cette thèse est d’identifier les influences de la moralité capitaliste dans la compréhension et l'exécution de la politique de santé mentale, en soulignant la centralité historique du travail salarié dans les perspectives de réhabilitation psychosociale. L’objectif principal est de comprendre la généalogie, le caractère et le sens de la relation d'implication mutuelle entre la catégorie de travail salarié et les politiques de santé mentale brésiliennes. L’hypothèse de travail, guidant la recherche de manière heuristique et qui a été confirmée par ses conclusions, affirme que, comme d’autres politiques sociales, la politique de santé mentale subit des injonctions de l’éthique capitaliste du travail et a un impact sur la vie des personnes atteintes de troubles mentaux en contact avec des services psychosociaux ou des demandeurs de prestations de sécurité sociale et d'assistance sociale. Une autre hypothèse directrice est que l'interprétation de la citoyenneté et de l'autonomie adoptée par les pratiques de réhabilitation psychosociale découle du fait que une vie digne est possible dans le mode de production capitaliste seulement si le sujet est accepté par le marché du travail salarié. Le fait de ne pas avoir eu accès aux données concernant le refus de droit aux Bénéfices de Prestation Continuée par l’Institut National de la Securité Sociale a compromis la tentative de cette recherche de vérifier les différences d'approche des utilisateurs en fonction des diagnostics. Cela n’a toutefois pas empêché de réaliser que le travail salarié - formel, informel ou coopératif - soit perçu comme une panacée permettant aux individus d’atteindre les objectifs de leur vie, sans que des gestionnaires, des universitaires, ou des équipes de santé ne s'interrogent sur la forme de participation à la société par l’emploi et sur le nombre de maladies causées par le travail aliéné.Pereira, Potyara Amazoneida PereiraZgiet, Jamila2020-04-09T17:26:39Z2020-04-09T17:26:39Z2020-04-092019-07-08info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfZGIET, Jamila. Alienação mental e trabalho alienado: a moral capitalista na reabilitação psicossocial. 2019. 202 f., il. Tese (Doutorado em Política Social)—Universidade de Brasília, Brasília, 2019.https://repositorio.unb.br/handle/10482/37427A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data.info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UnBinstname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNB2023-07-10T14:47:48Zoai:repositorio.unb.br:10482/37427Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.unb.br/oai/requestrepositorio@unb.bropendoar:2023-07-10T14:47:48Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB)false |
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