“Alteridade contextualizada” : variações ashaninkas sobre o branco
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UnB |
Texto Completo: | https://repositorio.unb.br/handle/10482/44576 |
Resumo: | Como outros povos indígenas da Amazônia, os Ashaninka têm atribuído um significado muito peculiar ao branco, que eles destacam em seus discursos como a alteridade mais radical. Com base em uma pesquisa realizada com os Ashaninka do Rio Amônia (Alto Juruá, no Acre), este artigo articula as concepções cosmológicas desse povo indígena com sua história de contato com o mundo ocidental para desvendar algumas faces da categoria “branco”. Partindo da cosmologia nativa e do mito de origem do branco, que revelam sua estreita conexão com os espíritos maléficos, mostro como o contato tem se expressado na história recente desse povo em imagens extremamente negativas associadas aos “gringos” e “comunistas”, dois tipos de branco caracterizados por um comportamento violento. Termino apresentando algumas tentativas dos Ashaninka de pacificar o branco. Embora nunca sejam totalmente sucedidas, elas relatam um outro amigável e testemunham a complexidade e a ambiguidade dessa categoria nos dias atuais. |
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“Alteridade contextualizada” : variações ashaninkas sobre o brancoAshaninkaBrancosCosmologiaHistóriaComo outros povos indígenas da Amazônia, os Ashaninka têm atribuído um significado muito peculiar ao branco, que eles destacam em seus discursos como a alteridade mais radical. Com base em uma pesquisa realizada com os Ashaninka do Rio Amônia (Alto Juruá, no Acre), este artigo articula as concepções cosmológicas desse povo indígena com sua história de contato com o mundo ocidental para desvendar algumas faces da categoria “branco”. Partindo da cosmologia nativa e do mito de origem do branco, que revelam sua estreita conexão com os espíritos maléficos, mostro como o contato tem se expressado na história recente desse povo em imagens extremamente negativas associadas aos “gringos” e “comunistas”, dois tipos de branco caracterizados por um comportamento violento. Termino apresentando algumas tentativas dos Ashaninka de pacificar o branco. Embora nunca sejam totalmente sucedidas, elas relatam um outro amigável e testemunham a complexidade e a ambiguidade dessa categoria nos dias atuais.Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade de Brasília (PPGAS/UnB)2022-08-18T15:54:20Z2022-08-18T15:54:20Z2018-02-16info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfPIMENTA, José. “Alteridade contextualizada”: variações ashaninkas sobre o branco. Anuário Antropológico, Brasília, v. 40, n. 1, p. 279-306, 2015. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/article/view/6808. Acesso em: 18 jan. 2022.https://repositorio.unb.br/handle/10482/44576Copyright (c) 2015 Anuário Antropológico (CC BY NC ND) Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License. Fonte: https://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/article/view/6808. Acesso em: 18 jan. 2022.info:eu-repo/semantics/openAccessPimenta, José Antonio Vieiraporreponame:Repositório Institucional da UnBinstname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNB2023-05-24T23:55:31Zoai:repositorio.unb.br:10482/44576Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.unb.br/oai/requestrepositorio@unb.bropendoar:2023-05-24T23:55:31Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB)false |
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Como outros povos indígenas da Amazônia, os Ashaninka têm atribuído um significado muito peculiar ao branco, que eles destacam em seus discursos como a alteridade mais radical. Com base em uma pesquisa realizada com os Ashaninka do Rio Amônia (Alto Juruá, no Acre), este artigo articula as concepções cosmológicas desse povo indígena com sua história de contato com o mundo ocidental para desvendar algumas faces da categoria “branco”. Partindo da cosmologia nativa e do mito de origem do branco, que revelam sua estreita conexão com os espíritos maléficos, mostro como o contato tem se expressado na história recente desse povo em imagens extremamente negativas associadas aos “gringos” e “comunistas”, dois tipos de branco caracterizados por um comportamento violento. Termino apresentando algumas tentativas dos Ashaninka de pacificar o branco. Embora nunca sejam totalmente sucedidas, elas relatam um outro amigável e testemunham a complexidade e a ambiguidade dessa categoria nos dias atuais. |
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