Por que o Brasil ainda registra elevados coeficientes de transmissão vertical do HIV? : uma avaliação da qualidade da assistência prestada a gestantes/parturientes infectadas pelo HIV e seus recém-nascidos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Vasconcelos, Ana Lucia Ribeiro de
Data de Publicação: 2005
Outros Autores: Hamann, Edgar Merchán
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UnB
Texto Completo: http://repositorio.unb.br/handle/10482/12682
http://dx.doi.org/10.1590/S1519-38292005000400012
Resumo: OBJETIVOS: avaliar a assistência prestada a parturientes HIV+ e seus recém-nascidos (RN), e determinar os coeficientes de transmissão vertical (TV) do HIV em quatro capitais brasileiras. MÉTODOS: foi realizado um estudo de coorte cuja população correspondeu a 1475 parturientes HIV+ e seus RN, assistidas de 1996 a 2003, em 17 maternidades públicas. As informações foram obtidas, retrospectivamente, a partir dos prontuários médicos e de um questionário estruturado (fase prospectiva) aplicado em 274 mulheres. RESULTADOS: quanto à assistência dispensada, verificou-se respectivamente nas fases retrospectiva e prospectiva do estudo, que cerca de 24% e 27% das gestantes não tiveram acesso sequer ao AZT oral; 19% e 10% das parturientes não receberam o AZT intravenoso; 8% e 7% dos bebês não foram medicados com o AZT solução oral. O coeficiente de TV foi de 5,6% variando de 2,9% a 7,5% nas cidades, e sendo maior no parto vaginal (8%) e na cirurgia cesariana não-eletiva (7%). CONCLUSÕES: o Programa Brasileiro de Redução da TV do HIV se revela frágil no que diz respeito à sua organização, administração e avaliação nos serviços de saúde. Para melhor entendimento dessas etapas, nos vários níveis de gestão, um modelo-guia é sugerido. _____________________________________________________________________________________________________________ ABSTRACT
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spelling Vasconcelos, Ana Lucia Ribeiro deHamann, Edgar Merchán2013-04-02T18:05:48Z2013-04-02T18:05:48Z2005-10VASCONCELOS, Ana Lucia Ribeiro de; HAMANN, Edgar Merchán. Por que o Brasil ainda registra elevados coeficientes de transmissão vertical do HIV?: uma avaliação da qualidade da assistência prestada a gestantes/parturientes infectadas pelo HIV e seus recém-nascidos. Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil, Recife, v. 5, n. 4, out./dez. 2005. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-38292005000400012&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt>. Acesso em: 1 abr. 2013. http://dx.doi.org/10.1590/S1519-38292005000400012.http://repositorio.unb.br/handle/10482/12682http://dx.doi.org/10.1590/S1519-38292005000400012OBJETIVOS: avaliar a assistência prestada a parturientes HIV+ e seus recém-nascidos (RN), e determinar os coeficientes de transmissão vertical (TV) do HIV em quatro capitais brasileiras. MÉTODOS: foi realizado um estudo de coorte cuja população correspondeu a 1475 parturientes HIV+ e seus RN, assistidas de 1996 a 2003, em 17 maternidades públicas. As informações foram obtidas, retrospectivamente, a partir dos prontuários médicos e de um questionário estruturado (fase prospectiva) aplicado em 274 mulheres. RESULTADOS: quanto à assistência dispensada, verificou-se respectivamente nas fases retrospectiva e prospectiva do estudo, que cerca de 24% e 27% das gestantes não tiveram acesso sequer ao AZT oral; 19% e 10% das parturientes não receberam o AZT intravenoso; 8% e 7% dos bebês não foram medicados com o AZT solução oral. O coeficiente de TV foi de 5,6% variando de 2,9% a 7,5% nas cidades, e sendo maior no parto vaginal (8%) e na cirurgia cesariana não-eletiva (7%). CONCLUSÕES: o Programa Brasileiro de Redução da TV do HIV se revela frágil no que diz respeito à sua organização, administração e avaliação nos serviços de saúde. Para melhor entendimento dessas etapas, nos vários níveis de gestão, um modelo-guia é sugerido. _____________________________________________________________________________________________________________ ABSTRACTOBJECTIVES: to assess the health care provided to HIV+pregnant women and their children and determine vertical transmission rates in four Brazilian capitals. METHODS: a cohort study was performed in a population of 1475 HIV+pregnant women and their children, who received health care between 1996 and 2003, in 17 public maternities. Data were collected retrospectively from clinical records and 274 women were interviewed (prospective phase) based on a structured questionnaire. RESULTS: regarding quality of health care, it was verified in the retrospective and prospective phases of the study, respectively, that 24% and 27% of women did not even receive oral AZT; 19% and 10% did not receive intravenous AZT; 8% and 7% of babies did not receive oral AZT. The vertical transmission rate was 5,6% varying from 2,9% to 7,5% between cities and being higher in vaginal delivers (8%) and non-elective caesarian section (7%). CONCLUSIONS: Brazilian Program for Reducing HIV Vertical Transmission is vulnerable due to the lack of organization, administration and evaluation in the health services. A model-guidance is suggested with steps necessary for a better understanding in all levels of these managerial steps.Faculdade de Ciências da Saúde (FS)Departamento de Saúde Coletiva (FS DSC)Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando FigueiraRevista Brasileira de Saúde Materno Infantil - Todo o conteúdo deste periódico, exceto onde está identificado, está licenciado sob uma Licença Creative Commons (Attribution-NonCommercial 3.0 Unported (CC BY-NC 3.0)). Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_serial&pid=1519-3829&lng=pt&nrm=iso. Acesso em: 1 abr. 2013.info:eu-repo/semantics/openAccessPor que o Brasil ainda registra elevados coeficientes de transmissão vertical do HIV? : uma avaliação da qualidade da assistência prestada a gestantes/parturientes infectadas pelo HIV e seus recém-nascidosWhy does Brazil still report high rates of vertical HIV transmission? : an evaluation of health care quality to HIV-infected pregnant women and their childreninfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleAIDS (Doença) - mulheresInfecções por HIVAIDS (Doença) - pacientes - criançasDoenças transmissíveis na gravidezMulheres grávidasporreponame:Repositório Institucional da UnBinstname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNBORIGINALARTIGO_PorqueBrasilAinda.pdfARTIGO_PorqueBrasilAinda.pdfapplication/pdf87910http://repositorio2.unb.br/jspui/bitstream/10482/12682/1/ARTIGO_PorqueBrasilAinda.pdfdec19205e926405c910d2378e2970409MD51open accessLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain257http://repositorio2.unb.br/jspui/bitstream/10482/12682/2/license.txt4b7e7483a787819bcf231a395200e5efMD52open accessTEXTARTIGO_PorqueBrasilAinda.pdf.txtARTIGO_PorqueBrasilAinda.pdf.txtExtracted texttext/plain42980http://repositorio2.unb.br/jspui/bitstream/10482/12682/3/ARTIGO_PorqueBrasilAinda.pdf.txta9ef081aa5f479c0b6b132ba99395696MD53open access10482/126822023-09-13 16:05:18.432open accessoai:repositorio2.unb.br:10482/12682TGljZW5zZSBncmFudGVkIGJ5IFJpY2FyZG8gVGF2YXJlcyAocmljYXJkb3NvYXJlc0BiY2UudW5iLmJyKSBvbiAyMDEzLTA0LTAxVDE4OjM5OjQ2WiAoR01UKToKClN1Ym1pc3PDo28gZWZldGl2YWRhIHBvciBpbnRlZ3JhbnRlIGRhIGVxdWlwZSBkbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVbkIgZGUgYWNvcmRvIGNvbSBsaWNlbsOnYSBjb25jZWRpZGEgcGVsbyBhdXRvciBlL291IGRldGVudG9yIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcy4=Biblioteca Digital de Teses e DissertaçõesPUBhttps://repositorio.unb.br/oai/requestopendoar:2023-09-13T19:05:18Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB)false
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