Efeitos da equoterapia no equilíbrio postural, mobilidade funcional, marcha, fadiga e qualidade de vida em pessoas com esclerose múltipla
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UnB |
Texto Completo: | https://repositorio.unb.br/handle/10482/40545 |
Resumo: | Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Educação Física, Programa de Pós-Graduação em Educação Física, 2020. |
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Efeitos da equoterapia no equilíbrio postural, mobilidade funcional, marcha, fadiga e qualidade de vida em pessoas com esclerose múltiplaEsclerose múltiplaEquilíbrio posturalEquoterapiaMarcha humanaTese (doutorado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Educação Física, Programa de Pós-Graduação em Educação Física, 2020.A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença multifatorial envolvendo fatores genéticos e ambientais, caracterizada como uma doença inflamatória, crônica, imunomediada, desmielinizante, neurodegenerativa e a causa principal de deficiência neurológica não traumática em adultos jovens. As manifestações clínicas e o curso da doença são heterogêneos e refletem o acúmulo de lesões desmielinizantes nas substâncias branca e cinzenta do cérebro, além da medula espinhal. Apesar de os sinais e sintomas serem muito variáveis, os déficits de equilíbrio postural, marcha, mobilidade funcional e fadiga são considerados frequentes e reduzem a qualidade de vida das pessoas com EM. A fim de melhorar as condições de vida dessa população e evitar a progressão da doença, diferentes métodos de reabilitação e tipos de exercícios tem sido propostos, dentre eles, a equoterapia, que é um método que utiliza o movimento do cavalo, considerado similar com a marcha humana, para promover estímulos neuromotores e sensoriais abrangendo a estrutura corporal, a função, as limitações de atividades e as restrições de participação, podendo promover melhorias em diversos desfechos (como por exemplo: equilíbrio postural e desempenho funcional) e em diferentes populações (como por exemplos: paralisia cerebral e autismo). Objetivo: avaliar os efeitos da intervenção equoterápica no equilíbrio postural, mobilidade funcional, marcha, fadiga e qualidade de vida em pessoas com EM remitente-recorrente. Métodos: A tese divide-se em três artigos: o primeiro trata de uma revisão narrativa da literatura sobre o estado da arte da equoterapia como método de reabilitação para pessoas com EM. O segundo e o terceiro artigos são frutos de um estudo experimental para verificar os efeitos da equoterapia em pessoas com EM do tipo remitente-recorrente. Os 33 participantes foram designados a um grupo de intervenção com equoterapia (n = 17) ou um grupo controle (n = 16). A intervenção incluiu 16 sessões de 30 minutos de equoterapia realizadas duas vezes por semana. O segundo artigo analisou o desempenho da marcha por meio do teste de caminhada de 25 pés (T25FW) e do teste de caminhada de 6 minutos (6MWT), além de avaliar as variáveis espaço-temporais utilizando o sistema GAITRite (CIR System). O terceiro artigo verificou os efeitos secundários da equoterapia sobre o equilíbrio postural por meio das variáveis do centro de pressão (CP) utilizando uma plataforma de força (AccuSway Plus, AMTI, United States). Foram avaliadas também: a mobilidade funcional, por meio do teste timed-up and go (TUG), a fadiga, com a escala de severidade de fadiga (FSS) e a escala modificada do impacto da fadiga (MFIS), e a qualidade de vida, com o instrumento de avaliação funcional da qualidade de vida para esclerose múltipla (DEFU). Resultados: A partir da revisão narrativa da literatura identificouse um total de 10 artigos nos idiomas inglês e português. Percebeu-se um número restrito de estudos com alto rigor metodológico, apresentando desfechos variados e predominância da análise do equilíbrio postural, a maioria com poucos participantes e diferentes formas clínicas, o que dificulta a generalização dos resultados. Houve melhora significativa em todos os desfechos analisados no estudo experimental (equilíbrio postural, mobilidade funcional, marcha, fadiga e qualidade de vida). Em comparação com o controle, o grupo de intervenção aumentou significativamente a distância do 6MWT (+ 9,70%, p <0,001) e diminuiu o tempo do T25FW (-15,86%, p <0,001). Em relação aos parâmetros espaço-temporais da marcha, o grupo de intervenção apresentou melhoras significativamente maiores na maioria das variáveis (p <0,005) do que o controle. Apenas o tempo de equilíbrio (p = 0,043), o tempo de apoio (p = 0,031) e o tempo de duplo apoio absoluto (p = 0,017) e relativo (p = 0,017) foram identificados como mediadores significativos dos efeitos da equoterapia no desempenho da caminhada avaliados pelo T25FW. Não houve mediador significativo para o 6MWT (todos p> 0,05). Quanto ao equilíbrio postural houve uma diminuição significativa da velocidade e área elíptica de 95% do centro de pressão em todas as condições de teste para o grupo de intervenção em comparação com o controle. Houve melhora da mobilidade ao longo do tempo no grupo de intervenção medida pelo TUG (p = 0,001), assim como para FSS (p <0,001). Além disso, também houve melhora para a pontuação e todos os domínios MFIS (p <0,005) para o grupo de intervenção em comparação com o controle e quanto ao DEFU houve melhora ao longo do tempo no grupo de intervenção (p <0,05). Conclusão: Mediante os benefícios desta intervenção sobre os sintomas incapacitantes da EM remitente-recorrente, a equoterapia pode ser uma abordagem útil como tratamento complementar para pessoas com EM.Multiple Sclerosis (MS) is a multifactorial disease involving genetic and environmental factors, characterized as an inflammatory, chronic, immune-mediated, demyelinating, neurodegenerative disease, and the main cause of non-traumatic neurological deficiency in young adults. The clinical manifestations and the course of the disease are heterogeneous and reflect the accumulation of demyelinating lesions in the white and gray substances of the brain, in addition to the spinal cord. Although the signs and symptoms are highly variable, deficits in postural balance, gait, functional mobility, and fatigue are considered frequent and reduce life quality levels of people with MS. In order to improve the living conditions of this population and prevent the progression of the disease, different methods of rehabilitation and types of exercises have been proposed, such as, hippotherapy, which is a method that uses the horse movement, considered similar to the human gait, to promote neuromotor and sensory stimuli comprehending body structure, function, activity limitations and participation restrictions, which can promote improvements in various outcomes (such as: postural balance and functional performance) and different populations (such as examples: cerebral palsy and autism). Objective: to evaluate the effects of hippotherapy on postural balance, functional mobility, gait, fatigue and quality of life in people with relapsing-remitting MS. Methods: The thesis is divided into three articles: the first deals one presents a narrative literature review on the state of the art of hippotherapy as a rehabilitation method for people with MS. The second and third articles are the result of an experimental study to verify the effects of hippotherapy in people with relapsing-remitting MS. The 33 participants were assigned to an intervention group with hippotherapy (n = 17) or a control group (n = 16). The intervention included 16 sessions of 30 minutes of hippotherapy performed twice a week. The second article analyzed gait performance using the 25-foot walk test (T25FW) and the 6-minute walk test (6MWT). In addition, spacetime variables were evaluated using the GAITRite system (CIR System). The third article verified the side effects of hippotherapy on postural balance through the variables of the center of pressure (CP) using a force platform (AccuSway Plus, AMTI, United States). Were also evaluated: functional mobility, through the timed-up and go test (TUG), fatigue, with the fatigue severity scale (FSS) and the modified fatigue impact scale (MFIS), and the quality of life using the functional assessment tool for quality of life for multiple sclerosis (DEFU). Results: From the narrative review of the literature, a total of 10 articles in English and Portuguese were identified. A limited number of studies with high methodological rigor were perceived, with varied outcomes and predominance of the analysis of postural balance, most with few participants and different clinical forms, which makes it difficult to generalize the results. There was a significant improvement in all outcomes analyzed in the experimental study (postural balance, functional mobility, gait, fatigue and quality of life). In comparison with the control, the intervention group significantly increased the distance from 6MWT (+ 9.70%, p <0.001) and decreased the time from T25FW (-15.86%, p <0.001). Regarding the spatio-temporal parameters of gait, the intervention group showed significantly greater improvements in most variables (p <0.005) than the control. Only equilibrium time (p = 0.043), support time (p = 0.031) and absolute (p = 0.017) and relative (p = 0.017) double support times were identified as significant mediators of the effects of hippotherapy on performance of the walk evaluated by the T25FW. There was no significant mediator for 6MWT (all p> 0.05). As for postural balance, there was a significant decrease in speed and elliptical area of 95% of the pressure center in all test conditions for the intervention group compared to the control group. There was an improvement in mobility over time in the intervention group measured by TUG (p = 0.001), as well as for FSS (p <0.001). In addition, there was also an improvement in the score and all the MFIS domains (p <0.005) for the intervention group compared to the control and for FAMS there was improvement over time in the intervention group (p <0.05). Conclusion: Given the benefits of this intervention on the disabling symptoms of remitting-recurrent MS, hippotherapy can be a useful approach as a complementary treatment for people with MS.Faculdade de Educação Física (FEF)Programa de Pós-Graduação em Educação FísicaDavid, Ana Cristina deMoraes, Andréa Gomes2021-04-14T22:21:22Z2021-04-14T22:21:22Z2021-04-142020-11-30info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfMORAES, Andréa Gomes. Efeitos da equoterapia no equilíbrio postural, mobilidade funcional, marcha, fadiga e qualidade de vida em pessoas com esclerose múltipla. 2020. 178 f., il. Tese (Doutorado em Educação Física)—Universidade de Brasília, Brasília, 2020.https://repositorio.unb.br/handle/10482/40545A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data.info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UnBinstname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNB2024-02-08T19:50:03Zoai:repositorio.unb.br:10482/40545Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.unb.br/oai/requestrepositorio@unb.bropendoar:2024-02-08T19:50:03Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB)false |
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