Sobre ruídos, resistência e identidade : autorrepresentação feminina negra em Marilene Felinto e Nega Gizza
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Data de Publicação: | 2010 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UnB |
Texto Completo: | http://repositorio.unb.br/handle/10482/8450 |
Resumo: | Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Letras, Departamento de Teoria Literária e Literaturas, 2010. |
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Sobre ruídos, resistência e identidade : autorrepresentação feminina negra em Marilene Felinto e Nega GizzaFelinto, Marilene, 1957-FeminismoEtnologiaLiteratura - história e críticaDissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Letras, Departamento de Teoria Literária e Literaturas, 2010.Se consideramos a literatura tradicional e canônica do Brasil, tal qual a conhecemos hoje, podemos metaforicamente pensar que ela produz uma melodia uníssona e constante dentro do campo literário brasileiro, condizente com a perpetuação dos interesses e paradigmas que esta literatura reitera. Em contraposição, se pensamos na produção literária oriunda das margens desse campo, temos que pensá-la como uma espécie de dissonância na melodia hegemônica do que nos é apresentado como canône literário. Uma dissonância que alardeia uma pluralidade de perspectivas que, não por acaso, têm passado ao largo de nossos ouvidos. É o caso da literatura de Marilene Felinto e das canções da rapera Nega Gizza. Após a análise do romance de Felinto e das músicas de Gizza, percebe-se que o reconhecimento das literaturas femininas negras é uma necessidade que vai muito além das meras ideias de permissão ou concessão. É uma ação que possibilita às mulheres negras, mais do que um lugar de fala reconhecido no campo literário do país, a construção de uma identidade como sujeitos dentro da sociedade na qual estão inseridas. Esta construção se alimenta é e alimentada pela busca de uma autorrepresentação, estratégia de resistência encarada por muitas dessas mulheres como porta de entrada para o universo literário e caminho possível para a desconstrução dos estereótipos e estigmas comumente destinados a elas. As reivindicações trazidas pelas literaturas femininas negras, exemplificadas aqui pelos textos de Felinto e Gizza, são a base e o todo da discussão proposta neste trabalho, já que é a partir destas produções que pretende-se aprofundar a análise dos percursos que já foram, estão sendo e ainda serão construídos pelas vozes das mulheres negras dentro – e fora – da literatura brasileira. _________________________________________________________________________________ ABSTRACTConsidering traditional and canonical literature in Brazil as we know today, one can metaphorically think that they produce a constant, unisonant melody inside the Brazilian Literature. They play along with the perpetuation of all interests and paradigms held by our Literature. On the other hand, considering all literary production from the corners of that field, one has to think of it as a type of dissonance in the mainstream melody, usually presented to us as the literary canon. It’s a dissonance that shows us the plurality of perspectives to which we haven’t given ears for a long time. It is the case of Marilene Felinto's books or rapper Nega Gizza’s songs. As we analyze Marilene Felinto’s novel As Mulheres de Tijucopapo or the music sung by Nega Gizza, we can notice that the need for the acknowledgement of literature produced by afrodescendant women authors goes way beyond the simple idea of permission or concession. It is not only about giving the afro-descendant women more than an opportunity of acknowledged expression in the Brazilian literary field, but also the construction of an identity as individuals within their society. Such construction feeds and is fed by the quest for a self-representation, a strategy of resistance faced by many of those women as a way inside the literary universe, a feasible path to deconstruct stereotypes and stigmas they have constantly suffered. What the Black literature by women claims can be shown here in the texts by Felinto and Gizza, the basis and the core of all discussion proposed in this paper. From their pieces, I intend to go deep into the analysis of the paths that have already, are being, and will be paved by the black women's voices inside – and outside – Brazilian literature.Dalcastagnè, ReginaRebelo, Marina Farias2011-06-17T21:39:20Z2011-06-17T21:39:20Z2011-06-172010-07-26info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfREBELO, Marina Farias. Sobre ruídos, resistência e identidade: autorrepresentação feminina negra em Marilene Felinto e Nega Gizza. 2010. 109 f., il. Dissertação (Mestrado em Literatura)-Universidade de Brasília, Brasília, 2010.http://repositorio.unb.br/handle/10482/8450info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UnBinstname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNB2023-07-17T18:05:54Zoai:repositorio.unb.br:10482/8450Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.unb.br/oai/requestrepositorio@unb.bropendoar:2023-07-17T18:05:54Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB)false |
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