A negação de rótulos e fatores associados como parte do estigma sofrido por homens que fazem sexo com outros homens no Brasil
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UnB |
Texto Completo: | https://repositorio.unb.br/handle/10482/38463 |
Resumo: | Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, 2019. |
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A negação de rótulos e fatores associados como parte do estigma sofrido por homens que fazem sexo com outros homens no BrasilestigmahomossexualidadeHIVDissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, 2019.Introdução: Para os homens que fazem sexo com homens (HSH), o estigma ganha relevância devido à sua complexidade em âmbitos diferentes de vulnerabilidade às IST e à violência na realidade brasileira. Objetivos: Busca-se evidenciar elementos do estigma entre HSH, a negação de rótulos de homossexualidade e seus fatores associados. Metodologia: Estudo epidemiológico analítico transversal que utiliza dados de uma pesquisa nacional em 12 capitais, feita em 2016, utilizando metodologia RDS para populações de difícil acesso. Averiguou-se a prevalência dos elementos do estigma e foram testadas possíveis associações da variável de desfecho (negação do rótulo homossexual) com fatores macro e microssociais. Foi realizado ajuste estatístico mediante regressão logística com o modelo de Poisson. Resultados: Dentre os 4.176 participantes, a discriminação por orientação sexual (66,7%) é o elemento de estigma mais frequente. Os HSH que negam rótulos de homossexualidade foram 241; 71% deles referem vergonha de acessar os serviços de saúde, comparado com 35% dos que não negam rótulo. Cerca de 40% dos que negam rótulos sofrem discriminação, comparados com 69% dos restantes. Entre os que negam rótulos, houve maior frequência de parentes que não sabem que o participante é HSH. Pessoas que negam rótulo são mais velhas e possuem baixo grau de instrução. Não foram observadas diferenças em relação a cor. Religiões espírita e de matriz africana possuem mais adeptos que não negam rótulos homossexuais. Uma proporção maior de HSH que admitem fazer sexo comercial negam rótulos. Foi constatado predominância na não testagem em quem nega o rótulo. Na modelagem multivariada, os fatores associados à maior negação de rótulos foram o grau de instrução baixo e a não testagem para HIV. Já o pertencimento a religiões de raiz africana e espírita kardecista está associado a menor probabilidade de negar rótulos. Discussão: Há um coletivo que prefere não se autodenominar como gay por conflitos identitários. Negar o rótulo não é aleatório e aparece sobrerepresentado em algumas categorias. A negação pode estar relacionada a homofobia internalizada ou auto reificação. Se assumir homossexual leva a exposição à violência, desaprovação social e isolamento. Conclusão: Mesmo com a utilização de RDS, existe uma grande dificuldade de acessar a diversidade de HSH e suas minorias. Compreender e enfrentar o estigma é apoiar causas sociais de reivindicação da cidadania LGBT das políticas públicas de reconhecimento de direitos.Introduction: For men who have sex with men (MSM), stigma becomes relevant due to its complexity in different areas of vulnerability related to STIs and violence in the Brazilian reality. Objectives: Highlight elements of stigma among MSM, the denial of homosexuality labels and their associated factors. Methodology: Cross-sectional analytical epidemiological study using data from a national survey conducted in 2016 in 12 brazilian capitals, using the RDS methodology for hard-to-reach populations. The prevalence of stigma elements was investigated and possible associations of the outcome variable (denial of homosexual label) were tested with macro and microsocial factors. Statistical adjustment was performed by logistic regression with the Poisson model. Results: Among the 4,176 participants, discrimination based on sexual orientation (66.7%) is the most frequent element of stigma. The number of MSM who denied homosexuality labels amounted to 241; 71% of them report embarrassment while accessing health services, compared to 35% of those who do not deny labelling. About 40% of those who deny labels suffer discrimination, compared with 69% of the others. Among those who deny labels, there was a higher frequency of cases in which relatives have no knowledge about the participant being MSM. People who deny labelling are older and less educated. No differences were observed regarding colour. Spiritism and African-based religions have more adherents who do not deny homosexual labels. More MSM who admit to having commercial sex deny labels. There was a predominance of non-testing for HIV in those who deny labelling. In multivariate modelling, the factors associated with the greatest denial of labels were low education and no HIV testing. Belonging to religions of African roots and Kardecist spiritism is associated with a lower probability of denying labels. Discussion: There is a collective that prefers not to call themselves gay due to identity conflicts. Denying the label is not random and appears overrepresented in some categories. Denial may be related to internalized homophobia or selfreification. Being homosexual leads to exposure to violence, social disapproval and isolation. Conclusion: Even with the use of RDS, there is a great difficulty of accessing the diversity of MSM and their minorities. Understanding and addressing stigma is to support social causes of LGBT citizenship claiming public rights recognition policies.Hamann, Edgar MerchánLima, Vitor Venancio Pires Carvalho2020-06-30T12:51:47Z2020-06-30T12:51:47Z2019-12-16info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfLIMA, Vitor Venancio Pires Carvalho. A negação de rótulos e fatores associados como parte do estigma sofrido por homens que fazem sexo com outros homens no Brasil. 2019. 179 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Coletiva)—Universidade de Brasília, Brasília, 2019.https://repositorio.unb.br/handle/10482/38463A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data.info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UnBinstname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNB2023-07-13T18:12:06Zoai:repositorio.unb.br:10482/38463Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.unb.br/oai/requestrepositorio@unb.bropendoar:2023-07-13T18:12:06Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB)false |
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