O amor (e a mulher) : uma conversa (im)possível entre Clarice Lispector e Sartre
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2007 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UnB |
Texto Completo: | http://repositorio.unb.br/handle/10482/16334 |
Resumo: | Com o presente trabalho visamos fazer uma análise do conto “O amor”, de Clarice Lispector, a partir das seguintes categorias apontadas por Sartre em O ser e o nada: olhar-ser olhado, instrumentalidade (funcionalidade) e amor. Partimos da experiência elaborada por Clarice em seu texto, na qual Ana, dona de casa atarefada e ‘empenhada’ em servir aos familiares (“pura funcionalidade”), se depara, numa de suas idas e vindas à cidade, com um cego mascando chicletes. Ora, um cego é um olho que não olha, é um olho sem função. É essa vivência que abre a Ana a dimensão do amor, num sentido muito específico (que aponta para as relações de gênero), e do qual a descrição fenomenológica de Sartre parece não dar conta. |
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O amor (e a mulher) : uma conversa (im)possível entre Clarice Lispector e SartreThe love (and the woman) : a (im)possible conversation between Clarice Lispector and SartreContos brasileirosMulheres e literaturaLispector, Clarice, 1925-1977 - crítica e interpretaçãoSartre, Jean Paul, 1905-1980 - crítica e interpretaçãoCom o presente trabalho visamos fazer uma análise do conto “O amor”, de Clarice Lispector, a partir das seguintes categorias apontadas por Sartre em O ser e o nada: olhar-ser olhado, instrumentalidade (funcionalidade) e amor. Partimos da experiência elaborada por Clarice em seu texto, na qual Ana, dona de casa atarefada e ‘empenhada’ em servir aos familiares (“pura funcionalidade”), se depara, numa de suas idas e vindas à cidade, com um cego mascando chicletes. Ora, um cego é um olho que não olha, é um olho sem função. É essa vivência que abre a Ana a dimensão do amor, num sentido muito específico (que aponta para as relações de gênero), e do qual a descrição fenomenológica de Sartre parece não dar conta.The present work analyses Clarice Lispector’s story “The Love”, starting from the following categories pointed by Sartre in Being and the Anything: to see and to be seen, functionality and love. Starting from the experience elaborated by Clarice in her text, in which Ana – a housewife, always busy serving her family (“pure functionality”) –, in one of her goings and comings to and from the city, comes across a blind man chewing a chewing gum. But a blind man has an eye that doesn’t see, it is an eye without function. It is this experience that opens to Ana the dimension of love, in a very specific sense (which points out to the gender relationships), and for which the phenomenological Sartre’s description seems to us somewhat limited.Centro de Filosofia e Ciências Humanas e Centro de Comunicação e Expressão da Universidade Federal de Santa Catarina2014-09-29T12:17:40Z2014-09-29T12:17:40Z2007info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfZANELLO, Valeska. O amor (e a mulher): uma conversa (im)possível entre Clarice Lispector e Sartre. Estudos Feministas, Florianópolis, v. 15, n. 3, 531-539 p., set./dez 2007. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ref/v15n3/a02v15n3.pdf >. Acesso em: 23 set. 2014.http://repositorio.unb.br/handle/10482/16334Revista Estudos Feministas - Todo o conteúdo deste periódico, exceto onde está identificado, está licenciado sob uma Licença Creative Commons (Attribution-NonCommercial-ShareAlike 3.0 Unported (CC BY-NC-SA 3.0)). Fonte: http://www.scielo.br/pdf/ref/v15n3/a02v15n3.pdf. Acesso em: 23 set. 2014.info:eu-repo/semantics/openAccessZanello, Valeskaporreponame:Repositório Institucional da UnBinstname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNB2023-06-01T00:39:53Zoai:repositorio.unb.br:10482/16334Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.unb.br/oai/requestrepositorio@unb.bropendoar:2023-06-01T00:39:53Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB)false |
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