Diversidade patogênica e molecular de Ralstonia solanacearum da região amazônica brasileira

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Costa, Samara B.
Data de Publicação: 2007
Outros Autores: Ferreira, Marisa A.S.V., Lopes, Carlos A.
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UnB
Texto Completo: http://repositorio.unb.br/handle/10482/26886
https://dx.doi.org/10.1590/S0100-41582007000400002
Resumo: Foi avaliada a diversidade de isolados de Ralstonia solanacearum obtidos de tomateiro e de outras hospedeiras com sintomas de murcha bacteriana na região amazônica. Os isolados foram identificados quanto à biovar e separados em graus de virulência em plantas de tomate, pimentão e chicória da Amazônia (Eryngium foetidum). Dos 70 isolados, 53 pertenciam à biovar 1, quatro à biovar N2 e 13 à biovar 3, confirmando a predominância da biovar 1 em tomateiro no Estado do Amazonas. O agrupamento dos isolados mostrou três classes distintas de virulência em tomate, sendo 44,3% dos isolados altamente virulentos, 37,1% medianamente virulentos e 18,6% fracamente virulentos. O agrupamento em pimentão classificou 20% de isolados como altamente virulentos, 27,1% como medianamente virulentos e 52,9% como fracamente virulentos. Quando inoculados em chicória da Amazônia, somente o isolado de chicória provocou murcha nesta hospedeira, sugerindo uma especificidade pouco comum para R. solanacearum. Na caracterização molecular, 46 isolados de tomateiro e 18 de outras 10 hospedeiras, coletados em áreas de terra-firme e de várzea, foram comparados por BOX-PCR. Os perfis genômicos revelaram alto grau de polimorfismo entre os isolados, divididos em cinco grupos, sem correlação entre hospedeira de origem, biovar, ecossistema ou local de coleta. O isolado de chicória da Amazônia foi o mais divergente, com apenas 6,4% de similaridade em relação aos demais. Os isolados de tomateiro estavam representados em três grupos. Os quatro isolados de tomateiro da biovar N2 formaram um agrupamento distinto dos isolados das demais biovares presentes na Amazônia.
id UNB_22333af47a0d0795be30c1169ee11f0b
oai_identifier_str oai:repositorio.unb.br:10482/26886
network_acronym_str UNB
network_name_str Repositório Institucional da UnB
repository_id_str
spelling Diversidade patogênica e molecular de Ralstonia solanacearum da região amazônica brasileiraPathogenic and molecular diversity of Ralstonia solanacearum isolates from the Brazilian AmazonMurcha bacterianaLycopersicon esculentumSeqüências repetitivasRep-PCRFoi avaliada a diversidade de isolados de Ralstonia solanacearum obtidos de tomateiro e de outras hospedeiras com sintomas de murcha bacteriana na região amazônica. Os isolados foram identificados quanto à biovar e separados em graus de virulência em plantas de tomate, pimentão e chicória da Amazônia (Eryngium foetidum). Dos 70 isolados, 53 pertenciam à biovar 1, quatro à biovar N2 e 13 à biovar 3, confirmando a predominância da biovar 1 em tomateiro no Estado do Amazonas. O agrupamento dos isolados mostrou três classes distintas de virulência em tomate, sendo 44,3% dos isolados altamente virulentos, 37,1% medianamente virulentos e 18,6% fracamente virulentos. O agrupamento em pimentão classificou 20% de isolados como altamente virulentos, 27,1% como medianamente virulentos e 52,9% como fracamente virulentos. Quando inoculados em chicória da Amazônia, somente o isolado de chicória provocou murcha nesta hospedeira, sugerindo uma especificidade pouco comum para R. solanacearum. Na caracterização molecular, 46 isolados de tomateiro e 18 de outras 10 hospedeiras, coletados em áreas de terra-firme e de várzea, foram comparados por BOX-PCR. Os perfis genômicos revelaram alto grau de polimorfismo entre os isolados, divididos em cinco grupos, sem correlação entre hospedeira de origem, biovar, ecossistema ou local de coleta. O isolado de chicória da Amazônia foi o mais divergente, com apenas 6,4% de similaridade em relação aos demais. Os isolados de tomateiro estavam representados em três grupos. Os quatro isolados de tomateiro da biovar N2 formaram um agrupamento distinto dos isolados das demais biovares presentes na Amazônia.The diversity among 70 isolates of Ralstonia solanacearum collected from tomato and other hosts in the Brazilian Amazon was evaluated. Firstly, the isolates were identified at the biovar level and their virulence assessed by inoculating seedlings of tomato, sweet pepper and Amazon chicory (Eryngium foetidum). Fifty-three isolates were identified as biovar 1, four as biovar N2 and 13 as biovar 3, therefore confirming the prevalence of biovar 1 associated with tomato in the North Region of Brazil. Cluster analysis of the isolates allowed their separation into different virulence classes. On tomato, 44.3% of them were highly virulent, 37.1% were moderately virulent and 18.6% were weakly virulent. On peppers, 20% of the isolates were highly virulent, 27.1% moderately virulent and 52.9% were weakly virulent. When inoculated on Amazon chicory, only the chicory isolate caused wilt, thus revealing an uncommon specificity for R. solanacearum. Forty-six isolates from tomato and 18 from ten other hosts, collected in flooded and non-flooded areas, were then compared by BOX-PCR. Genomic fingerprints were highly polymorphic. Five groups were identified, without any clear-cut correlations among them with host of origin, biovar, ecosystem or geographic origin. The isolate obtained from Eryngium foetidum was the most divergent, with only 6.4% similarity to the other isolates. The tomato isolates were separated into three groups. All four biovar N2 isolates were grouped together and separated from the isolates representing the other biovars present in the Amazon region.Em processamentoSociedade Brasileira de Fitopatologia2017-12-07T04:47:27Z2017-12-07T04:47:27Z2007info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfFitopatol. bras.,v.32,n.4,p.285-294,2007http://repositorio.unb.br/handle/10482/26886https://dx.doi.org/10.1590/S0100-41582007000400002porCosta, Samara B.Ferreira, Marisa A.S.V.Lopes, Carlos A.info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UnBinstname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNB2024-08-28T16:17:06Zoai:repositorio.unb.br:10482/26886Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.unb.br/oai/requestrepositorio@unb.bropendoar:2024-08-28T16:17:06Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB)false
dc.title.none.fl_str_mv Diversidade patogênica e molecular de Ralstonia solanacearum da região amazônica brasileira
Pathogenic and molecular diversity of Ralstonia solanacearum isolates from the Brazilian Amazon
title Diversidade patogênica e molecular de Ralstonia solanacearum da região amazônica brasileira
spellingShingle Diversidade patogênica e molecular de Ralstonia solanacearum da região amazônica brasileira
Costa, Samara B.
Murcha bacteriana
Lycopersicon esculentum
Seqüências repetitivas
Rep-PCR
title_short Diversidade patogênica e molecular de Ralstonia solanacearum da região amazônica brasileira
title_full Diversidade patogênica e molecular de Ralstonia solanacearum da região amazônica brasileira
title_fullStr Diversidade patogênica e molecular de Ralstonia solanacearum da região amazônica brasileira
title_full_unstemmed Diversidade patogênica e molecular de Ralstonia solanacearum da região amazônica brasileira
title_sort Diversidade patogênica e molecular de Ralstonia solanacearum da região amazônica brasileira
author Costa, Samara B.
author_facet Costa, Samara B.
Ferreira, Marisa A.S.V.
Lopes, Carlos A.
author_role author
author2 Ferreira, Marisa A.S.V.
Lopes, Carlos A.
author2_role author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Costa, Samara B.
Ferreira, Marisa A.S.V.
Lopes, Carlos A.
dc.subject.por.fl_str_mv Murcha bacteriana
Lycopersicon esculentum
Seqüências repetitivas
Rep-PCR
topic Murcha bacteriana
Lycopersicon esculentum
Seqüências repetitivas
Rep-PCR
description Foi avaliada a diversidade de isolados de Ralstonia solanacearum obtidos de tomateiro e de outras hospedeiras com sintomas de murcha bacteriana na região amazônica. Os isolados foram identificados quanto à biovar e separados em graus de virulência em plantas de tomate, pimentão e chicória da Amazônia (Eryngium foetidum). Dos 70 isolados, 53 pertenciam à biovar 1, quatro à biovar N2 e 13 à biovar 3, confirmando a predominância da biovar 1 em tomateiro no Estado do Amazonas. O agrupamento dos isolados mostrou três classes distintas de virulência em tomate, sendo 44,3% dos isolados altamente virulentos, 37,1% medianamente virulentos e 18,6% fracamente virulentos. O agrupamento em pimentão classificou 20% de isolados como altamente virulentos, 27,1% como medianamente virulentos e 52,9% como fracamente virulentos. Quando inoculados em chicória da Amazônia, somente o isolado de chicória provocou murcha nesta hospedeira, sugerindo uma especificidade pouco comum para R. solanacearum. Na caracterização molecular, 46 isolados de tomateiro e 18 de outras 10 hospedeiras, coletados em áreas de terra-firme e de várzea, foram comparados por BOX-PCR. Os perfis genômicos revelaram alto grau de polimorfismo entre os isolados, divididos em cinco grupos, sem correlação entre hospedeira de origem, biovar, ecossistema ou local de coleta. O isolado de chicória da Amazônia foi o mais divergente, com apenas 6,4% de similaridade em relação aos demais. Os isolados de tomateiro estavam representados em três grupos. Os quatro isolados de tomateiro da biovar N2 formaram um agrupamento distinto dos isolados das demais biovares presentes na Amazônia.
publishDate 2007
dc.date.none.fl_str_mv 2007
2017-12-07T04:47:27Z
2017-12-07T04:47:27Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv Fitopatol. bras.,v.32,n.4,p.285-294,2007
http://repositorio.unb.br/handle/10482/26886
https://dx.doi.org/10.1590/S0100-41582007000400002
identifier_str_mv Fitopatol. bras.,v.32,n.4,p.285-294,2007
url http://repositorio.unb.br/handle/10482/26886
https://dx.doi.org/10.1590/S0100-41582007000400002
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira de Fitopatologia
publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira de Fitopatologia
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UnB
instname:Universidade de Brasília (UnB)
instacron:UNB
instname_str Universidade de Brasília (UnB)
instacron_str UNB
institution UNB
reponame_str Repositório Institucional da UnB
collection Repositório Institucional da UnB
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB)
repository.mail.fl_str_mv repositorio@unb.br
_version_ 1810580905753837568