Fluxo de seiva e condutância estomática de duas espécies lenhosas sempre-verdes no campo sujo e cerradão

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: NAVES-BARBIERO, CHEILA CRISTINA
Data de Publicação: 2000
Outros Autores: FRANCO, AUGUSTO CÉSAR, BUCCI, SANDRA JANET, GOLDSTEIN, GUILHERMO
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UnB
Texto Completo: http://repositorio.unb.br/handle/10482/25647
https://dx.doi.org/10.1590/S0103-31312000000200003
Resumo: No presente estudo, comparou-se o curso diário de fluxo de seiva, condutância estomática e potencial hídrico (psi) de duas espécies sempre-verdes, Rapanea guianensis e Roupala montana. Os dados foram obtidos no final da estação seca, quando os efeitos do déficit hídrico seriam mais acentuados. As medidas foram realizadas no campo sujo, onde predomina gramíneas com sistemas radiculares superficiais, e no cerradão, em que a maior densidade de elementos lenhosos com sistemas radiculares profundos poderia levar a um esgotamento das reservas de água do subsolo na estação seca. Valores máximos de psinão diferiram para as duas espécies nas duas fisionomias estudadas. Os valores mínimos de potencial hídrico foliar de R. guianensis foram mais negativos (P<0,05) para as plantas do cerradão, enquanto os valores para R. montana não apresentaram diferenças entre as duas fisionomias. Os resultados indicaram que não existem diferenças significativas (P > 0,05) entre os valores de fluxo máximo e de fluxo total entre o campo sujo e cerradão. Os valores máximos de fluxo de seiva variaram entre 0,13 e 0,22 l. h-1 para R. guianensis e entre 0,15 e 0,54 l. h-1 para R. montana. Entretanto, as duas espécies, tanto no campo sujo quanto no cerradão, apresentaram um rígido controle estomático em relação à alta demanda evaporativa da atmosfera. O fluxo de seiva aumentou bruscamente pela manhã, alcançando rapidamente valores máximos entre 8 e 10 horas, e logo após decresceu severamente, apesar do crescente aumento da radiação solar e da demanda evaporativa da atmosfera.
id UNB_2442c2f2ac41a09a74651ddb10aa34f0
oai_identifier_str oai:repositorio.unb.br:10482/25647
network_acronym_str UNB
network_name_str Repositório Institucional da UnB
repository_id_str
spelling Fluxo de seiva e condutância estomática de duas espécies lenhosas sempre-verdes no campo sujo e cerradãoSap flow and stomatal conductance of two evergreen woody species in an open savanna and a savanna woodlandRapanea guianensisRoupala montanaTranspiraçãoCerradoNo presente estudo, comparou-se o curso diário de fluxo de seiva, condutância estomática e potencial hídrico (psi) de duas espécies sempre-verdes, Rapanea guianensis e Roupala montana. Os dados foram obtidos no final da estação seca, quando os efeitos do déficit hídrico seriam mais acentuados. As medidas foram realizadas no campo sujo, onde predomina gramíneas com sistemas radiculares superficiais, e no cerradão, em que a maior densidade de elementos lenhosos com sistemas radiculares profundos poderia levar a um esgotamento das reservas de água do subsolo na estação seca. Valores máximos de psinão diferiram para as duas espécies nas duas fisionomias estudadas. Os valores mínimos de potencial hídrico foliar de R. guianensis foram mais negativos (P<0,05) para as plantas do cerradão, enquanto os valores para R. montana não apresentaram diferenças entre as duas fisionomias. Os resultados indicaram que não existem diferenças significativas (P > 0,05) entre os valores de fluxo máximo e de fluxo total entre o campo sujo e cerradão. Os valores máximos de fluxo de seiva variaram entre 0,13 e 0,22 l. h-1 para R. guianensis e entre 0,15 e 0,54 l. h-1 para R. montana. Entretanto, as duas espécies, tanto no campo sujo quanto no cerradão, apresentaram um rígido controle estomático em relação à alta demanda evaporativa da atmosfera. O fluxo de seiva aumentou bruscamente pela manhã, alcançando rapidamente valores máximos entre 8 e 10 horas, e logo após decresceu severamente, apesar do crescente aumento da radiação solar e da demanda evaporativa da atmosfera.The climate in the central Brazilian s savannas ("cerrados") is characterized by well-defined dry (May to September) and wet (October to April) seasons. Like other tropical savannas, a landscape mosaic forms the Brazilian savannas where the predominance and size of woody elements varies the most. The present study compared the daily course of sap flow, stomatal conductance and leaf water potential (psi) of two evergreen species, Rapanea guianensis and Roupala montana. The measurements were taken at the end of the dry season when the effects of water deficits are more intense. These measurements were taken in an open savanna area with a predominant grass layer with superficial root system ("campo sujo") and in a woodland savanna ("cerradão"), where the increase in density of deep-rooted trees result in a larger exploitation of soil water resources in the dry season. Maximum values of psidid not differ between the two species or the two vegetation types. R. guianensis minimum values of psi were significantly lower (P<0.05) in the woodland savannas ("cerradão"). On the other hand, R. montana minimun psi did not differ between sites. Maximum values of sap flow and total daily sap flow did not differ (P > 0.05) between the "campo sujo" and the "cerradão" savannas. Maximum values of sap flow were between 0.13 and 0.22 l. h-1 for R. guianensis and 0.15 and 0.54 l. l. h-1 for R. montana. In both vegetation types the two species showed a strong stomatal control of transpiration. Sap flow typically increased sharply in the morning, briefly attained a maximum value by about 08.00-10.00h then decreased sharply despite steadily increasing solar radiation and atmospheric evaporative demand.Em processamentoSociedade Brasileira de Fisiologia Vegetal2017-12-07T04:33:01Z2017-12-07T04:33:01Z2000info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfRev. Bras. Fisiol. Veg.,v.12,n.2,p.119-134,2000http://repositorio.unb.br/handle/10482/25647https://dx.doi.org/10.1590/S0103-31312000000200003porNAVES-BARBIERO, CHEILA CRISTINAFRANCO, AUGUSTO CÉSARBUCCI, SANDRA JANETGOLDSTEIN, GUILHERMOinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UnBinstname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNB2024-08-28T16:21:34Zoai:repositorio.unb.br:10482/25647Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.unb.br/oai/requestrepositorio@unb.bropendoar:2024-08-28T16:21:34Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB)false
dc.title.none.fl_str_mv Fluxo de seiva e condutância estomática de duas espécies lenhosas sempre-verdes no campo sujo e cerradão
Sap flow and stomatal conductance of two evergreen woody species in an open savanna and a savanna woodland
title Fluxo de seiva e condutância estomática de duas espécies lenhosas sempre-verdes no campo sujo e cerradão
spellingShingle Fluxo de seiva e condutância estomática de duas espécies lenhosas sempre-verdes no campo sujo e cerradão
NAVES-BARBIERO, CHEILA CRISTINA
Rapanea guianensis
Roupala montana
Transpiração
Cerrado
title_short Fluxo de seiva e condutância estomática de duas espécies lenhosas sempre-verdes no campo sujo e cerradão
title_full Fluxo de seiva e condutância estomática de duas espécies lenhosas sempre-verdes no campo sujo e cerradão
title_fullStr Fluxo de seiva e condutância estomática de duas espécies lenhosas sempre-verdes no campo sujo e cerradão
title_full_unstemmed Fluxo de seiva e condutância estomática de duas espécies lenhosas sempre-verdes no campo sujo e cerradão
title_sort Fluxo de seiva e condutância estomática de duas espécies lenhosas sempre-verdes no campo sujo e cerradão
author NAVES-BARBIERO, CHEILA CRISTINA
author_facet NAVES-BARBIERO, CHEILA CRISTINA
FRANCO, AUGUSTO CÉSAR
BUCCI, SANDRA JANET
GOLDSTEIN, GUILHERMO
author_role author
author2 FRANCO, AUGUSTO CÉSAR
BUCCI, SANDRA JANET
GOLDSTEIN, GUILHERMO
author2_role author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv NAVES-BARBIERO, CHEILA CRISTINA
FRANCO, AUGUSTO CÉSAR
BUCCI, SANDRA JANET
GOLDSTEIN, GUILHERMO
dc.subject.por.fl_str_mv Rapanea guianensis
Roupala montana
Transpiração
Cerrado
topic Rapanea guianensis
Roupala montana
Transpiração
Cerrado
description No presente estudo, comparou-se o curso diário de fluxo de seiva, condutância estomática e potencial hídrico (psi) de duas espécies sempre-verdes, Rapanea guianensis e Roupala montana. Os dados foram obtidos no final da estação seca, quando os efeitos do déficit hídrico seriam mais acentuados. As medidas foram realizadas no campo sujo, onde predomina gramíneas com sistemas radiculares superficiais, e no cerradão, em que a maior densidade de elementos lenhosos com sistemas radiculares profundos poderia levar a um esgotamento das reservas de água do subsolo na estação seca. Valores máximos de psinão diferiram para as duas espécies nas duas fisionomias estudadas. Os valores mínimos de potencial hídrico foliar de R. guianensis foram mais negativos (P<0,05) para as plantas do cerradão, enquanto os valores para R. montana não apresentaram diferenças entre as duas fisionomias. Os resultados indicaram que não existem diferenças significativas (P > 0,05) entre os valores de fluxo máximo e de fluxo total entre o campo sujo e cerradão. Os valores máximos de fluxo de seiva variaram entre 0,13 e 0,22 l. h-1 para R. guianensis e entre 0,15 e 0,54 l. h-1 para R. montana. Entretanto, as duas espécies, tanto no campo sujo quanto no cerradão, apresentaram um rígido controle estomático em relação à alta demanda evaporativa da atmosfera. O fluxo de seiva aumentou bruscamente pela manhã, alcançando rapidamente valores máximos entre 8 e 10 horas, e logo após decresceu severamente, apesar do crescente aumento da radiação solar e da demanda evaporativa da atmosfera.
publishDate 2000
dc.date.none.fl_str_mv 2000
2017-12-07T04:33:01Z
2017-12-07T04:33:01Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv Rev. Bras. Fisiol. Veg.,v.12,n.2,p.119-134,2000
http://repositorio.unb.br/handle/10482/25647
https://dx.doi.org/10.1590/S0103-31312000000200003
identifier_str_mv Rev. Bras. Fisiol. Veg.,v.12,n.2,p.119-134,2000
url http://repositorio.unb.br/handle/10482/25647
https://dx.doi.org/10.1590/S0103-31312000000200003
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira de Fisiologia Vegetal
publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira de Fisiologia Vegetal
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UnB
instname:Universidade de Brasília (UnB)
instacron:UNB
instname_str Universidade de Brasília (UnB)
instacron_str UNB
institution UNB
reponame_str Repositório Institucional da UnB
collection Repositório Institucional da UnB
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB)
repository.mail.fl_str_mv repositorio@unb.br
_version_ 1814508166294011904