Avaliação do efeito antinociceptivo em diferentes vias de administração e da interação farmacológica com receptores opioides e canabinoides da protonectina - F

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ribeiro, Priscilla Galante
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UnB
Texto Completo: http://repositorio.unb.br/handle/10482/35732
Resumo: Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, 2019.
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spelling Avaliação do efeito antinociceptivo em diferentes vias de administração e da interação farmacológica com receptores opioides e canabinoides da protonectina - FDorAtividade antinociceptivaVespa - peptídeoSulfato de morfinaTese (doutorado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, 2019.Segundo a Associação Internacional para o Estudo da Dor (IASP), a dor pode ser definida como “uma sensação ou experiência emocional desagradável associada a um dano tissular real ou potencial, ou descritas nos termos deste”. Trata-se de um problema de saúde pública que atinge 60 milhões de brasileiros, segundo dados da Sociedade Brasileira de Estudos da Dor (SBED) e um terço da população mundial. Esses dados revelaram a necessidade em desenvolver fármacos eficazes e com reduzidos efeitos adversos para o manejo adequado de pacientes com dor. Com isso, visando o desenho de um novo composto neuroativo, um peptídeo denominado protonectina-F foi bioinspirado a partir de um outro peptídeo isolado da vespa Parachartergus fraternus. No ensaio in vivo de placa quente quando administrado por via i.c.v, a protonectina-F mostrou uma atividade antinociceptiva comparável ao sulfato de morfina, além de apresentar menor déficit motor no teste de ataxia (modelo rotarod). Contudo, para testar a ação do protonectina-F em nocicepção de natureza contínua, foi utilizado o teste bifásico de estímulo químico, por apresentar características mais próximas às dores crônicas. Neste ensaio de antinocicepção induzido por formalina (i.pl), a protonectina-F 20μg/animal (i.c.v) mostrou uma atividade semelhante ao sulfato de morfina na fase neurogênica (i.c.v) (10 min iniciais), mas não na segunda fase do teste. Neste trabalho a protonectina-F também foi avaliada em diferentes vias de administração (i.n, s.c e i.p). Até agora foi observado que a protonectina-F 20 mg/Kg em administração i.p apresentou atividade antinociceptiva aos 60min de teste, porém não comparável ao sulfato de morfina 20 mg/Kg. Além disso, foram realizados dois ensaios para avaliar o mecanismo de ação por antagonismo farmacológico in vivo. O primeiro teste foi realizado com o antagonista opioide não-seletivo, cloridrato de naloxona (4mg/Kg) administrado por via i.p enquanto protonectina-F e morfina foram infundidas por via i.c.v (ambas a 20μg/animal). Nesse ensaio protonectina-F apresentou um efeito inibitório da atividade antinociceptiva no teste de placa quente durante os 240min, assim como o sulfato de morfina. No teste realizado com o antagonista de receptor canabinoide CB1, AM251, foi observada uma ação inibitória do índice antinociceptivo no teste de placa quente a partir de 120 min pós-infusão. Para avaliar o efeito antinociceptivo da protonectina-F após múltiplas administrações, foi realizado um teste de tolerância aguda. Camundongos swiss foram submetidos ao teste de placa quente nos tempos de 30,60,90 e 120 min durante 05 dias, contudo foi escolhido o tempo de 120min por ser o tempo de efeito antinociceptivo máximo apresentado pelo peptídeo. O resultado entre sulfato de morfina e protonectina-F divergiu a partir do terceiro dia de teste, já que a protonectina- F preservou sua atividade antinociceptiva, apresentando diferença significativa em relação ao veículo. Os resultados gerados nesse trabalho mostram que a protonectina-F tem o potencial de contribuir no desenvolvimento de fármacos mais adequados e eficazes no manejo da dor.Fundo de Apoio e Amparo à Pesquisa (FAP/DF).According to the the International Association for the Study of Pain (IASP), pain can be defined as a “unpleasant sensation of emotional experience associated with real or potential tissue damage”. It is public health issue that affects 60 million brazilians, according data from the Brazilian Society for the Study of Pain and one third of the world population. These data revealed the need to develop new drugs with and without adverse effects for the proper management of patients. Thus, in order to design a new neuroactive compound, a peptide called protonectin-F was bioinspired for another peptide of the Parachartergus fraternus wasp. In the in vivo hot plate assay when administered via icv, protonectin-F showed antinociceptive activity comparable to morphine sulfate, in addition to having a lower motor deficit in the ataxia test (rotarod model). However, to test the action of protonectin-F on nociception of a continuous nature, the biphasic chemical stimulus test was used, because it presented features closer to chronic pain. In the formalin-induced antinociception assay (i.pl), protonectin- F 20μg / animal (icv) showed similar morphine sulfate activity in the neurogenic phase (icv) (initial 10 min), but not in the second phase of the test. In this work, protonectin-F was also evaluated in different administration routes (i.n, s.c and i.p). Up to now it has been observed that protonectin-F 20 mg / kg in i.p. administration had antinociceptive activity at 60 min of test, but not comparable to 20 mg / kg of morphine sulfate. In addition, two trials were conducted to evaluate the mechanism of action by pharmacological antagonism in vivo. The first test was performed with the nonselective opioid antagonist, naloxone hydrochloride (4mg / kg) administered i.p. whereas protonectin-F and morphine were infused via i.c.v (both at 20μg / animal). In this test, F-protonectin exhibited an inhibitory effect of antinociceptive activity on the hot plate test during 240min, as well as morphine sulfate. In the test performed with the cannabinoid receptor antagonist CB1, AM251, an inhibitory action of the antinociceptive index was observed in the hot plate test after 120 min after infusion. To evaluate the antinociceptive effect of protonectin-F after multiple administrations, an acute tolerance test was performed. Swiss mice were submitted to the hot plate test at 30, 60, 90 and 120 min for 5 days, however the time of 120 min was chosen because it is the time of maximum antinociceptive effect presented by the peptide. The result between morphine sulfate and protonectin-F diverged from the third day of the test, since protonectin-F preserved its antinociceptive activity, presenting a significant difference in relation to the vehicle. The results generated in this work show that protonectin-F has the potential to contribute to the development of drugs that are more adequate and effective in the management of pain.Faculdade de Ciências da Saúde (FS)Programa de Pós-Graduação em Ciências da SaúdeMortari, Márcia RenataRibeiro, Priscilla Galante2019-10-30T22:11:01Z2019-10-30T22:11:01Z2019-10-302019-03-21info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfRIBEIRO, Priscilla Galante. Avaliação do efeito antinociceptivo em diferentes vias de administração e da interação farmacológica com receptores opioides e canabinoides da protonectina – F. 2019. ix, 58 f., il. Tese (Doutorado em Ciências da Saúde)—Universidade de Brasília, Brasília, 2019.http://repositorio.unb.br/handle/10482/35732A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data.info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UnBinstname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNB2024-02-06T19:34:25Zoai:repositorio.unb.br:10482/35732Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.unb.br/oai/requestrepositorio@unb.bropendoar:2024-02-06T19:34:25Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB)false
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