Recomposição dos reservatórios Santa Maria e Descoberto do Distrito Federal : aspectos geográficos e gestão dos recursos hídricos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UnB |
Texto Completo: | https://repositorio.unb.br/handle/10482/38512 |
Resumo: | Diversos governantes realizam esforços diplomáticos para minimizar questões de cunho socioambiental e buscar mudanças nos padrões de consumo. Nesse sentido, a Organização das Nações Unidas lançou em 2015, a Agenda 2030. O documento possui um plano de ação com 17 objetivos que buscam acabar com a pobreza e a fome, reduzir desigualdades, assegurar uma vida saudável com educação inclusiva e de qualidade, alcançar igualdade de gênero e assegurar a disponibilidade de saneamento básico, energia e água para todos. O acesso à água é uma grande preocupação para a sociedade, pois, estima-se que um bilhão de pessoas carece de acesso a abastecimento de água adequado. Apesar da aparente disponibilidade hídrica, verifica-se que, o consumo não tem acompanhado a recuperação. Os recursos hídricos são um dos elementos que mais sofrem com a degradação ambiental e, aparentemente, as altas tecnologias não são capazes de recuperar a água. Assim, o estudo dos recursos hídricos pela ótica geográfica é de grande valia, visto que, o estudo das diferentes formas de água existentes, a compreensão da circulação e a distribuição das águas, em especial, sob a análise da paisagem que abarca as ações naturais e antrópicas, examinado tanto do ponto de vista natural quanto humano, associado ao tempo e ao espaço, trará um quadro completo do resultado de ações dinâmicas do passado, presente e projeção para o futuro. Observa-se que os recursos hídricos estão no espaço geográfico disputando e se transformando juntamente com outros elementos, além, de ser um elemento ativo na formação da paisagem. Ao longo dos anos houve uma mudança de entendimento de alguns pesquisadores com relação à condição de recurso renovável. Para gerenciar as águas do Brasil foi criada no ano 2000 a Agência Nacional de Águas (ANA). A Agência dividiu o país em 12 regiões hidrográficas definidas a partir da proximidade das bacias, grupo de bacias ou sub-bacias hidrográficas, com características naturais, sociais e econômicas similares. Apesar da aparente condição favorável para uma alta disponibilidade dos recursos hídricos, o Governo do Distrito Federal (GDF) declarou em 2016 que a cidade estava passando por uma crise hídrica, ou seja, a disponibilidade hídrica não era suficiente para atender às demandas da população. É importante pontuar que apesar de os relatórios apresentados mostrarem que o território do DF está localizado em área privilegiada de recursos hídricos, há fatores que podem ter alterado o quadro apresentado. Para o desenvolvimento das políticas públicas é preciso que o Estado abra mão de recursos financeiros, econômicos, humanos, entre outros. Ao analisar os dados observa-se que o Distrito Federal está longe de alcançar o índice de perda na distribuição ideal. Desse modo, é muito importante a escolha correta do modelo de gerenciamento das bacias hidrográficas. A disponibilidade hídrica depende de fatores não controláveis, tais como a chuva, consumo e etc. Observa-se que os reservatórios são essenciais para a garantia de água nos tempos secos. Diante do exposto, é necessário compreender os elementos integrantes do sistema. Começando pela unidade física – a bacia hidrográfica, que é uma das principais bases de intervenção e análise. Assim, os recursos hídricos podem ser considerados sistemas adaptativos complexos, Estes sistemas apresentam características específicas, dentre as quais a resiliência, definida como a medida da magnitude dos distúrbios que podem ser absorvidos por um ecossistema sem que o mesmo mude seu patamar de equilíbrio estável. |
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Os recursos hídricos são um dos elementos que mais sofrem com a degradação ambiental e, aparentemente, as altas tecnologias não são capazes de recuperar a água. Assim, o estudo dos recursos hídricos pela ótica geográfica é de grande valia, visto que, o estudo das diferentes formas de água existentes, a compreensão da circulação e a distribuição das águas, em especial, sob a análise da paisagem que abarca as ações naturais e antrópicas, examinado tanto do ponto de vista natural quanto humano, associado ao tempo e ao espaço, trará um quadro completo do resultado de ações dinâmicas do passado, presente e projeção para o futuro. Observa-se que os recursos hídricos estão no espaço geográfico disputando e se transformando juntamente com outros elementos, além, de ser um elemento ativo na formação da paisagem. Ao longo dos anos houve uma mudança de entendimento de alguns pesquisadores com relação à condição de recurso renovável. Para gerenciar as águas do Brasil foi criada no ano 2000 a Agência Nacional de Águas (ANA). A Agência dividiu o país em 12 regiões hidrográficas definidas a partir da proximidade das bacias, grupo de bacias ou sub-bacias hidrográficas, com características naturais, sociais e econômicas similares. Apesar da aparente condição favorável para uma alta disponibilidade dos recursos hídricos, o Governo do Distrito Federal (GDF) declarou em 2016 que a cidade estava passando por uma crise hídrica, ou seja, a disponibilidade hídrica não era suficiente para atender às demandas da população. É importante pontuar que apesar de os relatórios apresentados mostrarem que o território do DF está localizado em área privilegiada de recursos hídricos, há fatores que podem ter alterado o quadro apresentado. Para o desenvolvimento das políticas públicas é preciso que o Estado abra mão de recursos financeiros, econômicos, humanos, entre outros. Ao analisar os dados observa-se que o Distrito Federal está longe de alcançar o índice de perda na distribuição ideal. Desse modo, é muito importante a escolha correta do modelo de gerenciamento das bacias hidrográficas. A disponibilidade hídrica depende de fatores não controláveis, tais como a chuva, consumo e etc. Observa-se que os reservatórios são essenciais para a garantia de água nos tempos secos. Diante do exposto, é necessário compreender os elementos integrantes do sistema. Começando pela unidade física – a bacia hidrográfica, que é uma das principais bases de intervenção e análise. Assim, os recursos hídricos podem ser considerados sistemas adaptativos complexos, Estes sistemas apresentam características específicas, dentre as quais a resiliência, definida como a medida da magnitude dos distúrbios que podem ser absorvidos por um ecossistema sem que o mesmo mude seu patamar de equilíbrio estável.Several governors undertake diplomatic efforts to minimize social and environmental issues and seek changes in consumption patterns. In this sense, the United Nations Organization launched in 2015, the 2030 Agenda. The document has an action plan with 17 objectives that seek to end poverty and hunger, reduce inequalities, ensure a healthy life with inclusive and quality education, achieve gender equality and ensure the availability of sanitation, energy and water for all. Access to water is a major concern for society, as it is estimated that one billion people lack access to adequate water supplies. Despite the apparent water availability, it can be seen that consumption has not accompanied recovery. Water resources are one of the elements that suffer most from environmental degradation and apparently high technologies are not able to recover water. Thus, the study of water resources from a geographical point of view is of great value, since the study of different forms of water, understanding the circulation and distribution of water, especially under the analysis of the landscape that encompasses natural actions. and anthropic, examined from both the natural and human point of view, associated with time and space, will provide a complete picture of the result of dynamic actions of the past, present and projection into the future. It is observed that the water resources are in the geographical space disputing and transforming together with other elements, besides being an active element in the formation of the landscape. Over the years there has been a change of understanding of some researchers regarding the condition of renewable resource. To manage the waters of Brazil was created in the year 2000 the National Water Agency (ANA). The Agency has divided the country into 12 river basins defined by the proximity of basins, group of basins or sub-basins, with similar natural, social and economic characteristics. Despite the apparent favorable condition for a high availability of water resources, the Federal District Government (GDF) stated in 2016 that the city was going through a water crisis, that is, water availability was not enough to meet the demands of the population. It is important to point out that although the reports presented show that the DF territory is located in a privileged area of water resources, there are factors that may have changed the presented picture. For the development of public policies, the State must give up financial, economic, human resources, among others. By analyzing the data, it is observed that the Federal District is far from reaching the ideal distribution loss rate. Thus, it is very important to choose the right watershed management model. Water availability depends on uncontrollable factors such as rainfall, consumption and so on. It is noted that reservoirs are essential for ensuring water in dry times. Given the above, it is necessary to understand the integral elements of the system. Starting with the physical unit - the watershed, which is one of the main bases for intervention and analysis. Thus, water resources can be considered complex adaptive systems. These systems have specific characteristics, among which resilience, defined as a measure of the magnitude of disturbances that can be absorbed by an ecosystem without changing its level of stable equilibrium.Instituto de Ciências Humanas (ICH)Departamento de Geografia (ICH GEA)Programa de Pós-Graduação em GeografiaSteinke, Valdir AdilsonMachado, Fabiana Oliveira2020-06-30T14:44:40Z2020-06-30T14:44:40Z2020-06-302019-12-09info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfMACHADO, Fabiana Oliveira. Recomposição dos reservatórios Santa Maria e Descoberto do Distrito Federal: aspectos geográficos e gestão dos recursos hídricos. 2019. 118 f., il. Dissertação (Mestrado em Geografia)—Universidade de Brasília, Brasília, 2019.https://repositorio.unb.br/handle/10482/38512A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data.info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UnBinstname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNB2024-02-20T16:35:33Zoai:repositorio.unb.br:10482/38512Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.unb.br/oai/requestrepositorio@unb.bropendoar:2024-02-20T16:35:33Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB)false |
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