Estudo sobre o bem-estar subjetivo em adolescentes talentosos
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UnB |
Texto Completo: | https://repositorio.unb.br/handle/10482/43464 |
Resumo: | Dissertação — Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, Departamento de Psicologia Escolar e do Desenvolvimento, Programa de Pós-Graduação em Processos de Desenvolvimento Humano e Escolar, 2021. |
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Estudo sobre o bem-estar subjetivo em adolescentes talentososAdolescentesBem-estar subjetivoAdolescência - aspectos psicológicosCriatividadeDissertação — Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, Departamento de Psicologia Escolar e do Desenvolvimento, Programa de Pós-Graduação em Processos de Desenvolvimento Humano e Escolar, 2021.As pesquisas sobre o bem-estar subjetivo buscam identificar e mensurar variáveis associadas às avaliações que as pessoas fazem de suas vidas, em aspectos globais e específicos, e em relação aos sentimentos positivos e adversos que vivenciam. Compreendendo que a adolescência é um período de muitas transformações físicas, cognitivas, psíquicas e sociais, analisar a qualidade do bem-estar subjetivo em adolescentes é fundamental para o desenvolvimento saudável desse público. Estudar o bem-estar em adolescentes talentosos também pode auxiliar na trajetória destes e colaborar com seu desempenho e felicidade. Para definição de talento, adotou-se o Modelo dos Três Anéis de Renzulli que considera as competências elevadas que algumas pessoas conseguem manter em certos domínios, as características relacionadas à criatividade e o envolvimento com a tarefa em uma ou mais áreas: acadêmica, artística, esportiva, social ou outra. Sabe-se que o desenvolvimento de adolescentes talentosos não é homogêneo, portanto, as características que eles apresentam, o ambiente e o suporte que recebem, podem servir como fatores protetivos, promovendo adaptação e ajustamento socioemocional ou contribuir para desajustes, dificultando a identificação e o aprimoramento de suas habilidades. Por todas essas razões, justifica-se a necessidade de se investigar a qualidade do bem-estar dos adolescentes que apresentam comportamentos de altas habilidades/superdotação. Diante do exposto, este estudo objetivou investigar e descrever a qualidade do bem-estar subjetivo de adolescentes talentosos, verificando se há diferenças nos níveis de bem-estar com relação ao gênero, idade e tipo de escola. Participaram deste estudo 96 adolescentes, na faixa etária entre 10 e 19 anos, identificados como talentosos. Do total de participantes, 60 eram do gênero masculino e 36 do gênero feminino. Em relação aos tipos de escolas, 41 eram alunos de escola pública, 41 de escola militar e 14 de escola privada. Os dados foram coletados por meio de três escalas que avaliam os componentes do bem-estar subjetivo em adolescentes: Escala de Afetos Positivos e Negativos para Adolescentes (EAPN-A), Escala Global de Satisfação de Vida para Adolescentes (EGVS-A) e Escala Multidimensional de Satisfação de Vida para Adolescentes (EMSV-A). Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva utilizando-se o SPSS 20.0. Para verificar se havia diferenças nos níveis de bem-estar subjetivo e fazer as comparações propostas entre os grupos, realizou-se a Análise de Variância (ANOVA) e em seguida, testes post-hoc através da correção de Bonferroni. Os resultados demonstraram que, de modo geral, os adolescentes talentosos possuem bom nível de afetos positivos e de satisfação com a vida, o que corrobora com a literatura nacional e internacional. Observou-se nas escolas participantes, uma maior quantidade de meninos identificados como talentosos. As meninas demonstraram maior incidência de afetos negativos, quando comparadas aos meninos. Nas análises de diferenças por faixa etária, o grupo mais jovem, de 10 a 12 anos de idade, apresentou médias maiores de afetos positivos e satisfação com a vida. Houve um decréscimo no índice de afetos positivos entre os grupos de adolescentes conforme aumentava a idade. A faixa etária de 16 a 18 anos apresentou a média mais alta de afetos negativos, quando comparada aos adolescentes mais jovens. No comparativo dos tipos de escolas, as médias de afetos positivos foram maiores entre os alunos da escola militar, seguidos das escolas privadas e públicas, respectivamente. Em relação aos afetos negativos, a escola militar obteve índices mais baixos nos seguintes itens: deprimido, desanimado e triste. Na escala de satisfação geral com a vida, os adolescentes dos três tipos de escolas avaliaram positivamente suas vidas, e na escala multidimensional, a escola militar destacou-se positivamente nas seguintes dimensões: self, escola e autoeficácia. Apesar de muitos adolescentes talentosos apresentarem bons níveis de bem-estar subjetivo, os resultados apontam para a necessidade de maior atenção às diferenças de gênero, ambiente escolar e faixa etária, com destaque para os anos finais da adolescência. Como proposta de atuação, recomenda-se: (a) formação continuada dos educadores; (b) ênfase na identificação e promoção de talentos; (c) atenção diferenciada ao público feminino em relação à identificação de talentos e encaminhamento aos programas de atendimento aos estudantes com altas habilidades; (d) incentivo ao estudo dos benefícios da psicologia positiva por profissionais e responsáveis que atuam com o público infantojuvenil.Research on subjective well-being seeks to identify and measure variables associated with the evaluations people make of their lives, in global and specific aspects, and in relation to the positive and adverse feelings they experience. Understanding that adolescence is a period of many physical, cognitive, psychological, and social transformations, analyzing the quality of subjective well-being in adolescents is essential for the healthy development of this public. Studying the well-being of talented adolescents can also help their trajectory and contribute to their performance and happiness. To define talent, Renzulli’s Three Rings Model was adopted, which considers the high skills that some people manage to maintain in certain domains, characteristics related to creativity, and involvement with the task in one or more areas: academic, artistic, sports, social or other. The development of talented adolescents is not homogeneous; therefore, the characteristics they present, the environment, and the support they receive, can serve as protective factors, promoting adaptation and socio-emotional adjustment or contribute to maladjustments, making identification and enhancing of their skills. For all these reasons, the need to investigate the quality of well-being of adolescents with high ability/gifted behaviors is justified. Given the above, this study aimed to investigate and describe the quality of subjective well-being of talented adolescents, checking for differences in levels of well-being in relation to gender, age, and type of school. Ninety-six adolescents, aged between 10 and 19 years, identified as talented, participated in this study. Of the total number of participants, 60 were male and 36 were female. Regarding the types of schools, 41 were students from public schools, 41 from military schools, and 14 from private schools. Data were collected using three scales that assess the components of subjective well-being in adolescents: Positive and Negative Affects Scale for Adolescents (EAPN-A), Global Life Satisfaction Scale for Adolescents (EGVS-A), and Multidimensional Life Satisfaction Scale for Adolescents (EMSV-A). Data were analyzed using descriptive statistics using SPSS 20.0. To verify if there were differences in the levels of subjective well-being and to make the proposed comparisons between the groups, the Analysis of Variance (ANOVA) was performed, followed by posthoc tests through the Bonferroni correction. The results showed that, in general, talented adolescents have a good level of positive affect and satisfaction with life, which corroborates the national and international literature. It was observed that in the participating schools, a greater number of boys were identified as talented. Girls showed a higher incidence of negative affects when compared to boys. In the analysis of differences by age group, the younger group, from 10 to 12 years of age, presented higher means of positive affection and satisfaction with life. There was a decrease in the index of positive affect among the groups of adolescents with increasing age. The age group from 16 to 18 years old had the highest average of negative affects, when compared to younger adolescents. When comparing the types of school, the means of positive affect were higher among students from the military school, followed by private and public schools, respectively. Regarding negative affects, the military school had lower rates in the following items: depressed, discouraged, and sad. In the general satisfaction with life scale, adolescents from the three types of school positively evaluated their lives, and in the multidimensional scale the military school stood out positively in the following dimensions: self, school, and self-efficacy. Although many talented adolescents present good levels of subjective well-being, the results point to the need for greater attention to differences in gender, school environment, and age group, with emphasis on the final years of adolescence. As a proposal for action, it is recommended: (a) continuing education of educators; (b) emphasis on identifying and promoting talent; (c) differentiated attention to the female public in the identification of talents and referral to programs to assist students with high abilities; (d) encouraging the study of the benefits of positive psychology by professionals and guardians who work with children and adolescents.Ferreira, Jane Farias Chagascamilanmelo@gmail.comRabello, Camila Nascimento Vieira2022-04-14T20:08:23Z2022-04-14T20:08:23Z2022-04-142021-11-30info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfRABELLO, Camila Nascimento Vieira. Estudo sobre o bem-estar subjetivo em adolescentes talentosos. 2021. 165 f., il. Dissertação (Mestrado em Psicologia do Desenvolvimento e Escolar) — Universidade de Brasília, Brasília, 2021.https://repositorio.unb.br/handle/10482/43464info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UnBinstname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNB2023-07-17T18:37:31Zoai:repositorio.unb.br:10482/43464Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.unb.br/oai/requestrepositorio@unb.bropendoar:2023-07-17T18:37:31Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB)false |
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