Caracterização e estabilidade dos compostos bioativos em amêndoas de baru (Dipteryx alata Vog.), submetidas a processo de torrefação

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lemos, Miriam Rejane Bonilla
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UnB
Texto Completo: http://repositorio.unb.br/handle/10482/11567
Resumo: Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, 2012.
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spelling Caracterização e estabilidade dos compostos bioativos em amêndoas de baru (Dipteryx alata Vog.), submetidas a processo de torrefaçãoCerrados - leguminosaLeguminosa - antioxidantesPlantas - compostos bioativos - Mato GrossoPlantas - compostos bioativos - Minas GeraisPlantas - compostos bioativos - Goiás (Estado)Leguminosa - ácidos graxosTese (doutorado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, 2012.O Consumo de vegetais tem sido associado à prevenção de doenças crônicas relacionadas ao estresse oxidativo. A presença de compostos bioativos, muitos dos quais apresentam ação antioxidante, parecem estar associados neste efeito protetor. O Brasil possui uma das maiores biodiversidades do mundo, com biomas característicos e potencial medicinal ainda desconhecido, constituindo-se em patrimônios genético, científico, tecnológico, econômico e cultural a serem investigados, para sua devida exploração e preservação. A amêndoa do baru (Dipteryx alata Vog.), fruto nativo do Cerrado brasileiro, apresenta alto teor de taninos e fitatos, compostos com reconhecida ação antioxidantes. Estudos recentes demonstram que o consumo diário de amêndoa do baru [Dipteryx alata Vog.] reduz o estresse oxidativo induzido em ratos. O objetivo do presente estudo foi identificar os compostos bioativos e a atividade antioxidante na amêndoa do baru, além de investigar o efeito do processo de torrefação nos níveis destes compostos e na ação antioxidante da amêndoa. As amêndoas obtidas no comércio local de Brasília-DF, provenientes de três regiões do Cerrado (MT, MG e GO), foram previamente selecionadas e distribuídas aleatoriamente, em dois grupos distintos: amêndoa crua com película e amêndoa crua sem película. Parte das amêndoas destes dois grupos foi acondicionada em embalagens de polietileno transparente e armazenadas a -80ºC. O restante das amêndoas, com e sem películas, foi submetida à torrefação. A torrefação foi realizada em estufa sem circulação de ar a 150ºC/45 minutos. As amêndoas cruas e torradas foram trituradas e analisadas em triplicata. O total de compostos fenólicos foi quantificado espectrofotometricamente utilizando o reagente Folin Ciocalteu. Os compostos fenólicos individuais e tocoferóis foram avaliados por cromatografia líquida (HPLC). Os ácidos graxos foram determinados por cromatografia gasosa. A atividade antioxidante foi determinada utilizando-se o radical 2,2-difenil-1-picrilhidrazil (DPPH). Aproximadamente 50% do conteúdo fenólico e 90% da atividade antioxidante (DPPH) estavam presentes na película das amêndoas de baru. Oito compostos fenólicos foram identificados em concentrações que variaram entre 67,7 e 224,0 mg/100g. O ácido gálico foi o composto predominante, seguido da catequina, ácido ferúlico, epicatequina, ácido p-cumárico, ácido elágico, ácido cafeico e ácido hidroxibenzoico na composição ddas as amostras de amêndoas. O processo de torrefação reduziu o teor de compostos fenólicos totais (p> 0,05), mas não o conteúdo do ácido gálico. Observou-se uma redução em cerca de 50% da atividade antiradicalar nas amêndoas com película, sugerindo que o ácido gálico apesar de predominante, pode não ser o bioativo responsável pela atividade antioxidante das amêndoas de baru. O teor de antocianinas foi de 0,6 mg/100 g em amêndoa crua com película e de 1,2 mg/100g nas demais amostras. O teor de tocoferóis variou de 2,0 a 2,7 mg/100 g em amêndoa torrada com película e na amêndoa crua sem película. Os ácidos oleico (C18:1), linoleico (C18:2), linolênico (C18:3), elaídico (C20:1) e tetracosenóico (C24:1), foram os principais ácidos graxos insaturados, representando cerca de 81% dos ácidos graxos das amêndoas e dentre estes, os ácidos oleico e linoleico foram os majoritários. O tratamento térmico utilizado para a torrefação das amêndoas de baru com e sem película, não ocasionou alteração significativa na composição dos ácidos graxos das amêndoas de baru. Conclui-se que embora o processo de torrefação reduza a atividade antioxidante, a amêndoa do baru torrada mantem propriedades nutricionais e antioxidante. _______________________________________________________________________________________ ABSTRACTThe vegetable consumption has been associated with prevention of chronic diseases related to oxidative stress. The bioactive compound, many with antioxidant activity, appears to be responsible for the protective effect against physiological disturbances. Brazil has one of the greatest biodiversity in the world, with characteristic biomes and medicinal potential still unknown, constituting a genetic heritage, scientific, technological, economic and cultural development to be investigated for its proper operation and maintenance. The baru nuts (Dipteryx alata Vog.), native fruit of the Brazilian Cerrado, has a high content of tannins and phytates compounds with known antioxidant activity. Recent studies show that a daily consumption of baru nuts [Dipteryx alata Vog.] reduces the oxidative stress induced in rats. The objective of the present study was to identify the bioactive compounds and antioxidant activity in baru nuts and also to investigate the effect of the roasting process in the levels of thebioactive compounds and antioxidant activity of the baru nuts. The baru nuts obtained in the local market of Brasília-DF, from three regions of the Cerrado (MT, MG and GO) were previously selected and distributed it randomly into two groups: raw baru nuts with peels and raw baru nuts without peel. Part of the baru nuts of these two groups were packed in plastic bags and stored at -80 °C. Another part was roasted. The roasting process was carried out in an oven without air circulation at 150°C/45 minutes. The raw almonds and toast were crushed and analyzed in triplicate. The total phenolic compounds were analyzed spectrophotometrically using the Folin Ciocalteu reagent. The individual phenolic compounds and tocopherols were analyzed by liquid chromatography (HPLC) and the fatty acids composition was carried out by gas chromatography. The antioxidant activity was determined using the radical 2,2-diphenyl-1-picrylhydrazyl (DPPH). Approximately 50% of the total phenolic content and antioxidant activity of 90% (DPPH) were found in the external peel of the baru nut. Eight phenolic compounds were identified in concentrations ranging between 67.7 and 224.0 mg/100g. The galic acid was predominant, followed by catechin, ferulic acid, epicatechin, p-coumaric acid, ellagic acid, caffeic acid and hydroxybenzoic acid in the baru nuts. The roasting process reduced the concentration of phenolic compounds (p> 0.05) but not the content of gallic acid. There was a reduction of about 50% of the antiradicalar activity in the nut with peels, suggesting that the gallic acid, althought predominant, can not be responsible for antioxidant activity baru nuts. The anthocyanin content was 0.6 mg/100 g in raw nuts with peels and 1.2 mg/100 g in other samples. The content of tocopherols ranged from 2.0 to 2.7 mg/100 g in the roasted nuts with peels and in the peeled raw nuts. The oleic acid (C18:1), linoleic (C18:2), linolenic (C18:3), elaidic (C20:1) and tetracosanoic (C24:1) were the main unsaturated fatty acids, representing about 81% of fatty acids of the nuts and of these, oleic and linoleic acids were the major ones. The heat treatment used for roasting baru nuts with and without peels did not cause significant changes in fatty acid composition of almond Baru. We conclude that although the roasting process reduces the antioxidant activity, the roasted baru nut maintains nutritional and antioxidant properties.Faculdade de Ciências da Saúde (FS)Programa de Pós-Graduação em Ciências da SaúdeSiqueira, Egle Machado de AlmeidaZambiazi, Rui CarlosLemos, Miriam Rejane Bonilla2012-11-06T12:57:31Z2012-11-06T12:57:31Z2012-11-062012-07-12info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfLEMOS, Miriam Rejane Bonilla. Caracterização e estabilidade dos compostos bioativos em amêndoas de baru (Dipteryx alata Vog.), submetidas a processo de torrefação. 2012. 145 f., il. Tese (Doutorado em Ciências da Saúde)—Universidade de Brasília, Brasília, 2012.http://repositorio.unb.br/handle/10482/11567A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data.info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UnBinstname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNB2024-02-06T19:30:31Zoai:repositorio.unb.br:10482/11567Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.unb.br/oai/requestrepositorio@unb.bropendoar:2024-02-06T19:30:31Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB)false
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