Brasília e a possibilidade de um urbanismo não utópico
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Data de Publicação: | 2022 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
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Título da fonte: | Repositório Institucional da UnB |
Texto Completo: | http://repositorio2.unb.br/jspui/handle/10482/46831 https://doi.org/10.24220/2318-0919v19e2022a5273 https://orcid.org/0000-0002-9169-0515 https://orcid.org/0000-0002-0160-4100 https://orcid.org/0000-0002-4361-2598 https://orcid.org/0000-0003-1204-4206 |
Resumo: | O urbanismo contemporâneo tem por referência dominante o modelo da cidade compacta, usado para desqualificar o fenômeno do espraiamento urbano em prol de determinado modo de vida e organização espacial considerados mais compatíveis com os atuais princípios do desenvolvimento sustentável. Essa referência à cidade compacta assim como os critérios de valor e de validade que ela estabelece em termos de qualidade urbana remetem à crítica feita às utopias futuristas do urbanismo moderno pelos defensores de um retorno aos princípios espaciais da cidade tradicional como solução para o crescimento urbano exponencial e disperso. Servindo-nos de uma análise dos diferentes aspectos utópicos do projeto para o Plano Piloto de Brasília assim como das críticas que foram erguidas contra ele, pretendemos mostrar, à luz do conceito de retrotopia cunhado por Zygmunt Bauman, que estas mesmas críticas adotam um referencial nostálgico não menos utópico. Essa análise, alimentada pela definição da própria noção de projeto, nos conduz então a levantar um questionamento sobre a possibilidade de um urbanismo não-utópico ao qual respondemos com uma reflexão que mobiliza o conceito de atopia proposto por Byung-Chul Han. A partir dele, ensaiamos algumas pistas para a construção de uma abordagem que seja menos refém da armadilha utópica e da lógica dicotômica que parece sempre fugir da realidade presente, a fim de transformar Brasília em uma referência útil para poder lidar com a complexidade da discussão sobre forma urbana e os desafios inerentes à cidade do século XXI. |
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Cruz, Luciana Saboia FonsecaLassance, GuilhermePescatori, CarolinaCapillé, CauêUniversidade de Brasília. Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Departamento de Teoria e História da Arquitetura e UrbanismoUniversidade Federal do Rio de Janeiro, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Departamento de Projeto de ArquiteturaUniversidade de Brasília, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Departamento de Projeto e ExpressãoUniversidade Federal do Rio de Janeiro, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Departamento de Projeto de Arquitetura2023-11-06T19:40:51Z2023-11-06T19:40:51Z2022CRUZ, Luciana Saboia Fonseca et. al. Brasília e a possibilidade de um urbanismo não utópico. Oculum Ensaios, Campinas, v. 19, 2022. DOI: https://doi.org/10.24220/2318-0919v19e2022a5273. Disponível em: https://seer.sis.puc-campinas.edu.br/oculum/article/view/5273. Acesso em: 06 nov. 2023.http://repositorio2.unb.br/jspui/handle/10482/46831https://doi.org/10.24220/2318-0919v19e2022a5273https://orcid.org/0000-0002-9169-0515https://orcid.org/0000-0002-0160-4100https://orcid.org/0000-0002-4361-2598https://orcid.org/0000-0003-1204-4206O urbanismo contemporâneo tem por referência dominante o modelo da cidade compacta, usado para desqualificar o fenômeno do espraiamento urbano em prol de determinado modo de vida e organização espacial considerados mais compatíveis com os atuais princípios do desenvolvimento sustentável. Essa referência à cidade compacta assim como os critérios de valor e de validade que ela estabelece em termos de qualidade urbana remetem à crítica feita às utopias futuristas do urbanismo moderno pelos defensores de um retorno aos princípios espaciais da cidade tradicional como solução para o crescimento urbano exponencial e disperso. Servindo-nos de uma análise dos diferentes aspectos utópicos do projeto para o Plano Piloto de Brasília assim como das críticas que foram erguidas contra ele, pretendemos mostrar, à luz do conceito de retrotopia cunhado por Zygmunt Bauman, que estas mesmas críticas adotam um referencial nostálgico não menos utópico. Essa análise, alimentada pela definição da própria noção de projeto, nos conduz então a levantar um questionamento sobre a possibilidade de um urbanismo não-utópico ao qual respondemos com uma reflexão que mobiliza o conceito de atopia proposto por Byung-Chul Han. A partir dele, ensaiamos algumas pistas para a construção de uma abordagem que seja menos refém da armadilha utópica e da lógica dicotômica que parece sempre fugir da realidade presente, a fim de transformar Brasília em uma referência útil para poder lidar com a complexidade da discussão sobre forma urbana e os desafios inerentes à cidade do século XXI.Contemporary urbanism has the compact city model as a dominant reference, frequently used to disqualify the phenomenon of urban sprawl in favor of a particular way of life and spatial organization considered to be more compatible with current sustainable development principles. This reference to the compact city as well as the criteria of value and validity that it establishes in terms of urban quality refers to the criticism made to the futuristic utopias of modern urbanism by the supporters of a return to the spatial principles of the traditional city as a solution to exponential and dispersed urban growth. Using an analysis of different utopian aspects of the Plano Piloto project for Brasília, as well as the criticisms that were raised against it, we intend to argue, in light of the concept of retrotopia coined by Zygmunt Bauman, that these same criticisms adopt a no less utopian nostalgic reference. This analysis, fed by the definition of the notion of project itself, leads us to raise a question of the possibility of non-utopian urbanism, to which we respond with a reflection that mobilizes the concept of atopia proposed by Byung-Chul Han. We then envisioned some clues for the construction of an approach that is less hostage to the utopian trap and to the dichotomous logic that always seems to escape from the present reality, in order to transform Brasilia into a useful reference to deal with the complexity of the discussion on urban form and the challenges inherent to the 21st-century city.Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU)Departamento de Teoria e História (FAU THA)Departamento de Projeto, Expressão e Representação (FAU PRO)Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e UrbanismoporPontifícia Universia de Católica de Campinas(CC-BY)info:eu-repo/semantics/openAccessBrasília e a possibilidade de um urbanismo não utópicoBrasília and the possibility of a non-utopian urbanisminfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleBrasília (DF) - arquiteturaUtopias - planejamento urbanoPlano Piloto - Brasília (DF)https://seer.sis.puc-campinas.edu.br/oculum/article/view/5273reponame:Repositório Institucional da UnBinstname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNBORIGINALARTIGO_BrasiliaPossibilidadeUrbanismo.pdfARTIGO_BrasiliaPossibilidadeUrbanismo.pdfapplication/pdf668706http://repositorio2.unb.br/jspui/bitstream/10482/46831/1/ARTIGO_BrasiliaPossibilidadeUrbanismo.pdf5d3609717132b6e0e54204993e41d706MD51open accessLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain102http://repositorio2.unb.br/jspui/bitstream/10482/46831/2/license.txtaed4704d04bb260d4decd80db311aaa5MD52open access10482/468312023-11-06 16:40:51.261open accessoai:repositorio2.unb.br:10482/46831U3VibWlzc8OjbyBlZmV0aXZhZGEgZGUgYWNvcmRvIGNvbSBsaWNlbsOnYSBjb25jZWRpZGEgcGVsbyBhdXRvciBlL291IGRldGVudG9yIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcy4KBiblioteca Digital de Teses e DissertaçõesPUBhttps://repositorio.unb.br/oai/requestopendoar:2023-11-06T19:40:51Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB)false |
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