Evolução do dimorfismo sexual de tamanho em Thomisidae (Araneae) e Trichonephila clavipes (Araneae: Araneidae)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rocha, Pedro Nascimento
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UnB
Texto Completo: http://repositorio2.unb.br/jspui/handle/10482/50159
Resumo: Dissertação (mestrado) — Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Ecologia, 2023.
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spelling Evolução do dimorfismo sexual de tamanho em Thomisidae (Araneae) e Trichonephila clavipes (Araneae: Araneidae)AranhaReprodução animalDimorfismo sexualDissertação (mestrado) — Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Ecologia, 2023.O dimorfismo sexual de tamanho (Sexual size dimorphism; SSD) é um fenômeno que ocorre em quase todos grupos animais. O Dimorfismo com viés para as fêmeas, isto é, fêmeas maiores que machos, é o mais frequente. Aranhas, em particular, possuem o maior SSD entre os animais terrestres. O gigantismo das fêmeas nesse grupo é comumente associado à seleção por fecundidade, hipótese que prediz que fêmeas maiores colocam mais ovos, e consequentemente possuem maior aptidão. Porém, para evolução do SSD, além da mudança de tamanho corporal de um sexo, é necessário que o outro não o acompanhe. O modelo do equilíbrio diferencial propõe que pressões evolutivas diferentes agem sobre o tamanho corporal dos sexos, quando essas pressões são antagônicas o SSD evolui. Nós investigamos a evolução de dimorfismo sexual em aranhas, utilizando a família Thomisidae e a espécie Trichonephila clavipes (Araneidae) para avaliar como essas pressões evolutivas agem sobre o tamanho de cada sexo. Na família Thomisidae, visamos identificar quais fatores são responsáveis para o aumento de tamanho corporal das fêmeas. Corpos grandes necessitam de mais energia para se sustentar. A família Thomisidae possui uma grande diversidade de estratégias de forrageamento, e algumas, como forragear em flores e mimetismo agressivo, podem fornecer uma quantidade maior de alimento e permitir o aumento de tamanho corporal. Para realizar esse trabalho coletamos medidas de tamanho de espécies de tomisídeos da literatura e asclassificamos com base nas estratégias de forrageamento. Nossos resultados indicam que espécies que forrageiam em flores ou adotam mimetismo agressivo possuem fêmeas significativamente maiores e machos significativamente menores que as outras espécies. Esses resultados sugerem que as estratégias de forragemento possuem um papel central na evolução de SSD. Em T. clavipes visamos avaliar quais pressões impedem que os machos aumentem de tamanho com as fêmeas. Duas hipóteses complementares foram propostas como limitantes do tamanho dos machos, a protandria e a hipótese da gravidade. A protandria como forma de limitar o tamanho de machos sugere que machos que se desenvolvem mais rápido possuem vantagens reprodutivas em um contexto de scrambled competition:machos que se desenvolvem mais rápido conseguem chegar às fêmeas com pouca ou nenhuma competição. A hipótese da gravidade propõe que existe uma relação positiva entre tamanho e velocidade de escalada, até um limite em que o aumento de tamanho não favorece a velocidade de escalada. Nos hipotetizamos que há um trade-off entre protandria e velocidade de escalada em T. clavipes. Para testar essa hipótese acompanhamos cinco localidades de T. clavipes no Distrito Federal e avaliamos o tamanho dos machos durante o período reprodutivo. Para avaliar o efeito do tamanho na velocidade de escalada, realizamos experimentos de escalada com machos e fêmeas. Nossos resultados indicam que machos protândricos são maiores que machos tardios, e também, que há uma relação positiva entre velocidade de escalada e tamanho para machos, mas não para fêmeas. Esses resultados indicam que machos maiores possuem maior fitness, mas que o tamanho de machos pode ser limitado pelos impactos da gravidade em sua mobilidade, visto que fêmeas, muito maiores, não obtém vantagens em velocidade de escaladaCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)Size sexual dimorphism (SSD) is a phenomenon that occurs in almost all animal groups. Female-biased dimorphism, that is, females larger than males, is the most common, occurring in most species. Spiders, in particular, have the highest female biased SSD among terrestrial animals. The gigantism of females in this group is commonly associated with fecundity selection, a hypothesis that predicts that larger females lay more eggs, and consequently have greater fitness. However, for the evolution of the SSD, in addition to the change in the body size of one sex, it is necessary that the other does not accompany it. The differential equilibrium model proposes that different evolutionary pressures act on the body size of the sexes, when these pressures are antagonistic, the SSD evolves. We investigated the evolution of sexual dimorphism in spiders, using the family Thomisidae and the species Trichonephila clavipes (Araneidae) to assess how these evolutionary pressures act on the size of each sex. In the family Thomisidae, we aimed to identify which factors are responsible for the increase in female body size. Large bodies need more energy to sustain themselves, the Thomisidae family has a wide range of foraging strategies, some, such as foraging on flowers and aggressive mimicry, can provide higher energy intake and allow for an increased body size. To carry out this work, we extracted tomisids measurements of the size from the literature, and classified them into foraging strategies. Our results indicate that species that forage on flowers or adopt aggressive mimicry have significantly larger females and significantly smaller males than other species. These results suggest that foraging strategies play a central role in the evolution of SSD. In T. clavipes we aim to evaluate which pressures prevent males from increasing in size with females. Two complementary hypotheses have been proposed as limiting male size, protandry and the gravity hypothesis. Protandry as a way to limit male size suggests that males that develop faster have reproductive advantages in a context of scrambled competition, males with shorter development can reach females with little or no competition. The gravity hypothesis proposes that there is a positive relationship between size and climbing speed, up to a limit where increasing size does not favor climbing speed. We hypothesize that there is a trade-off between protandry and climbing speed in T. clavipes. To test this hypothesis, we accompanied T. clavipes from five localities at Distro Federal in Brazil and evaluated the size of males during the reproductive period. To evaluate the effect of size on climbing speed, we performed climbing experiments with males and females. Our results indicate that protandrous males are larger than late males, and also, that there is a positive relationship between climbing speed and size for males, but not for females. These results indicate that larger males have higher fitness, but that the size of males might be limited by the impacts of gravity on their mobility, as females, much larger than males, do not gain climbing advantages due to their increased size.Instituto de Ciências Biológicas (IB)Programa de Pós-Graduação em EcologiaGawryszewski, Felipe MalheirosRocha, Pedro Nascimento2024-08-25T20:29:39Z2024-08-25T20:29:39Z2024-08-252023-03-15info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfROCHA, Pedro Nascimento. Evolução do dimorfismo sexual de tamanho em Thomisidae (Araneae) e Trichonephila clavipes (Araneae: Araneidae). 2023. 121 f., il. Dissertação (Mestrado em Ecologia) — Universidade de Brasília, Brasília, 2023.http://repositorio2.unb.br/jspui/handle/10482/50159porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UnBinstname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNB2024-08-25T20:29:39Zoai:repositorio.unb.br:10482/50159Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.unb.br/oai/requestrepositorio@unb.bropendoar:2024-08-25T20:29:39Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB)false
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