Conservadorismo condicional na indústria bancária brasileira em situações de maior percepção de risco
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Data de Publicação: | 2013 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UnB |
Texto Completo: | http://repositorio.unb.br/handle/10482/14617 https://dx.doi.org/10.4270/ruc.2013214 |
Resumo: | Estudos sobre o conservadorismo condicional, que pressupõe uma assimetria no reconhecimento de boas e más notícias nos resultados, são relativamente comuns na literatura contábil, tanto em âmbito internacional como nacional. Os que examinam essa prática no âmbito da indústria bancária, porém, são recentes e escassos. O presente artigo procura contribuir para preencher essa lacuna, tendo como propósito verificar se os resultados contábeis dos bancos brasileiros registram evidências de conservadorismo condicional e, mais especificamente, se essa prática pode ser associada a situações de maior percepção de risco. Para a realização dos testes empíricos foram utilizados os dados das informações financeiras trimestrais dos bancos comerciais, bancos múltiplos e caixas econômicas, entre 2001 e 2010. As proxies representativas das situações de maior percepção de risco foram construídas em função dos períodos caracterizados como de risco sistêmico, do Índice de Basileia e do nível de capitalização contábil dos bancos. As evidências obtidas confirmaram, inicialmente, a premissa de assimetria no reconhecimento das boas e más notícias, com o diferimento dos ganhos econômicos e reconhecimento mais tempestivo das perdas, corroborando a hipótese de conservadorismo condicional nos resultados contábeis dos bancos brasileiros. Não foi confirmada a expectativa de aumento dessa prática em momentos definidos como de risco sistêmico e por parte de bancos com menor Índice de Basileia. Quando a proxy de situação de risco é baseada no nível de capitalização eminentemente contábil, porém, os testes revelaram associação negativa entre o reconhecimento mais tempestivo das perdas econômicas e o nível de participação do capital próprio na estrutura de capitais das instituições. ______________________________________________________________________________________ ABSTRACT |
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Conservadorismo condicional na indústria bancária brasileira em situações de maior percepção de riscoConditional conservatism in the Brazilian banking industry in situations of higher risk perceptionConservadurismo condicional en la industria bancaria brasileña en situaciones de mayor percepción de riesgoContabilidade - processo decisórioBancos - BrasilRisco (Economia)Estudos sobre o conservadorismo condicional, que pressupõe uma assimetria no reconhecimento de boas e más notícias nos resultados, são relativamente comuns na literatura contábil, tanto em âmbito internacional como nacional. Os que examinam essa prática no âmbito da indústria bancária, porém, são recentes e escassos. O presente artigo procura contribuir para preencher essa lacuna, tendo como propósito verificar se os resultados contábeis dos bancos brasileiros registram evidências de conservadorismo condicional e, mais especificamente, se essa prática pode ser associada a situações de maior percepção de risco. Para a realização dos testes empíricos foram utilizados os dados das informações financeiras trimestrais dos bancos comerciais, bancos múltiplos e caixas econômicas, entre 2001 e 2010. As proxies representativas das situações de maior percepção de risco foram construídas em função dos períodos caracterizados como de risco sistêmico, do Índice de Basileia e do nível de capitalização contábil dos bancos. As evidências obtidas confirmaram, inicialmente, a premissa de assimetria no reconhecimento das boas e más notícias, com o diferimento dos ganhos econômicos e reconhecimento mais tempestivo das perdas, corroborando a hipótese de conservadorismo condicional nos resultados contábeis dos bancos brasileiros. Não foi confirmada a expectativa de aumento dessa prática em momentos definidos como de risco sistêmico e por parte de bancos com menor Índice de Basileia. Quando a proxy de situação de risco é baseada no nível de capitalização eminentemente contábil, porém, os testes revelaram associação negativa entre o reconhecimento mais tempestivo das perdas econômicas e o nível de participação do capital próprio na estrutura de capitais das instituições. ______________________________________________________________________________________ ABSTRACTStudies on conditional conservatism, which assumes asymmetry in the recognition of good and bad news on earnings, are relatively usual in the accounting literature, both internationally and nationally. However, those examining this practice within the banking industry are recent and scarce. This paper attempts to contribute to fill this gap by aiming at verifying whether the accounting earnings of Brazilian banks show evidence of conditional conservatism and, more specifically, whether this practice can be associated to situations of higher risk perception. For performing empirical tests, we use data from the quarterly financial information of commercial, multiple and savings banks from 2001 to 2010. The proxies representing situations of higher risk perception are constructed taking into account periods presenting systemic risk in terms of the Basel Index and the level of capitalization of banks. The evidence obtained confirm the assumption of asymmetry in the recognition of good and bad news, with the postponement of economic profits and the immediate recognition of losses, which corroborates the hypothesis of conditional conservatism in the accounting earnings of Brazilian banks. Expectations towards an increase of this practice in periods of systemic risk and by banks with a lower Basel Index are not confirmed. Yet, when the proxy of a risky situation is based on the book value of capitalization, the tests show a negative association between the timely recognition of economic losses and the level of participation of equity in the capital structure of the institutions. ______________________________________________________________________________________ RESUMENLos estudios sobre el conservadurismo condicional, que presuponen una asimetría en el reconocimiento de buenas y malas noticias en los resultados son relativamente comunes en la literatura contable, tanto a nivel internacional y nacional. Aquellos que examinan esta práctica en la industria bancaria, sin embargo, son recientes y escasos. Este artículo pretende contribuir a llenar esta carencia, con el propósito de verificar si los resultados contables de los bancos brasileños registran evidencia de conservadurismo condicional y, más concretamente, si esta práctica puede ser asociada a situaciones de mayor percepción de riesgo. Para la realización de las pruebas empíricas fueran utilizados los datos de las informaciones financieras trimestrales de los bancos comerciales, bancos múltiples y cajas de ahorros entre 2001 y 2010. Las proxies que representan situaciones de mayor percepción de riesgo se construyó de acuerdo con los períodos que se caracterizaran como de riesgo sistémico, con base en el Índice de Basilea y en el nivel de capitalización contable de los bancos. Las evidencias obtenidas confirman la premisa de asimetría en el reconocimiento de buenas y malas noticias, con el aplazamiento de las ganancias y reconocimiento más tempestivo de las pérdidas económicas, lo que apoya la hipótesis del conservadurismo condicional en los resultados contables de los bancos brasileños. No se confirmó la expectativa de aumento en esta práctica en periodos de riesgo sistémico, y por los bancos con menor Índice de Basilea. Cuando la proxy de situación de riesgo se basa en el nivel de capitalización eminentemente contable, sin embargo, los análisis revelaron una asociación negativa entre el reconocimiento más oportuno de las pérdidas económicas y el nivel de participación del capital proprio en la estructura de capital de las instituciones.Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Gestão de Políticas Públicas (FACE)Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais (FACE CCA)Universidade Regional de Blumenau2013-11-18T22:37:01Z2013-11-18T22:37:01Z2013-04info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfDANTAS, José Alves; PAULO, Edilson; MEDEIROS, Otávio Ribeiro de. Conservadorismo condicional na indústria bancária brasileira em situações de maior percepção de risco. Revista universo contábil, Blumenau, v.9, n.2, p.83-103, abr./jun. 2013. Disponível em: <http://proxy.furb.br/ojs/index.php/universocontabil/article/view/3126>. Acesso em: 18 nov. 2013.http://repositorio.unb.br/handle/10482/14617https://dx.doi.org/10.4270/ruc.2013214Revista universo contábil - Este trabalho está licenciado sob uma Licença Creative Commons (Attribution 3.0 Unported (CC BY 3.0)). Permite copiar, distribuir e transmitir o trabalho e adaptá-lo. Permite fazer uso comercial. Fonte: http://proxy.furb.br/ojs/index.php/universocontabil/article/view/3126. Acesso: 7 nov. 2013.info:eu-repo/semantics/openAccessDantas, José AlvesPaulo, EdilsonMedeiros, Otávio Ribeiro deporreponame:Repositório Institucional da UnBinstname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNB2023-10-19T17:30:01Zoai:repositorio.unb.br:10482/14617Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.unb.br/oai/requestrepositorio@unb.bropendoar:2023-10-19T17:30:01Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB)false |
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DANTAS, José Alves; PAULO, Edilson; MEDEIROS, Otávio Ribeiro de. Conservadorismo condicional na indústria bancária brasileira em situações de maior percepção de risco. Revista universo contábil, Blumenau, v.9, n.2, p.83-103, abr./jun. 2013. Disponível em: <http://proxy.furb.br/ojs/index.php/universocontabil/article/view/3126>. Acesso em: 18 nov. 2013. http://repositorio.unb.br/handle/10482/14617 https://dx.doi.org/10.4270/ruc.2013214 |
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