A marcha das margaridas : resistências e permanências
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2008 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UnB |
Texto Completo: | http://repositorio.unb.br/handle/10482/949 |
Resumo: | Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Sociais, Departamento de Sociologia, 2008. |
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A marcha das margaridas : resistências e permanênciasTrabalhadores ruraisEstudos de gêneroDissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Sociais, Departamento de Sociologia, 2008.A pesquisa aborda a trajetória das mulheres trabalhadoras rurais em torno da Marcha das Margaridas - uma estratégia de mobilização realizada por um conjunto de movimento Contra a fome, a pobreza e a violência sexista. Realizada em Brasília – DF - a cada três anos, a Marcha das Margaridas conta com a presença de mulheres oriundas de todas as regiões brasileiras. É retratada neste estudo como uma ação coletiva realizada por mulheres trabalhadoras rurais que constituem uma identidade política, a partir de problemas comuns ao meio rural brasileiro. O objetivo da pesquisa é identificar como o gênero é constituído na Marcha das Margaridas e como os desdobramentos resultantes deste conceito são identificados nas categorias poder e identidade. A análise é permeada pela diferença localizada nas tensões permanentes tanto na relação entre os próprios movimentos de mulheres trabalhadoras rurais que integram a MM, quanto com as demais redes de movimentos com as quais esta Marcha se relaciona. O referencial teóricometodológico é fundamentado nas contribuições de Scott (1992); Lauretis (1994); Descarries (2003); Foucault (1979; 1988); Hall (1999); Melucci (1989; 1990) e Sherer- Warrer (2005). A partir da apreensão do conceito de gênero como produto e processo das relações sociais, os resultados indicaram que, o gênero influenciou as práticas sociais das mulheres trabalhadoras rurais. O poder, visto como algo difuso e em constante disputa, assim como o gênero, localizam-se dentro e fora das estruturas sociais e é exercitado na Marcha das Margaridas mediante alianças e tensões permanentes. A unidade diz respeito à identidade política respaldada em uma pauta comum, porém, as diferenças acabam sendo reveladas pela diversidade e a pluralidade das mulheres presentes na MM: agricultoras familiares, assentadas, quebradeiras de coco, pescadoras, quilombolas, mulheres do campo, das águas e das florestas que formam um mosaico identitário. Apesar desta pluralidade e diversidade, a afirmação da identidade política de mulheres trabalhadoras rurais na Marcha das Margaridas reforça a idéia de um sujeito mulher universal ancorado por uma essência feminina. Por outro lado, afirmar esta identidade configura-se numa estratégia importante para evidenciar as mulheres trabalhadoras rurais como sujeitos de direitos, historicamente negados e que, impedem o reconhecimento de sua própria existência como seres humanos. Suas práticas sociais permeadas pelas relações de poder revelam que a atuação em rede proporciona articulações locais e globais. Ao questionar o Estado e os seus próprios movimentos, a Marcha das Margaridas rompe com estruturas sociais hierarquizadas e hegemonicamente masculinas e pauta um novo modelo de desenvolvimento do País. Assim, ao evidenciar que as desigualdades de gênero estão presentes em todas as relações sociais, a investigação acerca da Marcha das Margaridas aponta para novas possibilidades de apreensão das teorias e estudos feministas.Instituto de Ciências Sociais (ICS)Departamento de Sociologia (ICS SOL)Programa de Pós-Graduação em SociologiaBento, Berenice Alves de MeloSilva, Berenice Gomes da2008-10-01T13:38:40Z2008-10-01T13:38:40Z2008-10-012008-05info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfSILVA, Berenice Gomes da. A marcha das margaridas: resistências e permanências. 2008. 172 p. Dissertação (Mestrado em Sociologia)-Universidade de Brasília, Brasília, 2008.http://repositorio.unb.br/handle/10482/949info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UnBinstname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNB2024-03-08T19:08:44Zoai:repositorio.unb.br:10482/949Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.unb.br/oai/requestrepositorio@unb.bropendoar:2024-03-08T19:08:44Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB)false |
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