Ultrassonografia endoanal tridimensional na avaliação de mulheres incontinentes : significado do grau de defeito esfincteriano na gravidade da incontinência fecal

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Coura, Marcelo de Melo Andrade
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UnB
Texto Completo: http://repositorio.unb.br/handle/10482/19603
http://dx.doi.org/10.26512/2015.11.D.19603
Resumo: Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Medicina, Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas, 2015.
id UNB_598a72b37fa2821c239f92fdc9fc9989
oai_identifier_str oai:repositorio2.unb.br:10482/19603
network_acronym_str UNB
network_name_str Repositório Institucional da UnB
repository_id_str
spelling Coura, Marcelo de Melo AndradeSousa, João Batista de2016-02-28T11:16:01Z2016-02-28T11:16:01Z2016-02-282015-11-27COURA, Marcelo de Melo Andrade. Ultrassonografia endoanal tridimensional na avaliação de mulheres incontinentes : significado do grau de defeito esfincteriano na gravidade da incontinência fecal. 2015. 111 f., il. Dissertação (Mestrado em Ciências Médicas)—Universidade de Brasília, Brasília, 2015.http://repositorio.unb.br/handle/10482/19603http://dx.doi.org/10.26512/2015.11.D.19603Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Medicina, Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas, 2015.A incontinência fecal (IF) é sintoma que causa impacto importante na qualidade de vida. Estima-se que mais de 2/3 das mulheres com incontinência fecal têm lesão esfincteriana, em sua maioria decorrente de parto vaginal. Não se conhece o significado dessas lesões na gravidade do sintoma e sua repercussão funcional. O objetivo deste estudo é avaliar se existe correlação entre a gravidade do sintoma, as alterações manométricas e o grau de defeito muscular, em mulheres com defeito esfincteriano e IF. Foi adotado escore de IF de Wexner e os casos foram estratificados em leves (<=9) ou graves (>9). Foi utilizada manometria anorretal por perfusão de 8 canais e ultrassonografia endoanal tridimensional (USEA 3D) para diagnóstico e classificação do defeito esfincteriano. Foram avaliadas 73 mulheres com sintomas de IF. A média de idade foi de 57,79 anos (±14,94). Trinta e oito (52,05%) com incontinência urinária associada. Sessenta e cinco mulheres (89,04%) tiveram partos vaginais prévios, 54 (83,07%) com episiotomia. Vinte e uma mulheres (28,76%) relataram operações anorretais. O escore mediano de incontinência foi de 9, com 36 (49,32%) casos graves. Quarenta casos (54,79%) apresentaram defeitos extensos à ultrassonografia. Houve correlação negativa fraca entre o escore de IF e a capacidade retal (ρ=-0,267, p= 0,022). Mulheres com sintomas mais graves eram mais velhas que aquelas com sintomas mais leves (p=0,018) e tinham maior prevalência de incontinência urinária (p=0,005). Não houve diferença entre o número de gestações (p= 0,530), o número de partos vaginais (p=0,281), as pressões de repouso (p=0,073), as pressões de contração (p=0,521), o incremento pressórico (p=0,649), a sensibilidade retal (p=0,902), a capacidade retal (p=0,086), a extensão do canal anal à ultrassonografia (p=0,179), a extensão anterior de esfíncter externo do ânus (EEA) (p=0,980), o grau de defeito muscular (p=0,381) e a medida do corpo perineal (p=0,129) de mulheres com incontinência leve ou grave. Não houve diferença de idade (p=0,673), do índice de massa corporal (IMC) (p=0,127), do número de gestações (p=0,980), do número de partos vaginais (p=0,581) e de ao menos uma episiotomia (p=0,077) entre as pacientes com defeito esfincteriano leve ou grave. Mulheres com lesões mais graves (escore>4) apresentaram menores pressões de contração (p=0,007), menor comprimento do corpo perineal (p=0,001) e menor extensão anterior de EEA (p=0,001) quando comparadas àquelas com lesões leves. Por esses achados pode-se concluir que mulheres com sintomas mais graves são mais idosas e têm mais incontinência urinária e as com defeitos mais extensos têm menores pressões de contração, sem repercussão clínica.Fecal incontinence (FI) is a symptom that causes impact on patient quality of life. It is believed that over 70 % of women have sphincter defects on endoanal ultrasound, mostly from obstetric anal sphincter injuries (OASIS). There is a lack of consensus regarding to what is its role on FI severity and functional impairment. We aimed demonstrate a possible correlation between FI severity, manometric findings and muscle defect grade depicted on three-dimensional endoanal ultrasound in women with sphincter defects and FI. The Wexner score (WS) was used to grade symptoms which was further divided into two groups: mild symptoms (<=9) and severe symptoms (>9). The sphincteric defect was graded by using an endoanal ultrasound 3D (EAUS 3D) scoring system. Eighty eight women were enrolled and 73 completed all steps. Mean age was 57,79 years old (±14,94). Thirty-eight women (52,05%) reported associated urinary incontinence. Sixty-five (89,04%) had vaginal deliveries, 54 (83,07%) had episiotomies. Twenty-one (28,76%) reported at least one anorectal operation. Median WS was 9. Thirty-six (49,32%) had severe symptoms. Forty cases (54,79%) had severe defects on EAUS 3D. We found a weak negative correlation between WS and rectal capacity (ρ=-0,267, p=0,022). Women with more severe symptoms were older than women with mild symptoms (p=0,018) and had a two-fold risk of having double incontinence (p=0,005). It was found no difference between women with mild or severe symptoms regarded to number of pregnancy (p=0,530), vaginal deliveries (p=0,281), resting pressures (p=0,073), incremental pressures (p=0,649), squeeze pressures (p=0,521), rectal sensation (p=0,902), rectal capacity (p=0,086), anal canal length (p=0,179), external anal sphincter anterior length (p=0,980), defect grade (p=0,381) and perineal body measurement (p=0,129). There was no significant difference in aging (p=0,673), body mass index (BMI) (p=0,127), number of pregnancies (p=0,980), vaginal deliveries (p=0,581) and episiotomies (p=0,077) between cases with mild and severe defects. Women with more severe defects shown lower squeeze pressures (p=0,007), shorter perineal body measurement (p=0,001) and shorter external anal sphincter anterior length (p=0,001) than mild cases. According to these data, women with severe IF symptoms were older and had more double incontinence than women with mild symptoms. Cases with more severe defects had lower squeeze pressures, shorter external anal sphincter anterior length and perineal body thickness, although no impact on symptoms severity.Faculdade de Medicina (FMD)Programa de Pós-Graduação em Ciências MédicasA concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data.info:eu-repo/semantics/openAccessUltrassonografia endoanal tridimensional na avaliação de mulheres incontinentes : significado do grau de defeito esfincteriano na gravidade da incontinência fecalinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisIncontinência fecalUltrassonografiaCanal analFisiologiaManometriaporreponame:Repositório Institucional da UnBinstname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNBORIGINAL2015_MarceloMeloAndradeCoura.pdf2015_MarceloMeloAndradeCoura.pdfapplication/pdf3142110http://repositorio2.unb.br/jspui/bitstream/10482/19603/1/2015_MarceloMeloAndradeCoura.pdfe9568a78e4627c1bbb5c84230ce7da97MD51open accessLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain767http://repositorio2.unb.br/jspui/bitstream/10482/19603/2/license.txt8e34bbacb5b8907f12ab84ac764cce5aMD52open access10482/196032024-03-20 13:30:48.448open accessoai:repositorio2.unb.br:10482/19603TGljZW5zZSBncmFudGVkIGJ5IEFsYsOibmlhIEPDqXphciBkZSBNZWxvIChhbGJhbmlhQGJjZS51bmIuYnIpIG9uIDIwMTYtMDItMjNUMTU6NTU6MDhaIChHTVQpOgoKQSBjb25jZXNzw6NvIGRhIGxpY2Vuw6dhIGRlc3RlIGl0ZW0gcmVmZXJlLXNlIGFvIHRlcm1vIGRlIGF1dG9yaXphw6fDo28gaW1wcmVzc28gYXNzaW5hZG8gDQpwZWxvIGF1dG9yIGNvbSBhcyBzZWd1aW50ZXMgY29uZGnDp8O1ZXM6DQoNCk5hIHF1YWxpZGFkZSBkZSB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvciBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGF1dG9yaXpvIGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIGRlIEJyYXPDrWxpYQ0KIGUgbyBJQklDVCBhIGRpc3BvbmliaWxpemFyIHBvciBtZWlvIGRvcyBzaXRlcyB3d3cuYmNlLnVuYi5iciwgd3d3LmliaWN0LmJyLA0KIGh0dHA6Ly9oZXJjdWxlcy52dGxzLmNvbS9jZ2ktYmluL25kbHRkL2NoYW1lbGVvbj9sbmc9cHQmc2tpbj1uZGx0ZCBzZW0gcmVzc2FyY2ltZW50byBkb3MgDQpkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgZGUgYWNvcmRvIGNvbSBhIExlaSBuwrogOTYxMC85OCwgbyB0ZXh0byBpbnRlZ3JhbCBkYSBvYnJhIGRpc3BvbmliaWxpemFkYSwNCiBjb25mb3JtZSBwZXJtaXNzw7VlcyBhc3NpbmFsYWRhcywgcGFyYSBmaW5zIGRlIGxlaXR1cmEsIGltcHJlc3PDo28gZS9vdSBkb3dubG9hZCwgYSB0w610dWxvIGRlIA0KZGl2dWxnYcOnw6NvIGRhIHByb2R1w6fDo28gY2llbnTDrWZpY2EgYnJhc2lsZWlyYSwgYSBwYXJ0aXIgZGVzdGEgZGF0YS4=Biblioteca Digital de Teses e DissertaçõesPUBhttps://repositorio.unb.br/oai/requestopendoar:2024-03-20T16:30:48Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB)false
dc.title.en.fl_str_mv Ultrassonografia endoanal tridimensional na avaliação de mulheres incontinentes : significado do grau de defeito esfincteriano na gravidade da incontinência fecal
title Ultrassonografia endoanal tridimensional na avaliação de mulheres incontinentes : significado do grau de defeito esfincteriano na gravidade da incontinência fecal
spellingShingle Ultrassonografia endoanal tridimensional na avaliação de mulheres incontinentes : significado do grau de defeito esfincteriano na gravidade da incontinência fecal
Coura, Marcelo de Melo Andrade
Incontinência fecal
Ultrassonografia
Canal anal
Fisiologia
Manometria
title_short Ultrassonografia endoanal tridimensional na avaliação de mulheres incontinentes : significado do grau de defeito esfincteriano na gravidade da incontinência fecal
title_full Ultrassonografia endoanal tridimensional na avaliação de mulheres incontinentes : significado do grau de defeito esfincteriano na gravidade da incontinência fecal
title_fullStr Ultrassonografia endoanal tridimensional na avaliação de mulheres incontinentes : significado do grau de defeito esfincteriano na gravidade da incontinência fecal
title_full_unstemmed Ultrassonografia endoanal tridimensional na avaliação de mulheres incontinentes : significado do grau de defeito esfincteriano na gravidade da incontinência fecal
title_sort Ultrassonografia endoanal tridimensional na avaliação de mulheres incontinentes : significado do grau de defeito esfincteriano na gravidade da incontinência fecal
author Coura, Marcelo de Melo Andrade
author_facet Coura, Marcelo de Melo Andrade
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Coura, Marcelo de Melo Andrade
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Sousa, João Batista de
contributor_str_mv Sousa, João Batista de
dc.subject.keyword.en.fl_str_mv Incontinência fecal
Ultrassonografia
Canal anal
Fisiologia
Manometria
topic Incontinência fecal
Ultrassonografia
Canal anal
Fisiologia
Manometria
description Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Medicina, Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas, 2015.
publishDate 2015
dc.date.submitted.none.fl_str_mv 2015-11-27
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2016-02-28T11:16:01Z
dc.date.available.fl_str_mv 2016-02-28T11:16:01Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2016-02-28
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv COURA, Marcelo de Melo Andrade. Ultrassonografia endoanal tridimensional na avaliação de mulheres incontinentes : significado do grau de defeito esfincteriano na gravidade da incontinência fecal. 2015. 111 f., il. Dissertação (Mestrado em Ciências Médicas)—Universidade de Brasília, Brasília, 2015.
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://repositorio.unb.br/handle/10482/19603
dc.identifier.doi.none.fl_str_mv http://dx.doi.org/10.26512/2015.11.D.19603
identifier_str_mv COURA, Marcelo de Melo Andrade. Ultrassonografia endoanal tridimensional na avaliação de mulheres incontinentes : significado do grau de defeito esfincteriano na gravidade da incontinência fecal. 2015. 111 f., il. Dissertação (Mestrado em Ciências Médicas)—Universidade de Brasília, Brasília, 2015.
url http://repositorio.unb.br/handle/10482/19603
http://dx.doi.org/10.26512/2015.11.D.19603
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UnB
instname:Universidade de Brasília (UnB)
instacron:UNB
instname_str Universidade de Brasília (UnB)
instacron_str UNB
institution UNB
reponame_str Repositório Institucional da UnB
collection Repositório Institucional da UnB
bitstream.url.fl_str_mv http://repositorio2.unb.br/jspui/bitstream/10482/19603/1/2015_MarceloMeloAndradeCoura.pdf
http://repositorio2.unb.br/jspui/bitstream/10482/19603/2/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv e9568a78e4627c1bbb5c84230ce7da97
8e34bbacb5b8907f12ab84ac764cce5a
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1797405451944460288