“Eu não sou presa de juízo, não” : Zefinha, a louca perigosa mais antiga do Brasil
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2016 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UnB |
Texto Completo: | http://repositorio.unb.br/handle/10482/31866 http://dx.doi.org/10.1590/S0104-59702016000100008 |
Resumo: | Abandonada há 38 anos no manicômio judiciário de Alagoas, Josefa da Silva é a mulher mais antiga sobrevivente do regime penal-psiquiátrico no Brasil. Dossiê, processo judicial, entrevistas e fotografias compõem o corpusde análise deste ensaio. O laudo psiquiátrico é a peça-chave para o dobramento médico-penal na loucura criminosa. Doze laudos psiquiátricos ilustram as três metamorfoses do arquivo judiciário: anormalidade, perigo e abandono. A autoridade psiquiátrica sobre a clausura movimentou-se da disciplina para a segurança, e da segurança disciplinar para a asilar-assistencial. No arranjo entre os poderes penal e psiquiátrico, o juiz reconhece a autoridade médica para a verdade da loucura. É a medicina das razões sobre a clausura de Zefinha que se altera nas décadas de produção do arquivo. |
id |
UNB_5b489181cd74bb2c2c72f5b7356c7878 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.unb.br:10482/31866 |
network_acronym_str |
UNB |
network_name_str |
Repositório Institucional da UnB |
repository_id_str |
|
spelling |
“Eu não sou presa de juízo, não” : Zefinha, a louca perigosa mais antiga do BrasilMadness and crime : Zefinha, the longest confined woman in BrazilCrimeLoucuraHospital psiquiátrico de custódiaCrimeAbandonada há 38 anos no manicômio judiciário de Alagoas, Josefa da Silva é a mulher mais antiga sobrevivente do regime penal-psiquiátrico no Brasil. Dossiê, processo judicial, entrevistas e fotografias compõem o corpusde análise deste ensaio. O laudo psiquiátrico é a peça-chave para o dobramento médico-penal na loucura criminosa. Doze laudos psiquiátricos ilustram as três metamorfoses do arquivo judiciário: anormalidade, perigo e abandono. A autoridade psiquiátrica sobre a clausura movimentou-se da disciplina para a segurança, e da segurança disciplinar para a asilar-assistencial. No arranjo entre os poderes penal e psiquiátrico, o juiz reconhece a autoridade médica para a verdade da loucura. É a medicina das razões sobre a clausura de Zefinha que se altera nas décadas de produção do arquivo.Living in a forensic hospital for the last 38 years, Josefa da Silva is the longest female inhabitant surviving the penal and psychiatric regime in Brazil. This paper analyses dossier, judicial proceedings, interviews and photographs about her. The psychiatric report is the key component of the medical and penal doubling of criminal insanity. Twelve psychiatric reports illustrate three time frames of the court files: abnormality, danger, and abandonment. The psychiatric authority over confinement has moved from discipline to security, and from disciplinary security to social assistance. In the arrangement between the penal and psychiatric powers, the judge recognizes the medical authority over the truth of insanity. It is the medicine of the reasons for Zefinha’s internment that altered over the decades.Faculdade de Direito (FD)Casa de Oswaldo Cruz, Fundação Oswaldo Cruz2018-05-15T12:53:09Z2018-05-15T12:53:09Z2016-03info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfapplication/pdfDINIZ, Debora; BRITO, Luciana. “Eu não sou presa de juízo, não”: Zefinha, a louca perigosa mais antiga do Brasil. Revista Histórias, Ciências, Saúde-Manguinhos, Rio de Janeiro, v. 23, n. 1, p. 113-130, mar. 2016. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-59702016000100113&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 23 out. 2017. doi: http://dx.doi.org/10.1590/S0104-59702016000100008. _________________________________________________________________________________________________________________DINIZ, Debora; BRITO, Luciana. Madness and crime: Zefinha, the longest confined woman in Brazil. Revista Histórias, Ciências, Saúde-Manguinhos, Rio de Janeiro, v. 23, n. 1, p. 113-130, mar. 2016. Available from: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-59702016000100113&lng=pt&nrm=iso>. Access on: 23 oct. 2017. doi: http://dx.doi.org/10.1590/S0104-59702016000100008.http://repositorio.unb.br/handle/10482/31866http://dx.doi.org/10.1590/S0104-59702016000100008InglêsporRevista História, Ciências, Saúde-Manguinhos - This is an Open Access article distributed under the terms of the Creative Commons Attribution License, which permits unrestricted use, distribution, and reproduction in any medium, provided the original work is properly cited. (CC BY). Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-59702016000100113&lng=pt&tlng=pt. Acesso em: 23 out. 2017.info:eu-repo/semantics/openAccessDiniz, DeboraBrito, Lucianareponame:Repositório Institucional da UnBinstname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNB2023-06-24T18:02:48Zoai:repositorio.unb.br:10482/31866Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.unb.br/oai/requestrepositorio@unb.bropendoar:2023-06-24T18:02:48Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
“Eu não sou presa de juízo, não” : Zefinha, a louca perigosa mais antiga do Brasil Madness and crime : Zefinha, the longest confined woman in Brazil |
title |
“Eu não sou presa de juízo, não” : Zefinha, a louca perigosa mais antiga do Brasil |
spellingShingle |
“Eu não sou presa de juízo, não” : Zefinha, a louca perigosa mais antiga do Brasil Diniz, Debora Crime Loucura Hospital psiquiátrico de custódia Crime |
title_short |
“Eu não sou presa de juízo, não” : Zefinha, a louca perigosa mais antiga do Brasil |
title_full |
“Eu não sou presa de juízo, não” : Zefinha, a louca perigosa mais antiga do Brasil |
title_fullStr |
“Eu não sou presa de juízo, não” : Zefinha, a louca perigosa mais antiga do Brasil |
title_full_unstemmed |
“Eu não sou presa de juízo, não” : Zefinha, a louca perigosa mais antiga do Brasil |
title_sort |
“Eu não sou presa de juízo, não” : Zefinha, a louca perigosa mais antiga do Brasil |
author |
Diniz, Debora |
author_facet |
Diniz, Debora Brito, Luciana |
author_role |
author |
author2 |
Brito, Luciana |
author2_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Diniz, Debora Brito, Luciana |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Crime Loucura Hospital psiquiátrico de custódia Crime |
topic |
Crime Loucura Hospital psiquiátrico de custódia Crime |
description |
Abandonada há 38 anos no manicômio judiciário de Alagoas, Josefa da Silva é a mulher mais antiga sobrevivente do regime penal-psiquiátrico no Brasil. Dossiê, processo judicial, entrevistas e fotografias compõem o corpusde análise deste ensaio. O laudo psiquiátrico é a peça-chave para o dobramento médico-penal na loucura criminosa. Doze laudos psiquiátricos ilustram as três metamorfoses do arquivo judiciário: anormalidade, perigo e abandono. A autoridade psiquiátrica sobre a clausura movimentou-se da disciplina para a segurança, e da segurança disciplinar para a asilar-assistencial. No arranjo entre os poderes penal e psiquiátrico, o juiz reconhece a autoridade médica para a verdade da loucura. É a medicina das razões sobre a clausura de Zefinha que se altera nas décadas de produção do arquivo. |
publishDate |
2016 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2016-03 2018-05-15T12:53:09Z 2018-05-15T12:53:09Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
DINIZ, Debora; BRITO, Luciana. “Eu não sou presa de juízo, não”: Zefinha, a louca perigosa mais antiga do Brasil. Revista Histórias, Ciências, Saúde-Manguinhos, Rio de Janeiro, v. 23, n. 1, p. 113-130, mar. 2016. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-59702016000100113&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 23 out. 2017. doi: http://dx.doi.org/10.1590/S0104-59702016000100008. _________________________________________________________________________________________________________________ DINIZ, Debora; BRITO, Luciana. Madness and crime: Zefinha, the longest confined woman in Brazil. Revista Histórias, Ciências, Saúde-Manguinhos, Rio de Janeiro, v. 23, n. 1, p. 113-130, mar. 2016. Available from: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-59702016000100113&lng=pt&nrm=iso>. Access on: 23 oct. 2017. doi: http://dx.doi.org/10.1590/S0104-59702016000100008. http://repositorio.unb.br/handle/10482/31866 http://dx.doi.org/10.1590/S0104-59702016000100008 |
identifier_str_mv |
DINIZ, Debora; BRITO, Luciana. “Eu não sou presa de juízo, não”: Zefinha, a louca perigosa mais antiga do Brasil. Revista Histórias, Ciências, Saúde-Manguinhos, Rio de Janeiro, v. 23, n. 1, p. 113-130, mar. 2016. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-59702016000100113&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 23 out. 2017. doi: http://dx.doi.org/10.1590/S0104-59702016000100008. _________________________________________________________________________________________________________________ DINIZ, Debora; BRITO, Luciana. Madness and crime: Zefinha, the longest confined woman in Brazil. Revista Histórias, Ciências, Saúde-Manguinhos, Rio de Janeiro, v. 23, n. 1, p. 113-130, mar. 2016. Available from: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-59702016000100113&lng=pt&nrm=iso>. Access on: 23 oct. 2017. doi: http://dx.doi.org/10.1590/S0104-59702016000100008. |
url |
http://repositorio.unb.br/handle/10482/31866 http://dx.doi.org/10.1590/S0104-59702016000100008 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
Inglês por |
language_invalid_str_mv |
Inglês |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Casa de Oswaldo Cruz, Fundação Oswaldo Cruz |
publisher.none.fl_str_mv |
Casa de Oswaldo Cruz, Fundação Oswaldo Cruz |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UnB instname:Universidade de Brasília (UnB) instacron:UNB |
instname_str |
Universidade de Brasília (UnB) |
instacron_str |
UNB |
institution |
UNB |
reponame_str |
Repositório Institucional da UnB |
collection |
Repositório Institucional da UnB |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB) |
repository.mail.fl_str_mv |
repositorio@unb.br |
_version_ |
1814508410655211520 |