Enquadramento geológico e geocronológico da sequência Rio do Peixe na Sintaxe dos Pirineus, faixa Brasília

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ress, Caio Bussaglia
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UnB
Texto Completo: https://repositorio.unb.br/handle/10482/38130
Resumo: Dissertação (Mestrado em Geologia) — Programa de Pós-Graduação em Geologia, Instituto de Geociências, Universidade de Brasília, 2019.
id UNB_5bc5daf23f3a29ca2e3fcdbf481425c5
oai_identifier_str oai:repositorio.unb.br:10482/38130
network_acronym_str UNB
network_name_str Repositório Institucional da UnB
repository_id_str
spelling Enquadramento geológico e geocronológico da sequência Rio do Peixe na Sintaxe dos Pirineus, faixa BrasíliaGeologia - Sintaxe dos Pirineus - BrasíliaRochasDissertação (Mestrado em Geologia) — Programa de Pós-Graduação em Geologia, Instituto de Geociências, Universidade de Brasília, 2019.A Sintaxe dos Pirineus, estrutura na porção central da Faixa Brasília, marca o limite entre as porções norte e sul da faixa. Sua evolução está ligada à colisão entre os paleocontinentes São Francisco / Congo e Amazônico / Oeste Africano, podendo ser explicado por dois modelos, uma protuberância na borda oeste do paleocontinente São Francisco / Congo ou colisão polifásica entre os paleocontinentes. Na região da sintaxe rochas do embasamento são encontradas em Artulândia, onde o membro norte da sintaxe é entendido como a extensão do Domínio Campinorte. No membro sul da sintaxe, em meio aos cavalgamentos do Grupo Araxá, ocorrem rochas metavulcânicas máficas e metassedimentares químicas e clásticas, entendidas como a sequência vulcano-sedimentar Rio do Peixe, e outros corpos tectonicamente exumados. Neste estudo datações feitas nas rochas graníticas com ocorrência à leste de Artulandia mostraram que o embasamento paleoproterozoico é mais amplo e antigo que o previsto anteriormente, com dados isotópicos U-Pb de 2195±12 Ma. As assinaturas geoquímicas são ligeiramente diferentes dos estudos anteriores, indicando diferentes ambientes coexistindo durante a formação e diferenciação. Esses dados indicam que o embasamento paleoproterozoico antes restrito á porção norte da Faixa Brasília, com o avanço nos estudos, vem sendo encontrados de maneira esparsa e não correlacionada na porção sul da faixa. As rochas anteriormente agrupadas no Grupo Rio do Peixe apresentam dois conjuntos de idades modelo, ambas mais jovens que o proposto em estudos anteriores. O grupo mais antigo, gerado por magmatismo Steniano - Toniano, recebeu o nome de unidade máfica de Jaraguá. São gabros e anfibolitos com assinatura tipo MORB, com idades isotópicas U-Pb de 1153±40 Ma e idades modelo Sm-Nd entre 2.2 e 2.45 Ga com εNd entre -0.38 e -3.6, indicando contaminação crustal ou a fusão do próprio embasamento. Este evento, conhecido como tafrogenêse Toniana, é o responsável também pela geração das sequências Juscelândia, Palmeirópolis e Indaianópolis e do Grupo Quilombo. O Grupo Rio do Peixe fica restrito a porção central da Sintaxe dos Pirineus, sendo uma associação de anfibolitos intermediários junto com rochas metassedimentares químicas e terrígenas, geradas por magmatismo mais jovem, com assinatura geoquimica OIB/E-MORB e idades modelo Sm- Nd entre 0.91 e 1.17 Ga com εNd entre -3.75 e -1.24; estes dados são semelhantes aos encontrados nas sequências Maratá, Rio Verissimo e corpos máficos em meio ao Araxá, mostrando possíveis correlações temporais na porção sul da faixa. A proveniência de zircão detrítco do Grupo Araxá na área de estudo apresentou idades modelo Sm-Nd entre 1.7 e 2.18 Ga e idades U-Pb em zircão detritico entre 540 e 2600 Ma, com um padrão na distribuição de zircão diferente dos que ocorrem em outras áreas, mostrando que o grupo é formado por fontes diferentes quanto a idade e litologia que foram erodidas ao mesmo tempo, evidencias que os terrenos paleoproterozoicos tiveram grande papel na contribuição sedimentar da unidade.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)The Pirineus Syntaxis is a major structure in the central portion of the Brasília Belt, splitting it into the northern and southern branches. The syntaxis was developed after Neoproterozoic continental collision between São Francisco/Congo and Amazonian/West Africa paleocontinents. Such structure has been interpreted by two different models: one proposes a bulge in the western border of the São Francisco / Congo paleocontinent, whereas the other interprets the syntaxis as a polyphasic collision. In Artulândia region, north of the Pirineus Syntaxis, there are basement windows that are interpreted as an extension of the Paleoproterozoic Campinorte Domain. In southern portion of the Syntaxis, amid the thrust faults of the Araxá Group, there are mafic metavolcanic rocks and chemical sediments of the Rio do Peixe Group. In the present study, granitic rocks occurring east of the Artulândia region were dated and show Paleoproterozoic U-Pb ages of 2195 ± 12 Ma. The whole-rock geochemistry signature of these rocks is slightly different from the ones reported in previous studies. New geochemical and isotopic data demonstrate that the granitic magmatism is older than previously thought and highlights that during Paleoproterozoic times, different magmatic enviroments coexisted in the same region, extending the Paleoproterozoic in the northern portion of syntaxis. Furthermore, this study revealed that rocks previously grouped under the Rio do Peixe Group, the most expressive volcano-sedimentary sequence in the Pirineus Sintaxes, cover two distinct periods of the geological history. Sm-Nd isotopes and whole-rock geochemical data show two distinct magmatic events, both younger than has been proposed in earlier studies. The first magmatic event, represented by the Jaraguá mafic unit, of gabbros and amphibolites, the whole-rock geochemistry signature is MORB/E-MORB presenting a possible crustal contamination, showing U-Pb crystallisation age of 1153 ± 40 Ma; Sm-Nd model ages range between 2.20 to 2.45 Ga and εNd values range between -0.38 and -3.6. Such rocks are correlated here to the: Juscelândia, Palmeirópolis, Indaianópolis sequences and Quilombo Group, all of them interpreted as a record of the global Tonian Taphrogenesis. The other rocks that remained in the Rio do Peixe Group, cropping out in the central part of the Pirineus Syntaxis, form a second magmatic event, and are characterized by association of amphibolites, chemical and terrigenous metasedimentary rocks. The geochemical signature of these amphibolites reveals that they are similar to current OIB/E-MORBs. Sm-Nd model ages range between 0.91 and 1.17 Ga and εNd values range between -1.24 to 3.70. These model ages are similar to those found in the Rio Verissimo and Maratá Sequences and other occurrences of amphibolites interpreted as ophiolitic melanges inside the metasedimentary rocks of the Araxá Group. The Araxá Group, quartzites and chlorite-schists of which were analyzed for sedimentary provenance, beans zircon crystals dated between 540 and 2600 Ma, with a higher concentration at 2.15 Ga; their Sm-Nd model ages range between 1.70 and 2.18 Ga. The patterns found in histograms of age distribution show that Paleoproterozoic terrains were a dominant source, abundantly exposed during the deposition of the Araxá Group in the studied area. This work contributes to the geology in the region of the Pirineus Syntaxis, showing that Paleoproterozoic rocks do not occur in the southern branch of the belt. The Rio do Peixe Group, until now placed as a Paleproterozoic sequence, is proposed to be divided into two units, one derived from a magmatism of 1153 Ma, Sm-Nd model ages between 2.20 to 2.45 Ga and N-MORB signature; the other unit presents Sm-Nd model ages between range 0.91 to 1.17 Ga, signature of E-MORB/OIB type. The Araxá Group shows sedimentary provenance ages older than 540 Ma, with a higher concentration at 2.15 Ga, showing a different pattern from other locations where the unit occurs.Instituto de Geociências (IG)Programa de Pós-Graduação em GeologiaOliveira, Claudinei Gouveia deRess, Caio Bussaglia2020-06-24T23:38:46Z2020-06-24T23:38:46Z2020-06-242019-12-12info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfRESS, Caio Bussaglia. Enquadramento geológico e geocronológico da sequência Rio do Peixe na Sintaxe dos Pirineus, faixa Brasília. 2019. 87 f., il. Dissertação (Mestrado em Geologia) — Universidade de Brasília, Brasília, 2019.https://repositorio.unb.br/handle/10482/38130A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data.info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UnBinstname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNB2024-02-20T16:45:35Zoai:repositorio.unb.br:10482/38130Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.unb.br/oai/requestrepositorio@unb.bropendoar:2024-02-20T16:45:35Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB)false
dc.title.none.fl_str_mv Enquadramento geológico e geocronológico da sequência Rio do Peixe na Sintaxe dos Pirineus, faixa Brasília
title Enquadramento geológico e geocronológico da sequência Rio do Peixe na Sintaxe dos Pirineus, faixa Brasília
spellingShingle Enquadramento geológico e geocronológico da sequência Rio do Peixe na Sintaxe dos Pirineus, faixa Brasília
Ress, Caio Bussaglia
Geologia - Sintaxe dos Pirineus - Brasília
Rochas
title_short Enquadramento geológico e geocronológico da sequência Rio do Peixe na Sintaxe dos Pirineus, faixa Brasília
title_full Enquadramento geológico e geocronológico da sequência Rio do Peixe na Sintaxe dos Pirineus, faixa Brasília
title_fullStr Enquadramento geológico e geocronológico da sequência Rio do Peixe na Sintaxe dos Pirineus, faixa Brasília
title_full_unstemmed Enquadramento geológico e geocronológico da sequência Rio do Peixe na Sintaxe dos Pirineus, faixa Brasília
title_sort Enquadramento geológico e geocronológico da sequência Rio do Peixe na Sintaxe dos Pirineus, faixa Brasília
author Ress, Caio Bussaglia
author_facet Ress, Caio Bussaglia
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Oliveira, Claudinei Gouveia de
dc.contributor.author.fl_str_mv Ress, Caio Bussaglia
dc.subject.por.fl_str_mv Geologia - Sintaxe dos Pirineus - Brasília
Rochas
topic Geologia - Sintaxe dos Pirineus - Brasília
Rochas
description Dissertação (Mestrado em Geologia) — Programa de Pós-Graduação em Geologia, Instituto de Geociências, Universidade de Brasília, 2019.
publishDate 2019
dc.date.none.fl_str_mv 2019-12-12
2020-06-24T23:38:46Z
2020-06-24T23:38:46Z
2020-06-24
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv RESS, Caio Bussaglia. Enquadramento geológico e geocronológico da sequência Rio do Peixe na Sintaxe dos Pirineus, faixa Brasília. 2019. 87 f., il. Dissertação (Mestrado em Geologia) — Universidade de Brasília, Brasília, 2019.
https://repositorio.unb.br/handle/10482/38130
identifier_str_mv RESS, Caio Bussaglia. Enquadramento geológico e geocronológico da sequência Rio do Peixe na Sintaxe dos Pirineus, faixa Brasília. 2019. 87 f., il. Dissertação (Mestrado em Geologia) — Universidade de Brasília, Brasília, 2019.
url https://repositorio.unb.br/handle/10482/38130
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UnB
instname:Universidade de Brasília (UnB)
instacron:UNB
instname_str Universidade de Brasília (UnB)
instacron_str UNB
institution UNB
reponame_str Repositório Institucional da UnB
collection Repositório Institucional da UnB
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB)
repository.mail.fl_str_mv repositorio@unb.br
_version_ 1814508220860858368