Tratamento da neurocisticercose com praziquantel
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 1990 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UnB |
Texto Completo: | http://repositorio.unb.br/handle/10482/25165 http://dx.doi.org/10.1590/S0004-282X1990000400005 |
Resumo: | 27 pacientes com neurocisticercose foram tratados com praziquantel, utilizado em doses progressivamente crescentes até alcançar 50 mg/kg/dia, por período de 21 dias, associado a dexametasona. Os doentes foram avaliados clínica e laboratorialmente durante o tratamento e, aqueles que completaram um ano de evolução, repetiram os testes imunofluorescência e ELISA neste período. Cefaléia foi o sintoma encontrado mais freqüentemente durante o tratamento, ocorrendo em 37% dos pacientes; 18,5% dos doentes apresentaram hipertensão intracraniana, um deles evoluindo para o óbito; 25,9% dos enfermos tiveram que suspender o praziquantel antes de completar o tratamento, devido ao surgimento de complicações importantes. Nos exames laboratoriais realizados no sétimo dia de tratamento, 33,3% dos pacientes apresentaram anormalidades, sendo leucocitose a mais freqüente. No período de um ano, 72,2% dos enfermos tiveram melhora do quadro clínico, enquanto os testes imunológicos tornaram-se não-reagentes no soro em 45,4% dos doentes e no LCR em 42,8%. Entretanto, nem sempre houve coincidência da melhora clínica com a apresentação dos testes imunológicos não-reagentes. No presente trabalho, não é possível afirmar que os testes imunológicos não-reagentes, assim como a melhora clínica dos pacientes, sejam conseqüentes à eficácia do tratamento com o praziquantel. Devido à grande freqüência e gravidade das complicações deste tratamento, os pacientes devem ser avaliados individualmente quanto aos riscos versus os benefícios dele. |
id |
UNB_69711f2cca83d451c9766bbb8a01c150 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.unb.br:10482/25165 |
network_acronym_str |
UNB |
network_name_str |
Repositório Institucional da UnB |
repository_id_str |
|
spelling |
Tratamento da neurocisticercose com praziquantelTreatment of neurocysticercosis with praziquantelCisticercose cerebrospinal - tratamento27 pacientes com neurocisticercose foram tratados com praziquantel, utilizado em doses progressivamente crescentes até alcançar 50 mg/kg/dia, por período de 21 dias, associado a dexametasona. Os doentes foram avaliados clínica e laboratorialmente durante o tratamento e, aqueles que completaram um ano de evolução, repetiram os testes imunofluorescência e ELISA neste período. Cefaléia foi o sintoma encontrado mais freqüentemente durante o tratamento, ocorrendo em 37% dos pacientes; 18,5% dos doentes apresentaram hipertensão intracraniana, um deles evoluindo para o óbito; 25,9% dos enfermos tiveram que suspender o praziquantel antes de completar o tratamento, devido ao surgimento de complicações importantes. Nos exames laboratoriais realizados no sétimo dia de tratamento, 33,3% dos pacientes apresentaram anormalidades, sendo leucocitose a mais freqüente. No período de um ano, 72,2% dos enfermos tiveram melhora do quadro clínico, enquanto os testes imunológicos tornaram-se não-reagentes no soro em 45,4% dos doentes e no LCR em 42,8%. Entretanto, nem sempre houve coincidência da melhora clínica com a apresentação dos testes imunológicos não-reagentes. No presente trabalho, não é possível afirmar que os testes imunológicos não-reagentes, assim como a melhora clínica dos pacientes, sejam conseqüentes à eficácia do tratamento com o praziquantel. Devido à grande freqüência e gravidade das complicações deste tratamento, os pacientes devem ser avaliados individualmente quanto aos riscos versus os benefícios dele.Twenty seven patients with neurocysticercosis were treated with praziquantel in progressive doses reaching 50 mg/kg/day associated with dexamethasone for 21 days. The patients were followed during and after treatment and those followed up for one year repeated their immunological tests (indirect immunofluorescence and ELISA) at this time. Headache was the most frequent symptom during the treatment, occurring on 37% of patients. During the treatment 18.5% of patients had intracranial hypertension and one died. One year after treatment 72.2% of patients who finished treatment improved. The immunological tests became negative in 45.4% of patients sera and 42.8% of cerebrospinal fluids. There was no correlation between the clinical evolution and immunological, testis. In this study it is not possible to afirm that both negative immunological tests and good clinical evolution were consequents to the efficacy of praziquantel treatment. Due to the great frequency and seriousness of this treatment complications, the patients with neurocysticercosis must be individually evaluated to know the risks and the benefits of the treatment with praziquantel.Faculdade de Medicina (FMD)Academia Brasileira de Neurologia - ABNEURO2017-11-03T15:17:58Z2017-11-03T15:17:58Z1990-12info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfVIANNA, L. G. et al. Tratamento da neurocisticercose com praziquantel. Arquivos de Neuro-Psiquiatria, São Paulo, v. 48, n. 4, p. 425-430, dez. 1990. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-282X1990000400005&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 06 nov. 2017. doi: http://dx.doi.org/10.1590/S0004-282X1990000400005.http://repositorio.unb.br/handle/10482/25165http://dx.doi.org/10.1590/S0004-282X1990000400005Arquivos de Neuro-Psiquiatria - All the contents of this journal, except where otherwise noted, is licensed under a Creative Commons Attribution License (CC BY NC 4.0). Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-282X1990000400005&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 06 nov. 2017.info:eu-repo/semantics/openAccessVianna, Lucy GomesMacêdo, Vanize de OliveiraMello, P.Souza, H. A. O.Costa, J. M.porreponame:Repositório Institucional da UnBinstname:Universidade de Brasília (UnB)instacron:UNB2023-08-25T20:29:39Zoai:repositorio.unb.br:10482/25165Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.unb.br/oai/requestrepositorio@unb.bropendoar:2023-08-25T20:29:39Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Tratamento da neurocisticercose com praziquantel Treatment of neurocysticercosis with praziquantel |
title |
Tratamento da neurocisticercose com praziquantel |
spellingShingle |
Tratamento da neurocisticercose com praziquantel Vianna, Lucy Gomes Cisticercose cerebrospinal - tratamento |
title_short |
Tratamento da neurocisticercose com praziquantel |
title_full |
Tratamento da neurocisticercose com praziquantel |
title_fullStr |
Tratamento da neurocisticercose com praziquantel |
title_full_unstemmed |
Tratamento da neurocisticercose com praziquantel |
title_sort |
Tratamento da neurocisticercose com praziquantel |
author |
Vianna, Lucy Gomes |
author_facet |
Vianna, Lucy Gomes Macêdo, Vanize de Oliveira Mello, P. Souza, H. A. O. Costa, J. M. |
author_role |
author |
author2 |
Macêdo, Vanize de Oliveira Mello, P. Souza, H. A. O. Costa, J. M. |
author2_role |
author author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Vianna, Lucy Gomes Macêdo, Vanize de Oliveira Mello, P. Souza, H. A. O. Costa, J. M. |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Cisticercose cerebrospinal - tratamento |
topic |
Cisticercose cerebrospinal - tratamento |
description |
27 pacientes com neurocisticercose foram tratados com praziquantel, utilizado em doses progressivamente crescentes até alcançar 50 mg/kg/dia, por período de 21 dias, associado a dexametasona. Os doentes foram avaliados clínica e laboratorialmente durante o tratamento e, aqueles que completaram um ano de evolução, repetiram os testes imunofluorescência e ELISA neste período. Cefaléia foi o sintoma encontrado mais freqüentemente durante o tratamento, ocorrendo em 37% dos pacientes; 18,5% dos doentes apresentaram hipertensão intracraniana, um deles evoluindo para o óbito; 25,9% dos enfermos tiveram que suspender o praziquantel antes de completar o tratamento, devido ao surgimento de complicações importantes. Nos exames laboratoriais realizados no sétimo dia de tratamento, 33,3% dos pacientes apresentaram anormalidades, sendo leucocitose a mais freqüente. No período de um ano, 72,2% dos enfermos tiveram melhora do quadro clínico, enquanto os testes imunológicos tornaram-se não-reagentes no soro em 45,4% dos doentes e no LCR em 42,8%. Entretanto, nem sempre houve coincidência da melhora clínica com a apresentação dos testes imunológicos não-reagentes. No presente trabalho, não é possível afirmar que os testes imunológicos não-reagentes, assim como a melhora clínica dos pacientes, sejam conseqüentes à eficácia do tratamento com o praziquantel. Devido à grande freqüência e gravidade das complicações deste tratamento, os pacientes devem ser avaliados individualmente quanto aos riscos versus os benefícios dele. |
publishDate |
1990 |
dc.date.none.fl_str_mv |
1990-12 2017-11-03T15:17:58Z 2017-11-03T15:17:58Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
VIANNA, L. G. et al. Tratamento da neurocisticercose com praziquantel. Arquivos de Neuro-Psiquiatria, São Paulo, v. 48, n. 4, p. 425-430, dez. 1990. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-282X1990000400005&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 06 nov. 2017. doi: http://dx.doi.org/10.1590/S0004-282X1990000400005. http://repositorio.unb.br/handle/10482/25165 http://dx.doi.org/10.1590/S0004-282X1990000400005 |
identifier_str_mv |
VIANNA, L. G. et al. Tratamento da neurocisticercose com praziquantel. Arquivos de Neuro-Psiquiatria, São Paulo, v. 48, n. 4, p. 425-430, dez. 1990. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-282X1990000400005&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 06 nov. 2017. doi: http://dx.doi.org/10.1590/S0004-282X1990000400005. |
url |
http://repositorio.unb.br/handle/10482/25165 http://dx.doi.org/10.1590/S0004-282X1990000400005 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Academia Brasileira de Neurologia - ABNEURO |
publisher.none.fl_str_mv |
Academia Brasileira de Neurologia - ABNEURO |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UnB instname:Universidade de Brasília (UnB) instacron:UNB |
instname_str |
Universidade de Brasília (UnB) |
instacron_str |
UNB |
institution |
UNB |
reponame_str |
Repositório Institucional da UnB |
collection |
Repositório Institucional da UnB |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UnB - Universidade de Brasília (UnB) |
repository.mail.fl_str_mv |
repositorio@unb.br |
_version_ |
1810580756445003776 |